Just a Fuck Boy - Vinnie Hacker

23.

Bárbara Muniz, Point of View.
Los Angeles — Califórnia.

— Eu já pedi desculpas - ele diz fingindo estar arrependido — Mas você não reclamava enquanto gemia meu nome

— Vinnie! - empurro o seu braço e ele ri — Você é muito idiota

— Eu gosto de te deixar com vergonha, você fica muito linda toda vermelha - ele diz apoiando o rosto na mão

— Eu percebi - digo mexendo em seu cabelo e seus olhos brilham em minha direção — Você também fica muito lindo assim, quando me olha com os olhinhos brilhando igual uma criança

Ele fica sem jeito e eu dou risada, decidimos pedir um pétit gateau de sobremesa, estava delicioso e eu comi cada pedacinho como se eu estivesse no céu, Vinnie apenas ria das minhas reações.

— Eu nunca conheci alguém que gostasse tanto de comer igual você, é incrível

Vinnie brinca enquanto eu pegava um pedaço da sobremesa dele, o mesmo chama o garçom e fechamos a conta, ficamos alguns minutos conversando na mesa antes de encarar a multidão de paparazi que nos aguardavam lá fora.

— E lá vamos nós - digo me ajustando antes de saímos e o louro me dá um sorriso amigável avisando que é só voltar olhando pra baixo que ele abriria a porta pra mim.

Respiro fundo sentindo as mãos de Vinnie em volta da minha cintura e abaixo a minha cabeça saindo do restaurante e sendo atinginda novamente por diversos flashes e mais perguntas.

— Vinnie, como foi o jantar? - um deles diz e Vinnie desacelera os passos

— Foi muito bom, obrigado. Como tá o seu serviço hoje? - Vinnie diz simpático e eu me surpreendo

— A mesma coisa, sabe como é, você acha que a Renata vai ficar brava em ver vocês juntos?

Sinto um frio pela a espinha, Renata? Quem é essa? Eu já havia visto algumas pessoas comentarem sobre ela quando eu sofri hate e em uma das minhas lives e só agora que me liguei que o Vinnie tinha alguma ligação com ela.

— Não sei, apenas mantenho o passado no passado - Vinnie diz e chegamos no carro, ele abre a porta pra mim e eu entro me arrumando no banco, olho pela janela e vejo os dois tocarem as mãos dando tchau e Vinnie rapidamente abre a porta entrando no carro também.

Eu não perguntaria pra ele quem era essa tal de Renata, não temos nada e seria estranho o clima que iria ficar, voltamos o caminho inteiro em um completo silêncio, eu mantenho o meu olhar na janela enquanto mil coisas passavam pela minha mente.

Quem é ela? Será que é algo recente? Meu Deus e se ele estiver saindo comigo pra esquecer ela ou pior para provocar?

Balanço a cabeça tentando afastar esses pensamentos e nem reparei que já estávamos de frente para o meu apartamento, abro a porta não querendo prolongar nenhum assunto e meu corpo implorava pra subir pra minha casa logo mas seria estranho eu não dizer nem um tchau.

— Você tá bem? Ficou quieta o caminho todo - ele diz segurando em meu braço — Foi algo que eu fiz? Eu falei alguma besteira?

— Não, tá tudo bem - minto

— Eu sei que a gente não se conhece tão bem assim mas é visível quando você tá chateada, você parece distante - ele diz e pega no meu queixo — Olha pra mim

Olho dentro dos seus incríveis olhos castanhos e ele parecia magoado por eu estar agindo daquela maneira, decido relaxar e passo o meu braço em volta do seu pescoço.

— Não é nada, prometo

— Você gostou do jantar?

— Sim, claro foi muito bom, diferente de tudo o que a gente já fez - sorrio e ele pareceu estar aliviado — E você? Gostou?

— Olha a minha companhia, impossível ter sido ruim - ele diz e eu sinto sua mão encaixando na minha nuca, seus lábios quentes tocam nos meus pedindo passagem com a língua e eu dou passagem me entregando na sensação de milhares de borboletas em meu estômago novamente

— Você... quer subir? - convido e o olho dele brilha novamente enquanto concorda com a cabeça

— Só vou estacionar o meu carro na rua aqui de baixo e a gente entra

Ele diz animado e indo em direção do carro dele, ligando o motor e entrando na esquina. Eu não queria estragar a noite então era melhor eu investigar melhor sobre aquele temido nome amanhã.

Vinnie surge ajustando a roupa e eu libero o portão pra ele enquanto entrávamos no meu condomínio, subimos as escadas e assim que chegamos na minha porta olho para o rosto dele, Hacker parecia empolgado, e eu torço pra que eu tenha deixado a casa pelo menos organizada.

Abro a porta e Vinnie entra primeiro, fecho a porta atrás de nós e tranco com a chave, vejo ele dando um 360 com corpo enquanto olhava para tudo capturando cada detalhe

— Não me julga - digo repetindo a frase que ele havia dito quando eu entrei no quarto dele

— Uau, tudo bem decorado, é muito seu estilo Babi - ele diz com um sorriso aberto e eu agradeço.

— Sua vez de dormir aqui hein - digo tirando os meus sapatos e olhando pra ele que pareceu que ia rasgar o rosto de tanto sorrir — Só dormir Vincent

Ele finge ficar sério mas se aproxima de mim piscando um olho.

— O que você quiser

Jogo minha cabeça para trás soltando uma risada, caminho para o meu quarto e o mais alto me seguia igual um cachorrinho, acendo as luzes e ele olha tudo em volta novamente, Vinnie sai de trás de mim e se joga na cama dando um pulo na mesma, ele se mexe mais um pouco em cima dela e me olha

— É, parece que aguenta - ele brinca e eu reviro os olhos

— Você não tem jeito, juro - dou risada sentando do seu lado e ele tira o tênis dele, tira também o cinto e a camisa como se estivesse bem à vontade — Bom, nem vou falar pra você que a casa é sua pelo visto você tá bem à vontade já

Ele ri e puxa a minha mão fazendo eu deitar com ele, me ajusto em seu peito e ele começa a alisar as minhas costas.

— Esse vestido não tá apertado não? - pergunta e eu murmuro um sim, Vinnie me dá uma empurradinha me colocando sentada e puxa o zíper para baixo me liberando do vestido, passo ele pelas minhas pernas e jogo do lado da cama, faço menção de me deitar novamente mas Vinnie impede com suas mãos.

Cada centímetro do meu corpo começa a ser apertado e Vinnie massageia as minhas costas carinhosamente, fecho os meus olhos sentindo o meu corpo relaxar em suas mãos e quando sinto sua respiração perto da minha nuca me fazendo arrepiar inteirinha. Sinto um fogo dentro de mim e alcanço uma de suas mãos fazendo ele direcionar elas em direção dos meus seios, ouço Vinnie rir baixinho e eu já sabia o que aconteceria depois.