" - Qual seu nome garotinho? - Disse o homem alto de olhos escuros e bem vestido.
- Meu nome é Lan Jingyi. Você poderia me ajudar a achar meu papai? - Ninguém resistiria ao ver aquela criança com um olhar tão inocente e puro.
- Hum...Claro. Qual o n...
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Jiang Cheng, se encontrava na lanchonete do hospital onde se pegava tentando comer algo, mas, seus esforços não estavam adiantando... Não sentia fome. Então, acabou que afastando a comida para frente de si, e pegou seu celular, estava com vontade de ligar para alguém de bobeira, talvez. Entrou na lista de seus contatos. E se viu, olhando o número de Lan Xichen, ele foi de extrema ajuda na noite anterior.
Cheng sempre passou suas crises sozinho... Chorava, até cair no sono novamente e acordar no dia seguinte com olheiras e olhos inchados pelas horas que passava chorando. Aquela noite, foi a primeira vez, em que alguém realmente o abraçou e disse que iria ficar tudo bem. Primeira vez, em que alguém realmente demonstrou se importar consigo.
Saiu de seus pensamentos, e consequentemente, saiu também do contato do Lan. Achava melhor não ligar para ninguém, e com esse pensamento levantou-se e foi até a ala dos médicos, onde estava Wen Qing, e alguns outros.
— Jiang Cheng, o que acha de irmos para algum lugar hoje a noite? — Qing falou tentando ter uma conversa com o outro. Sabia que era difícil manter uma comunicação com o Jiang, mas, não iria desistir.
— Não, obrigado. Eu prefiro ir dormir mais cedo... Estou cansado. E além, do mais... Acho que irei cobrar mais um plantão. — Cheng falou sem olhar diretamente para a mulher que estava ao seu lado até então.
— Como assim? Seu plantão não é esse que você está cobrindo?
— É, sim. Mas, o médico da área de pediatria não pôde vir hoje e eu vou ficar no lugar dele... Inclusive, já estou indo.
— Ok... Vai lá. — A Wen sorriu, vendo o outro se afastar indo até a porta, e saindo da sala. — Ah, Jiang... Seria tão mais fácil se você não se afastasse de todo mundo ao seu redor. Por favor, dê a si mesmo uma chance de ser feliz. — A mulher falou baixinho, eram essas palavras que ela gostaria de dizer ao mais velho, mas, o que lhe faltava era coragem para falar.
Ao sair da sala, se dirigiu a ala de pediatria... Não podia afirmar que cuidar de crianças era melhor do quê cuidar de adultos. Mas, se sentia mais alegre em consultá-las. Quando adentrou a enorme sala, percebeu que seria uma longa noite, haviam muitas crianças a serem atendidas, além das muitas outras que chegavam. Ao observar como a sala estava totalmente cheia de pessoas, pôde afirmar que não sairia dali tão cedo, deu um longo suspiro e se dirigiu até uma das crianças que choramingava de dor, tinha piores. Mas, o atendimento era por ordem, pelo o que o Jiang viu no prontuário médico, aquele menino estava ali desde as 5 da manhã, na mesma situação.
— Olá, sou o médico que está cobrindo o plantão do doutor Wang. — Cheng falou diretamente para a mãe do garoto que se virou rapidamente, mostrando que estava atenta às palavras do outro. — Poderia me falar o que aconteceu? Para que eu possa fazer uma análise.
— Claro... Ele estava no jardim com um amiguinho da escola, e derrepente ouvi somente os gritos, de acordo com o relato do colega dele, ambos estavam brincando até meu filho acabar caindo de mal jeito do balanço, o que causou tudo isso. — A mulher falava rapidamente, mas, o médico entendia perfeitamente o que ela dizia.
