Um beijo dissimulado.

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Já estávamos a quatro dias naquele navio e todo os dias havia uma atração diferente no salão de festas. O cardápio também variava bastante, além dos vários tipo de entretenimento como jogos, local de descanso  e muitas outras formas de passar o tempo. Durante a tarde do quarto dia, Taehyung insistiu em me levar até uma sala de fotografia.

— Vocês são irmãos? -o fotógrafo perguntou ajeitando a câmera no tripé.

— Ah– -tentei negar, porém Taehyung me interrompeu.

— Somos amigos. -falou passando um braço por cima de meus ombros.

— Ótimo. Podem se sentar ali. -apontou para um sofá e fomos até lá. — Podem relaxar e agir como normalmente fazer, para ficar uma boa recordação. -quando percebi, Taehyung me abraçava por trás apoiando o queixo sobre minha cabeça, estando sentando sobre o encosto do sofá. — perfeito. -o homem sorriu parecendo está bastante satisfeito. Meu rosto esquentou sentindo seus braços envolta do meu pescoço. Era quente, sentia um calor estranho sob minha pele, talvez quase febril. — perfeito. -falou após o flash da câmera, que me fez piscar algumas vezes. — me esperem aqui. -saiu do cômodo passando por uma porta ao lado. Tentei me levantar, porém Taehyung me segurou no lugar, descendo do encosto do sofá e sentando atrás de mim, com seus braços ainda envolta do meu corpo e seu queixo apoiado em meu ombro.

— Por que você faz isso?

— O que? -lhe olhei, ele estava com a cabeça deitada me olhando.

— Sempre faz o que quer comigo. Me deixa desconfortável como agora. Age assim como se fosse normal dois homens terem tanta intimidade. Me abraça, segura minha mão, me olha dessa forma.

— E qual seria o problema? -desviei o olhar.

— É só que... não sei... como devo agir. -falei em voz baixa.

— É isso que tem lhe enchido a mente? Fica preocupado se isso é certo ou errado? Se as pessoas vão lhe julgar?

— Não exatamente... dependendo do que for, eu não sou muito de me importar com as opiniões das pessoas ao meu redor, porém quando você age como quer, eu não sei o que devo fazer.

— Isso te chateia? Te irrita quando lhe abraço dessa forma? Ou quando lhe olho assim? Ou quando ajo como quero com você?

— No início era estranho, só que me acostumei e aceitei que você é assim. Mas... que reação devo ter quando me abraça tão intimamente?

— Não precisa fazer nada.

Decidi não tocar mais no assunto. Não queria lhe contar as reações que meu corpo tinha por causa dele.

Taehyung saiu detrás de mim e foi se servi de vinho em uma mesa de bebidas. Lhe analisei enquanto isso. Era inquestionável que era um homem muito bonito. Eu sinceramente queria saber o porquê de não ter se casado ainda, nem que fosse um casamento arranjado. Tínhamos quase a mesma idade, já deveríamos estar casado. Talvez tivéssemos o mesmo problema? Ele apenas não gostava das mulheres que havia conhecido, assim como eu? Ou talvez ele não gostasse de mulheres?

— Ah, o que estou pensando?! -pensei alto balançando a cabeça.

Tais pensamentos me trouxeram Jimin a mente. Na manhã do segundo dia, Jimin se encontrava na mesma condição de quando o vi na primeira manhã. E na noite do terceiro dia, por volta de quase meia noite, o vi entrar em seu quarto com um homem que eu desconhecia, e vi o mesmo homem sair pela manhã quando acordei mais cedo. Comecei a ter muito pensamentos estranhos desde então. Eu sabia que havia pessoas que se relacionavam com o mesmo sexo, porém era diferente saber que alguém conhecido fosse assim. E tudo isso me fez questionar se Taehyung também era assim. Mas coragem eu não tinha para perguntar.

Oɴʟʏ Yᴏᴜ (Taejin)Onde histórias criam vida. Descubra agora