Dayane Mello é a dona de uma das maiores empresas do ramo hospitalar do Rio De Janeiro. Aline Mineiro é a sua assistente jurídica, mais que isso, seu braço direito. Tudo ia bem até que Dayane se vê perdidamente apaixonada por sua funcionária.
Adapta...
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Dayane encarava ainda sem reação o homem à sua frente.
Sua boca entreaberta e seus olhos levemente arregalados demonstravam o seu estado de choque.
- A Giulia está morta? - conseguiu dizer num fio de voz.
- Senhorita Mello, você conhecia a Senhorita Salemi há muito tempo?
- Sim, eu... - olhava para o chão enquanto tentava assimilar a informação. - Eu a conheço desde a adolescência.
Aline ainda estava parada no mesmo lugar. Observava o homem sem tirar os olhos de sua feição desconfiada. Estava tão chocada quanto Dayane, mas com um agravante. Ela sabia quem provavelmente foi o autor do crime.
- Qual foi a última vez que a viu, que teve contato com ela?
- Eu não sei, pouco mais de um mês talvez. - caminhou até o sofá de sua sala e sentou-se.
Suspirou fundo e passou as mãos visivelmente trêmulas pelos cabelos.
- Sente-se, por favor.
- Obrigado. - o homem de terno alinhado sentou-se no sofá ao lado, se dando conta da presença de Aline que permanecia imóvel em frente à porta.
- E a senhorita, quem é?
Aline saiu de seu transe e o fitou assustada.
- Aline, Aline Mineiro. - se aproximou e sentou ao lado de Dayane.
- Conhecia a Senhorita Salemi? - o homem a fitou.
- Não, quer dizer, sim. Eu a conheci há pouco tempo atrás.
- E qual a sua relação com a Senhorita Mello e com a Senhorita Salemi?
- O que? Como assim? - o nervosismo de Aline aumentava a cada pergunta.
- A Aline trabalhava pra mim. - Dayane interrompeu impaciente.
- Ela foi minha assistente e agora é uma... - fitou a morena de relance - uma amiga. Onde é que o senhor está querendo chegar?
- Veja bem, Senhorita Mello, Giulia Salemi foi assassinada na noite de segunda-feira sem nenhum motivo aparente. Levou dois tiros quando saía de seu carro, estacionado em frente ao hotel em que estava hospedada aqui no Rio.- ele mexeu em algumas anotações e prosseguiu logo em seguida.
- Testemunhas disseram que um homem numa moto se aproximou, efetuou os disparos e fugiu. Não houve assalto e nem alguma explicação lógica para a ocorrência do crime. Estou buscando respostas e qualquer pessoa que tenha ligação com ela poderá ajudar a encontrar o caminho certo para que eu chegue a uma solução.
- Eu fui amiga da Giulia, a Aline não. O tipo de relação que havia entre nós três não vai ajudar a solucionar um crime. - Dayane estava cada vez mais irritada.
