Quando te conheci.

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Na minha família havia uma tradição, que se estendia de geração em geração. O segundo filho só se casaria após o primeiro já estiver casado e assim sucessivamente. E bom, eu era o primeiro filho de três irmãs e um irmão caçula. Morávamos em Londres, mas vivi meus primeiros cinco anos no nosso país natal, após minha mãe ter minha irmã, eles não poderiam ter mais filhos segundo a lei, e como ambos queriam ter mais filhos, mudaram-se de país. Após chegarmos em Londres, tiveram mais duas filhas e um menino. Então eu com trinta anos e ainda solteiro, o que causava uma revolta em minhas irmãs, que já possuíam pretendentes e não poderiam se comprometerem com eles por minha causa.

Após ser persuadido de todas formas por minhas irmãs, forçado fui a participar de encontros as cegas, organizados por elas. Depois de falar com muitas garotas em sequência, me encontrava louco para ir embora, porém finalmente havia encontrado uma, que de todas as que havia conversado, era a única que fora capaz de manter uma conversa animada e interessante.

- Então foi assim que vim parar aqui - ela dizia experimentando um pedaço da fatia do bolo de chocolate que havia pedido naquela casa de chá em que estávamos.

- Não és diferente de mim. Mas e pensar que seu próprio irmão faria isso.

- Ele insiste que devo casar-me antes dos vinte e cinco, enquanto estou na idade de ser fértil e ter filhos saudáveis - dizia revirando os olhos.

- Não seria isso um pouco ... rude da parte dele?

- Digamos que ele puxou ao nosso pai. Nossa mãe ficou grávida no mesmo ano que casou-se, e ela tinha apenas dezessete anos.

- Seu irmão é casado?

- Não, porém há muitas garotas atrás dele sendo que possui certa beleza chamativa, entretanto ele não se interessa por nenhuma, e quem sofre com isso sou eu, dado que elas estão sempre perseguindo-me a procura de informações sobre ele.

- Sortudo ele é. Diferente de você, são minhas próprias irmãs que vivem perseguindo-me, para que eu me case logo.

- E por que não casou-se ainda?

- Não encontrei alguém por quem tive interesse.

- Falas da pessoa "certa"? - ela falou fazendo aspas com os dedos.

- Talvez.

- Creio eu que todos se apaixonam pelo menos uma vez na vida, então não preocupe-se tanto.

- Não preocupo-me comigo, o problema são minhas irmãs, se eu não me casar, elas são até capazes de me matar. Por isso não me recuso a aceitar esses encontros.

- Então nossos problemas em comum são nossos irmãos.

Ambos sorrimos.

- Minha nossa, já estamos a bastante tempo aqui - falei olhando para o relógio na parede atrás.

- Não gostaste de nosso encontro? - Ela emoldurou um bico em seus lábios.

- Sinceramente fostes a única com quem puder ter realmente uma conversa - falei lhe olhando nos olhos, até que seu rosto se iluminar com um sorriso.

- Então se casaria comigo? - perguntou olhando-me nos olhos, percebi que não tratava-se de uma brincadeira.

- Sim! - respondi sem nenhuma dúvida em mente.

Oɴʟʏ Yᴏᴜ (Taejin)Onde histórias criam vida. Descubra agora