Eu amo ela.

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Olha quem voltou?

Olha quem voltou?

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- Aline você disse alguma coisa? - Erasmo chamava a mulher na sua frente que mantinha o olhar fixo em um ponto ao longe sem o fitar.

- Aline, você ainda está aí?

- Sim. Eu... - disse voltando a si - Eu me distraí.

- Está tudo bem? De repente sei lá, você tá meio pálida, parece que viu um fantasma.

- Não, é só uma sombra do passado. - Disse tentando retirar o nervosismo que crescia em seu peito naquela hora.

Erasmo a encarava confuso, mas preferiu

não questionar.

- Então vamos pedir o jantar? Quer dizer, você ainda quer jantar comigo?

- Como amigos, é claro. Vamos selar a nossa amizade com esse jantar com a minha promessa de que eu não vou mais me insinuar romanticamente pra você. - sorriu sem jeito.

Aline mal prestava atenção no que o homem falava. Seus olhos não saíam da mulher sentada a alguns metros dali.

- Num dia ela diz que me ama e poucos dias depois está jantando acompanhada, toda animadinha. Safada. Francamente Dayane - sussurrou raivosa com o olhar fixo em sua ex-chefe.

- Como disse? - Erasmo continuava sem entender.

- É... Vamos sim. Jantar, isso mesmo.

- Aline, você está bem? Se preferir podemos ir embora, eu vou entender.

- Não, quer dizer, sim. Na verdade eu prefiro ir, Erasmo. Não estou me sentindo muito bem.

- Tudo bem, vamos então.

- Mas se eu sair agora ela vai me ver. - continuava fitando à frente arregalando os olhos..

- Ela quem?

- Hã? Quem? - encarou o homem.

- Acho que você não está bem mesmo. - sorriu - Podemos ir então?

- Não. Eu acho melhor nós ficarmos. Talvez o jantar me faça bem.- disse tensa tomando um pouco de água tentando aliviar a situação.

- Você tem certeza? Podemos marcar para outro dia.

- Não. - sorriu forçadamente ao observar Dayane numa conversa cheia de sorrisos com uma elegante mulher morena à sua frente.

- Eu vou ficar para ver até onde vai esse jantar.

Erasmo a fitava cada vez mais confuso, mas apenas assentiu e chamou o garçom.

Aline engolia a comida como se fossem pedras cortantes rasgando a sua garganta.

Tomava um gole de vinho após cada garfada na tentativa de conter o misto de sentimentos nada nobres que passavam por si.

- Eu não entendo como as pessoas são relapsas quando se trata da própria saúde. - Erasmo dizia em uma conversa que era praticamente um monólogo, enquanto Aline ainda mantinha os olhos, faiscando de raiva, fixados na outra mesa.

My Boss -Dayline Onde histórias criam vida. Descubra agora