" - Qual seu nome garotinho? - Disse o homem alto de olhos escuros e bem vestido.
- Meu nome é Lan Jingyi. Você poderia me ajudar a achar meu papai? - Ninguém resistiria ao ver aquela criança com um olhar tão inocente e puro.
- Hum...Claro. Qual o n...
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- Xichen? - Cheng murmurou baixo para o outro que descansava ao seu lado na cama, depois de toda a tensão que havia pairado entre eles. Decidiram subir e deitar-se juntos para desfrutar da companhia um do outro. Ao ouvir um murmúrio de resposta, Cheng continuou, percebendo que poderia abrir seu coração um pouco mais. - Já se sentiu indigno de amor? Como se não merecesse o que tem ou o que poderia vir a ter?
- Por muito tempo, sim. - Xichen respondeu roucamente, surpreendendo Jiang, que ergueu a cabeça para encará-lo, esperando que ele continuasse. Mas não houve mais palavras após aquela simples confirmação.
- E o que fez para mudar sua forma de pensar? - Xichen tentava evitar o olhar de Jiang, mas diante da insistência dele, acabou encontrando seus olhos.
- O sentimento nunca desapareceu, A-Cheng. Apenas diminuiu. - Ele confessou, contradizendo sua afirmação anterior.
Naquele instante, Jiang Cheng compreendeu o que Xichen queria dizer verbalmente e percebeu quão frágil Xichen era por dentro, muito além da imagem que sempre projetou desde aqueles dias.
- Você... - Cheng começou, vendo Xichen encará-lo com intensidade, aqueles malditos olhos - Não se lembra de mim, não é?
- O garoto estranho que uma vez me pediu uma amostra de sangue em troca de fazer meu trabalho de artes? - Jiang Cheng pareceu surpreso e sentou-se abruptamente na cama, olhando para Xichen, que permanecia deitado.
- Você lembra? Como? Você é um idiota, sabia? Age como se não me conhecesse! - Xichen sorriu de lado, aumentando ainda mais a irritação do mais jovem. - Lan Huan, estou falando sério!
- Quando você me chama de Lan Huan, me dá vontade de... - Ele provocou, recebendo um tapa do outro - Hey, espera aí, você é médico, deveria cuidar das pessoas, não bater nelas.
- Seu idiota, foi você quem disse para eu te chamar de Lan Huan. - Cheng revirou os olhos, deitando-se novamente e apoiando a cabeça no ombro do mais alto. - Nem uma palavra, Xichen. Minha raiva ainda não passou.
- Sim, senhor. - Ele respondeu, beijando o topo da cabeça do médico.
- Estava lembrando que você realmente me deu sua amostra de sangue naquele dia, mesmo quando eu estava claramente brincando.
- Você era tão esquisito, nunca dava para saber quando estava falando sério ou não! O que poderia acontecer de mal? No máximo, você poderia fazer uma macumba para mim. - Xichen falou, fazendo Jiang Cheng revirar os olhos novamente.
- Eu pensei nisso. Jogar uma macumba para você parar de ser idiota.
- Meu irmão também se lembrou de você. - O mais velho disse, sem provocar qualquer surpresa.
- Eu já sabia. Depois daquela conversa que tivemos, ele veio até mim. - Jiang Cheng riu sem humor.
- Vocês eram melhores amigos, inseparáveis. - Xichen recordou. - Até você desaparecer... E meu irmão ficou desesperado.
