Reencontro

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Com tantas dúvidas, fiquei com medo de que eu acabasse tomando decisões erradas, pois percebi que eu não sabia o que fazer dali em diante, porque além de Taehyung não ter me dado nenhum sinal de que pensava em um futuro para nós dois, descobri que por ele ter vencido aquela competição, ele teria que viajar para os Estados Unidos, onde seria treinado por alguém especialista naquela área, e isso significava que ele não voltaria para Londres por um longo tempo.

— O que eu faço? -perguntei a Namjoon, que tomava seu chá tranquilamente. Havia procurado por ele para me ajudar, se não eu certamente enlouqueceria. — a única coisa que tenho mais certeza é que o amo, mas...

— Jin. -ele devolveu a xícara calmamente para o pires. — me diz, você está inseguro de que talvez Taehyung possa não lhe amava do mesmo jeito que você o ama, ou que talvez achas que esse amor de agora possa acabar depois de um tempo com ele estando longe, ou que talvez você não o ame o suficiente para tomar um atitude decisiva, ou tem medo do que as pessoas vão dizer.

— Fui criado para não me importar com olhares ou fofoca das pessoas ao meu redor, então assumir que amo um homem não é problema algum. Porém suas outras opiniões... talvez elas estejam corretas. -abaixei o olhar. — e agora que ele vai embora e talvez não volte, me deixa inseguro e me faz pensar que talvez eu deva deixar–

— Jin. Escuta. Depois de tudo que aconteceu com vocês, confesso que precisam de um tempo para por em ordem seus pensamentos e em um futuro próximo, possa descobri o que falta na relação de vocês. Se forem precipitados, só irão se machucar e causar feridas que talvez apenas o tempo possa cicatrizar... -sua voz foi diminuindo e sua expressão mudando. Namjoon sempre me mostrou ser sábio e idôneo em suas convicções, porém para chegar em tal ponto, provavelmente não foi um percurso fácil.

— Tens razão... você fala como se fosse bastante experiente e sempre está me dando conselhos. -ele sorrir pensativo.

— Não queira ter arrependimentos que irão lhe tortura por muito tempo.

Ele não disse mais nada, mas eu sabia que, sendo uma pessoa que ia contra os preceitos da sociedade, ter um relacionamento com outro homem lhe gerou muitas dores, tendo que ultrapassar barreiras, fazendo-o chegar no limite de suas próprias forças. Isso me mostrava o quão ele foi forte para ter aguentado até o fim de sua luta, ou talvez ainda estivesse lutando. Me perguntei se eu seria forte o suficiente para isso também.

...

A viajem de Taehyung ocorreu dois dias depois, porém não tive tempo de me despedir adequadamente, quando cheguei ao porto, seu navio já havia desancorado, o que pude fazer foi apenas acenar de longe. Meu coração apertou antecipando a saudade. Não o veria por um longo tempo.

...

Os dias logo se tornaram semanas, e eu provei da dor de ter um pedaço do meu ser arrancado. Consegui o endereço dele nos Estados Unidos através de Jennie, porém depois das várias cartas que lhe enviei, não recebi resposta alguma. Todos os dias pareciam os mesmos, tudo se repetia igualmente, ainda mais quando passei a trabalhar na fábrica com meu pai.  Era bom ter um passatempo, me envolvi bastante nos negócios, e quando dei conta, já estava na frente de quase tudo. Poderia ser muita coisa a se fazer, mas com paciência e dedicação, peguei a prática e me sentei na cadeira do escritório do meu pai.

Como passei a ficar ocupado, me desliguei do meu irmão e um tempo depois, descobri que ele estava envolvido com Jimin. Eu ainda não sabia qual era o mistério que envolvia Park Jimin, porém isso deixou o professor de piano muito enfurecido a ponto de entrar em uma briga feia com Jungkook. Quis me envolver ou ajudar, mas Jungkook me impediu agindo de uma forma madura, mostrando que podia tomar suas próprias decisões. Mesmo preocupado, atendi seu pedido.

Oɴʟʏ Yᴏᴜ (Taejin)Onde histórias criam vida. Descubra agora