Cherry & Rosie

Drogas do Amor

Cherry

Quando chegamos a casa onde aconteceria a festa ela estava lotada, música alta, iluminação ruim que até machucava os olhos um pouco e jovens calouros bêbados por todo lado, podia facilmente me sentir em um inferninho vibe masmorra do sexo. Não era o tipo de festas que eu costumava ir ou gostar.

Mas Rosie seguia na minha frente me guiando na multidão segurando minha mão, sua mão era tão pequena que praticamente segurava os meus dedos só. Eu a segurava de forma firme querendo acreditar que era apenas para não me perder, mas eu sabia que no fundo só não queria solta-la. Podia perceber os olhares maldosos de alguns caras ali que só olhavam para a sua bunda ou o seu peito. Me incomodava.

— ROSALIE! — Um cara alto e forte sem camisa a chamou.

— Jake! — Ela soltou a minha mão o abraçando com força. Um estranho incômodo atravessou a minha espinha fazendo com que eu apertasse os dentes.

— Quem é ele? — A muralha apontou para mim com uma cerveja na mão.

— Cherry, ele salvou minha vida! — Ambos praticamente gritavam para se ouvirem por causa da música alta.

— Seja bem-vindo cara! E obrigado por salvar a vida da minha irmãzinha! — Jake apertou a minha mão com força e eu lhe retribui apertando sua mão como um homem de verdade. — Fiquem a vontade.

Ele não ficou muito conosco, logo tinha ido atrás de uma garota de saia rosa curta que passou por nós o olhando com cara de quem estava louca para dar para ele e claro que eu não fui o único que percebi isso.

— Quer cerveja? — Perguntou próximo ao meu ouvido para que eu pudesse ouvi-la melhor.

— Quero. — Assenti.

Rosie afastou-se de mim e logo a perdi de vista. Haviam caras andando para lá e para cá com bebidas em mãos, falando alto assediando garotas, não fazia sentido alguém gostar disso. Em festas assim normalmente tem drogas o que fazia eu me arrepender por não ter trazido algo, se bem que Rosie pode não gostar...

— Cerveja! — Rosie voltou sorrindo.

— Seu rosto está brilhando ou é impressão minha?

— Algumas garotas passaram glitter no meu rosto. Meu novo charme! O que acha? — Rosie ficou mais perto de mim fechando os olhos com o rosto a centímetros dos meus.

— Está muito bonita... — Soprei um pouco do glitter que estava preso ao seu nariz a fazendo apertar os olhos.

— Valeu... — Novamente o sangue invadindo suas bochechas enquanto me entregava a cerveja. — Sabe... Elas também me deram isso...

Rosie abriu a mão mostrando dois comprimidos com carinhas desenhadas.

— Êxtase?

— É, eu não sei se você curte... Mas é bem legal.

— Claro. — Dei de ombros surpreso por ela curtir. Ela segue me impressionando.

Rosie abriu a boca colocando um comprimido na língua e o engolindo com facilidade.

Quando ia pegar o que sobrou em sua mão ela o levou a boca colocando na língua. Se aproximando de mim até que seus lábios tocaram o meu, sua língua delicadamete adentrou a minha boca deixando o comprimido ao sair afastando-se.

O engoli ainda surpreso com a sua ação.

— Desculpa eu sempre quis fazer isso e...

Não queria deixá-la terminar então a puxei pela cintura voltando a beijar seus lábios. Eles eram tão macios e suculentos como maçãs, mas tinham gosto de cereja e cerveja.