Um dia para agradecer

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Pov's Alexander

Estava de volta a Phoenix, depois de exatamente 8 anos, fui contratado para trabalhar no Phoenix Hospital, após ser aprovado na seleção para cardiologista intensivista, amava minha profissão, e quando recebi o resultado, mal pude esperar, fiz as malas e voltei para minha antiga cidade, e agora, estava há 6 meses na cardiologia. Claro que nem tudo são flores, tinha esquecido como o inverno era intenso, a temperatura chegava 7 °C, era congelante, se Maxwell estivesse aqui, provavelmente estaria gritando que era o Olaf e gosta de abraços quentinhos, amo meu irmão caçula. Caminhei no estacionamento, seguindo para a entrada principal do hospital em plena quinta-feira, bem, outra questão, como eu sou o novato, tinha sido escalado para os piores dias de plantões, incluindo feriados. Isso quer dizer que além de trabalhar nos dias mais agitados, eu iria trabalhar na última quinta-feira do mês de novembro, sendo assim, não poderia passar o Dia de Ação e Graças com minha família, falando a verdade, eu só me importava por não estar reunido com meus irmãos, tenho muito que agradecer ao universo por colocar aqueles três em minha vida, já os meus pais, bem, nem tudo pode ser perfeito, não é mesmo?!

Direciono-me para a entrada de funcionários, devido a um novo protocolo para evitar infecções, todos os funcionários deveriam passar por uma câmara de desinfecção que ficava na entrada lateral do prédio. Mal passei pela sala e a enfermeira já me aguardava com sua prancheta. — Dr. Gideon que bom vê-lo tão cedo e bem. — disse Mary.

— Bom dia, Mary! Porque está com essa cara de que aconteceu uma catástrofe? — ela sorriu, era uma senhora de meia-idade, muito competente e de um coração puro, me acolheu desde o primeiro dia de trabalho, e amava quando ela estava na minha escala para me auxiliar, Mary tinha mãos de fadas, puncionava uma veia de um jeito que nem as crianças choravam, sem contar no seu bom humor.

— Pois aconteceu uma catástrofe. — começou a caminhar ao meu lado para a sala dos médicos. — Dr. James sofreu uma pequena queda ao sair de casa, escorregou no gelo e fraturou o braço. — Me olhou com aqueles olhos azuis enormes. Logo entendo sua ansiedade.

— Tudo bem Mary. Eu vou cobrir a traumatologia hoje, mas você está me devendo um muffin com café.

— O senhor só pode ser um anjo. Vou agora mesmo pedir na cantina, enquanto você troca de roupa. — ela era muito gentil, enfermeira chefe, poderia muito bem determinar que eu deveria assumir o posto do colega, mas sempre perguntava com seu jeito doce e ninguém conseguia negar algo a Mary.

Após colocar meu pijama cirúrgico identificado com meu nome e cargo, fui encontrar Mary na cantina, tomamos café, e antes que eu pudesse levar a bandeja, ouço nas caixas de som me chamarem: "Dr.Gideon, emergência no setor trauma". Levantei as pressas e corri para o segundo andar, parece que meu plantão seria bem agitado.



───※ ·❆· ※───


Finalmente chegou a hora do meu repouso, estava caminhando quase arrastado para a sala dos médicos, me joguei na primeira cama ao lado da porta, me sentia exausto, a última vez que fiz tantas cirurgias foi na última semana de residência, em 12 horas eu consegui bater meu próprio recorde. Fechei meus olhos, mas só conseguia ver ossos partidos, ossos deslocados, ossos... ossos...

Aproveitei que tudo se acalmou para tirar um cochilo, rogava aos anjos que não surgisse nenhuma emergência cirúrgica. Consegui dormir duas horas, isso foi o bastante para recarregar um pouco as energias, mas eu não esperava ser acordado com um chamado da cardiologia, não era qualquer paciente que estava chegando, era uma paciente de trauma, com um objeto perfurando seu corpo, foram as informações passadas no celular do plantonista. Rapidamente corri para a entrada do hospital para esperar a ambulância, não demorou, em 10 minutos pude ouvir a sirene, então eu e a equipe que aguardava, corremos para receber o paciente. Foi nesse momento que tudo passou em câmera lenta, o médico do corpo de bombeiros informava o caso:

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