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*Aviso!!! Esse capítulo pode conter sexo explícito, então se vc for sensível a esse tipo de conteúdo, pule!*

11/10/1995

Acordei com os primeiros raios de sol em meu rosto. Ainda abraçada a Bento, observei a imagem dele dormindo serenamente. Cheguei a pensar na possibilidade de assumir um relacionamento com ele, que provavelmente não pensava o mesmo.

Claro que não vou admitir isso pra ninguém, até por que eu não sou de namorar e o Bento não é do tipo que se amarra a uma garota só. Sei disso porque enquanto ele me beijava, outras 5 garotas achavam que eram namoradas dele. Não concordo com isso, porém, quem sou eu pra falar algo?

Levantei, arrumando meu cabelo e a minha roupa. Deixei-o dormindo e desci pra tomar café. Me deparei com algumas coisas na mesa da cozinha e um bilhete com a letra do Samuel.

" Oi, fomos no shopping. Sabemos que você e o Bento não gostam de lugares assim, por isso nem chamamos vocês. Beijos, o amor da sua vida!"

Ao terminar de ler o bilhete, organizei a mesa do café. Antes mesmo de sentar, senti as mãos de Bento passando pela minha cintura e me dando um abraço.

- Bom dia, flor do dia. - Ele disse, com a voz rouca de sono. O hálito de menta indicava que ele havia acabado de escovar os dentes. - Você está melhor?

- 'Tô sim, Senhor. Obrigada por ontem à noite. - Sorri, virando para abraçá-lo.

Ele depositou um beijo casto na minha testa e sentou pra comer. Depois de tomarmos café, chamei ele pra assistir televisão comigo. Estava passando Friends, eu adorava essa série.

Depois de alguns episódios, eu me sentia muito melhor do que na noite anterior. Bento viu a sua deixa e começou a acariciar meu braço e dar beijos em todo o meu pescoço.

Eu sabia o que ele queria, pois toda vez que tentávamos algo, éramos interrompidos.

- Bento... Daqui a pouco eles chegam... - eu disse, mas não queria que ele parasse.

- A gente vai parar daqui a um pouquinho... - disse, subindo a mão pra dentro da minha blusa e acariciando meu seio esquerdo por cima do sutiã. - Só tomar cuidado.

Engoli em seco, fechando os olhos. Só consegui assentir, nem respirar eu conseguia direito.

- Vem cá. - Ele me puxou pra mais perto, depositando um beijo em meu colo.

- Bento... Eles vão pegar a gente... - Consegui falar em meio a minha respiração pesada.

Ele me calou com um beijo, me puxando para sentar no colo dele. Bento me olhou, pousando a mão em meu joelho e subindo até a minha região íntima, tocando-a suavemente. Eu só conseguia acompanhar os movimentos dele, sem reação alguma.

Antes mesmo que ele pudesse movimentar os dedos, a porta da sala começou a ser destrancada e eu desci do colo dele indo até o sofá da direita, enquanto ele se cobria com o cobertor para evitar qualquer constrangimento. Graças a Deus a televisão estava ligada em Friends e não ficou aquele silêncio constrangedor.

- Ah, já acordou?! Achei que ia acordar mais tarde hoje, docinho. - Samuel disse, depositando um beijo em minha testa. - Aqui, trouxe pra você. - Ele estendeu um saco com o símbolo do McDonald's

Eu dei um sorriso enorme, dando uma mordida no lanche.

- Ah, graças a Deus! Eu tava morrendo de vontade de comer um lanche - engoli um pedaço do lanche, tomando um gole do suco que veio junto. - Valeu mesmo. Quer um pedaço Bento?

Ele assentiu, me dando um olhar divertido, eu dividi a outra metade do lanche com ele e voltamos todos a assistir televisão.

- Mas então, Ju, quando você vai pro Canadá? Precisamos organizar a agenda da banda antes da sua viagem. - Sérgio comentou, como quem não quer nada.

Só de lembrar desse assunto, a felicidade que eu estava sentido se esvaziou e eu murchei igual uma flor sem água.

