Just a Fuck Boy - Vinnie Hacker

40.

Bárbara P.O.V

Descemos do carro e eu abro a boca impressionada com o parque, nunca havia vindo pra cá, achava que era um parque normal mas assim que eu olho pra roda gigante sinto a empolgação chegar.

— Caralho 

— Sabia que você ia gostar

Assim que começamos a caminhar para a entrada ele entrelaça nossas mãos me fazendo sorrir e Vinnie praticamente me arrasta para irmos no jogo de tiro ao alvo.

— Vai, eu quero aquele ursinho ali - ele diz apontando para um urso marrom e eu reviro os olhos

— Não era pra VOCÊ fazer isso?

— Era

— Se você ganhar eu quero aquele lá - aponto para um de coração

— Feito

Vinnie pega a arminha de brinquedo e atira atingindo um dos patos de mentira que cai, depois tenta atirar em outro mas erra, acerta mais um e o último também, ele sorri pra mim convencido e eu arrumo minha postura quando o cara diz que era a minha vez.

Miro a arma concentrada e acerto a primeira e logo após a segunda mas erro a penúltima e última chance fazendo Vinnie gritar do meu lado, tampo o rosto rindo quando ele pega a pelúcia de coração e me entrega todo feliz.

— Eu que queria te mimar - faço biquinho

— Não, eu que quero te mimar - ele beija o meu rosto —E é o seu aniversário, eu sei que você perdeu de propósito pra ganhar presente

— Eu nunca perderia de propósito Hacker

Olho pro carrinho de bate e bate e sorrio marota, era a minha vez de ganhar. Puxo ele pra fila empolgada, eu iria amar ficar batendo o meu carro no dele incansavelmente até ele ficar bicudo e irritado como ele sempre fica quando eu o provoco, quando chega a nossa vez eu subo em um carrinho azul e ele em um vermelho

— Boa sorte - digo pra ele vendo outras pessoas ocuparem os outros carrinhos e ele arqueia a sobrancelha pra mim, assim que um garoto mexe uma bandeira quadriculada acelero com tudo batendo no carro de Vinnie que abre a boca chocado, faço uma baliza rápida pra trás só pra bater de novo nele que começa a gargalhar.

— Tá doida? - ele berra se divertindo

— É guerra porra - bato de novo e ele vira o volante em minha direção querendo revidar mas assim que ele avança eu consigo desviar a tempo e Vinnie acaba batendo em uma garotinha

— Desculpa, foi mal - ele diz pra menininha que cruza os braços, o louro se vira e faz uma careta engraçada pra mim — Você vai se arrepender

Vinnie vira o carro rápido e dessa vez eu não consigo virar sentindo um impacto forte quando ele bate em mim, faço um bico e ele ri.

— Eu não vou ter pena, você não teve de mim .

Dou de ombros e sinto outro impacto mas dessa vez era um garoto de mais ou menos a nossa idade que pisca o olho pra mim, olho pro rosto do Vinnie e ele estava com a testa enrugada indicando que ele estava nervoso, o garoto se afasta com o carinho mas em um piscar de olhos, Vinnie acelera batendo com o seu carro o mais forte que pode no menino que estende as mãos pra cima como se estivesse se rendendo, tampo o meu rosto rindo e a voz do rapaz responsável pelo brinquedo soa avisando que o tempo tinha acabado.

— O que foi aquilo? - perguntei pro Vinnie assim que descemos as escadas do brinquedo.

— Ele piscou pra você

— E daí?

— Eu não gostei - ele da de ombros me fazendo rir — O cara foi um babaca

— Ele literalmente só bateu o carrinho em mim, não sei se você se lembra mas era essa a finalidade do jogo

Vinnie apenas revira os olhos e parou de andar olhando pra cima, faço o mesmo e vejo que estávamos na frente da casa de terror, olho pra ele que estava com um brilho nos olhos mas eu nego com a cabeça

— Não, esse eu não quero, odeio coisas de terror, filme de terror, casas de terror, TUDO

— Eu te protejo, vem - ele me puxa e entramos na fila que não estava muito longa, entramos e eu ouço uma risada de palhaço, agarro o braço do Vinnie e começamos a caminhar no escuro.

Surge um palhaço todo mascarado com uma serra elétrica gritando e eu aperto os meus olhos com medo enquanto Vinnie me guiava, quando eu ouço a voz do palhaço se distanciando eu abro os olhos de novo vendo mais alguns bichos horrendos com faca de brinquedo, arma de mentira e bastante sangue pelo corpo enquanto murmuravam que ia nos matar.

Eu queria muito sair daquilo logo, os americanos são bizarros, vai que tem um serial killer aqui dentro com uma faca de verdade pronto pra nós atacar, apresso os passos praticamente arrastando Vinnie pra fora e quando estávamos lá fora eu respiro aliviada.

— Você é uma medrosa - ele ri

— Não sou não - faço bico, no final das contas quem ficou emburrada foi eu

— Eu não ia deixar nada de ruim acontecer contigo Babi

Paramos no caminho e eu abraço ele, agradeço, Vinnie enrola as mãos em volta do meu quadril e me beija docilmente com todo carinho o que faz meu coração errar algumas batidas.

— Vamos pra roda gigante? - peço e ele concorda

Caminhamos calmante para a fila apenas um no lado do outro, olho em volta percebendo que o parque estava mais cheio e algumas pessoas murmuravam algumas coisas umas pra outras olhando em nossa direção provavelmente reconhecendo o Vinnie, e se entrelaçássemos nossas mãos novamente alguém poderia tirar uma foto e na mesma hora estaríamos no TikTokRoom.

— Tá lotado - Vinnie diz observando a mesma coisa que eu

— Se quiser a gente vai embora

— Não, que isso, eu não me importo em ser visto com você, além do mais somos amigos em todo caso.

Amigos...

Forço um sorriso em sua direção enquanto sentávamos no banco, eu não ia discutir aquele assunto com o Vinnie, ia ferrar com o nosso dia. Assim que as travas forram checadas o brinquedo foi ligado fazendo um barulho, olho para ele com os olhos arregalados e ele sorri pra mim.

— Medrosa.

Mostro a língua pra ele e o brinquedo continuava subindo cada vez mais me dando uma visão perfeita daquela tarde, olho para os coqueiros, o mar, alguns prédios por perto, e tudo parecia ser tão pequeno, parecia que todos os meus problemas e dúvidas eram pequenos demais pra me preocupar, olho pra Vinnie que me encarava com um sorriso grande no rosto parecendo me admirar.

— O que? - pergunto envergonhada

— Eu quero muito te beijar agora - ele murmura e eu olho pra baixo vendo que algumas pessoas nos observavam

— Todo mundo vai ver - aviso arqueando a sobrancelha e ele nega com a cabeça

— Porra - ele olha pro mesmo lado que eu e respira fundo — Foda-se

Ele junta os nossos lábios e eu correspondo o beijo com necessidade, eu precisava desse beijo, sua língua pede passagem e eu permito sentindo arrepios pelo meu corpo, eu já falei o quanto eu estou apaixonada por esse garoto?

Sinto as mãos de Vinnie na minha nuca e eu aperto sua coxa por cima da calça.

— Acho que amigos não se beijam assim - digo após encerramos o beijo e ele ri

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Cheguei no 49 do segundo tempo, mas cheguei.

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Beijos e até amanhã