Quando nos conhecemos.

425 48 48
                                    

Já fazia quase dois meses que eu e Jennie nos conhecíamos, e descobri que realmente gostávamos de muitas coisas em comum. Minhas irmãs fizeram quase uma festa ao saber dela, e meus pais me parabenizaram quando contei sobre um possível casamento. Os pais dela também ficaram felizes sobre nossos planos, já seu irmão, nem mesmo olhou na minha cara. A primeira vez que ele me cumprimentou foi quando fui convidado a almoçar na casa dela, mas não me dirigiu nenhuma palavra sequer. E todas as vezes que nos encontrávamos, ele me ignorava completamente. Eu também não insistir em nenhuma aproximação. Jennie notou e me pediu paciência, que talvez ele tivesse ficado surpreso que ela havia encontrado alguém.

Não era difícil para nós nos dois fingirmos está juntos, depois de muitas conversas, eu e Jennie criamos uma certa intimidade. Beija-la no rosto na frente de pessoas era fácil. Demonstração de carinho, ou pega em sua mão, abraços, tudo era fácil, mas somente quando o irmão dela estava presente, tratava de manter uma certa distância dela. Mas isso não durou muito. Depois de ser ignorado por ele por bastante tempo e sem razão alguma, passei a ter raiva ao vê-lo, e se a questão do seu problema comigo fosse que ele não gostava de mim por estar com sua irmã, passei a ignorar sua presença também, e não me importar se ele gostava ou não de mim. Mas um certo dia, fui visita-la em sua casa, mas apenas seu irmão estava. Sua presença e o silêncio me incomodou muito enquanto esperava por ela, então tomei coragem e arrisquei iniciar uma conversa.

— Posso te perguntar algo? — Tentei, mas ele apenas virou a cabeça. — Por que não gosta de mim? — Ele não me respondeu de novo. — Qual é o seu problema comigo? Não gostas do fato de sua irmã está comigo? Eu gosto dela, vamos nos casar, e não vai ser você quem vai acabar com isso. — Sua cabeça aos poucos virou em minha direção. Um sorriso pequeno, mas intimidante dançava em seus lábios.

— Achas mesmo que eu deixarei minha irmãzinha casar-se com um zero a esquerda como você?

— Eu não sou um zero a esquerda — acabei me exaltando e falando alto.

— Não me importo quem você seja, apenas saia da vida dela.

— E se eu me recusar?

— Então você realmente saberá quem eu sou. — Suas palavras soaram ameaçadoras

— Por que não queres aceitar? Por que me odeia?

— Porque sei que está a se aproveitar de minha irmã.

— O que lhe faz ter tais pensamentos sobre minha pessoa?

— Minha irmã por muito tempo não gostou de ninguém, e então, apenas depois de um encontro, ela já está apaixonada por uma pessoa que nem mesmo a conhece. Achou mesmo eu não perceberia? Conheço tipos como você, que se aproveitam de jovens novas e inocentes.

— Se ao menos tivesse se dado a chance de me conhecer, não pensaria assim, mas só o que tens feito é ignorar-me. Quis muito conhecer-te no início, sua irmã me falou bem de você, mas agora sei que ela não conhece a verdadeira face do irmão, que és um  cretino idiota e arrogante. — Me levantei da cadeira que estava sentado. — Se não for muito pedir, diga pra ela que aconteceu um imprevisto e não pude esperar mais, então tive de ir embora. Não aguento mais olhar para sua cara. — Caminhei rumo a saída, mas ele rapidamente entrou em minha frente. Poderíamos ter a mesma altura, mas estávamos tão próximos que apenas seu olhar me fez parecer pequeno e fraco demais. Minhas pernas quase vacilaram ao sentir seus dedos agarraram meu pulso e o levantou.

— Onde pensas que vai?

— Embora, não vê? — Minha voz falhou com a intensidade que me encarava. Por um momento senti minha alma ser penetrada, como se ele fosse capaz de enxergar o mais profundo do meu ser. Senti que seria capaz de revelar meus maiores segredos apenas se ele perguntasse com aquela voz grave. — Me... solte. — Tentei me impor ainda consciente da situação.

Oɴʟʏ Yᴏᴜ (Taejin)Onde histórias criam vida. Descubra agora