- Ah, sobre isso... Eu acho que vou dia 15 de dezembro. Eu não quero que meus pais fiquem esperando muito. Mas confesso que perdi a vontade de ir, não quero mais brigas... - suspirei, comendo uma batatinha.

- Bom, qualquer coisa que você precisar, estaremos aqui. - Surpreendentemente quem disse isso foi Bento, que nunca demonstrou afeto por mim na frente dos meninos.

Meus olhos imediatamente marejaram e eu tive que olhar pra cima pra não chorar.

- Ah não, não chora por favor! - Júlio disse, colocando a mão em meu ombro

- Não, é que... Cinco pessoas que me conheceram do nada são mais irmãos pra mim do que meu próprio irmão. - Eu disse, secando o rosto - Eu, sinceramente não sei o que faria se não fosse vocês.

- Ah que emocionante! - Dinho brincou, fazendo sua voz afeminada - Agora parou com o chororô. A gente tem ensaio e organização de agenda às 15h, então podem ir se arrumando gatinhos. - Bateu palmas, enxotando a gente da sala.

- Nossa, que violência, sai daqui! - Samuel levantou fingindo ir socar Dinho.

Antes que a briga de mentirinha acontecesse, eu levantei recolhendo meu lixo e fui organizar a cozinha, que ainda estava com as coisas do café da manhã, lembrei do quase acontecido com Bento.

Relembrei cada segundo enquanto lavava a louça, cada toque cada beijo, cada afago. Eu estava novamente perto do céu, voando tão alto que acabei passando o resto do dia com um sorriso no rosto e em piloto automático.

* Mesmo dia, 03h da manhã *

Novamente encerramos a noite assistindo algum filme. Aos poucos, todos foram se despedindo e indo dormir. No fim, ficamos eu e Bento novamente.

Dessa vez, não foram necessárias palavras. Bastou apenas um olhar e nós estávamos nos beijando. Não sei como subimos as escadas, entre beijos e tropeços chegamos ao meu quarto. Bento trancou a porta, enquanto eu deitava na cama. Aproveitei a deixa para tirar a minha calça, jogando em um canto qualquer do quarto.

Ele se virou, me observando, e sem quebrar o contato visual ele se deitou ao meu lado. Eu podia ver o desejo em seus olhos, eu engoli em seco ao sentir seu falo enrijecido roçando na minha perna direita, apenas esse toque foi o suficiente pra me deixar ainda mais excitada.

Ele me puxou para beijá-lo novamente, eu subi em seu colo e segurei na cabeceira da cama, enquanto ele beijava meu rosto e pescoço, eu só conseguia pensar em acabar com as preliminares e ir direto para o que interessava.

Então, parecendo ler a minha mente, ele puxou a minha blusa pra cima e arrancou o meu sutiã, beijando o colo dos meus seios enquanto massageava ambos.

Senti ele sorrir e abrir o zíper da própria bermuda. Levantei, facilitando para ele a retirada da peça de roupa, que com a cueca foram abaixados até os tornozelos.

Ele segurou o falo com a mão direita, posicionando em minha entrada. Eu não aguentaria mais toda essa lentidão, então acabei introduzindo eu mesma.

A sensação era maravilhosa, Bento sabia o que estava fazendo. Enquanto eu sentava, ele sabia exatamente onde tocar.

Acho que nunca transei com alguém com tanta experiência assim. Nem o meu ex namorado, Paulo, era tão bom na cama. Ele me fez ir aos céus como nunca fui. Eu tive até medo de estar fazendo barulho, pois não conseguia me controlar.

Bento era muito cuidadoso, em todas as posições que fizemos ele perguntou se estava me machucando ou se estava bom pra mim. Quando chegamos ao orgasmo, juntos, ele me puxou para um banho, antes de nos deitarmos novamente.

O banho foi rápido, somente pra nos limparmos e colocarmos uma roupa limpa. Recolhemos as roupas que estavam jogadas no chão e ele me deu um último beijo antes de ir para o seu quarto.

Se alguém soubesse o que se passou agora, provavelmente seríamos xingados eternamente. Mas eu não estava nem aí, estava em um enorme êxtase, entorpecida o suficiente pra não ligar para o amanhã.

E agora, Creuzebeck?Onde histórias criam vida. Descubra agora