Sinto sua falta

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Rosie

Larguei o emprego de meio período na biblioteca, era um porre ficar em um lugar que me lembrava o Cherry o tempo inteiro, não que em casa fosse muito diferente. Acabei conseguindo um emprego de garçonete em uma lanchonete a algumas quadras de casa, pagava 8 dólares a hora. Paga um dólar a mais do que na biblioteca.

Foi onde conheci Margaret. Ela também tinha 20 anos como eu e não era uma completa idiota como os outros, mas ainda sim podia ser inconveniente.

- Não acredito que o seu marido está no exército no primeiro ano de casamento. Dizem que é um ano crucial.

Estávamos atrás do balcão, eu lavava os pratos e ela preparava o café forte que parecia que curaria a ressaca de alguém no primeiro gole. Precisava de um desse...

- Tudo bem. - Não estava nada bem, mas não queria conversar com ela sobre isso. Evitava a todo custo lembrar onde ele estava.

- Vai ficar um ano inteiro sem transar se ele for?

- Você perdeu a virgindade com quantos anos?

- 14.

- Você ficou 14 anos sem transar e sobreviveu. Vou ficar bem em apenas um ano. Além disso, não tenho interesse em alguém que não seja o meu marido.

- Está sendo idiota. - Ela riu e eu tive vontade de quebrar um daqueles pratos na cabeça dela. - Acha que ele faria o mesmo se estivesse no seu lugar?

- Acho. Vou servir às mesas.

Apenas sequei as minhas mãos no avental e sai de trás daquele balcão antes que recebesse uma justa causa o que era a última coisa que eu precisava no momento.

Estava anotando o pedido de uma mãe com uma criança que não parava de fazer birra querendo a droga de uma batata frita. Cada vez que ele gritava minha cabeça latejava como se fosse explodir. Minha vontade era de mandar ele calar a boca, mas novamente uma justa causa era tudo que eu não precisava nesse momento.

Ouvi a porta abrindo e foi automático olhar em sua direção tendo a melhor das visões. Cherry entrou olhando envolta até que nossos olhos se encontraram.

Eu caguei para o pedido daquela mulher e sai correndo para abraça-lo. Cherry me abraçou pela cintura me erguendo enquanto ambos nos apertavamos com força.

Era a primeira vez que nos víamos depois que ele foi para o treinamento básico. A primeira vez em semanas. Haviam raspado a sua cabeça, mas só o deixou mais sexy.

- Que saudade bebê. - Sussurrou no meu ouvido.

- Até dói. -Ambos rimos.

- Garçonete! O meu pedido! - Chamou a mãe da cria do satanás. Mas não a culpo. Também estaria com pressa se tivesse uma criança comendo o meu juízo.

- Já vou... Espera por mim tá bom?

- Claro. - Ele sorriu me dando um beijo antes de eu me afastar.

Levei o pedido daquela mesa, mas sempre que eu pensava em chegar perto da mesa onde Cherry estava sentado alguém me chamava.

Estava perto do horário do almoço então me dei conta de que ele podia não ter comido ainda então levei a mesa um hambúrguer vegetariano com um refri. Era o melhor que aquela espelunca tinha.

- Precisa se alimentar. - Sorri colocando o prato e a lata sobre a mesa.

- Vai sempre cuidar de mim assim? - Ele também sorriu, mas acariciando a minha cintura descendo para a minha bunda.

- Vou.

Precisei ir para outra mesa. Nós não transavamos a semanas. O que já era muito para nós dois então eu estava louca para voltar pra casa e foder com ele.

Cherry & RosieOnde histórias criam vida. Descubra agora