Floco de Neve

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Victoria estava entanto perturbada, com a vingança falha e agora dúvidas que a atormentavam, nenhum lugar era seu paradeiro, nunca foi, medos a forçavam fugir o mais longe possível. 

Victoria ficou poucos dias no Canadá,  decidiu ir para Londres, seu berço. As vagas ruas na calada da madrugada chegavam a dar paz. Héloïse em seus braços ressoava em um sono angelical.

-O tempo trás suas modificações...--Victoria olhou a cidade, bem diferente do que conheceu, as estradas de terra, agora eram tomadas por asfaltos e postes que iluminavam o caminho dos mortais--

O sol já começava a raiar, Victoria invadiu uma casa e matou a família que estava nela, assim usufruiu o que quis dela. 

-Olha...--Victoria olhou para a filha deitadinha na cama, cuidando-a com um olhar tão inocente--Um...dois...três...--Victoria escondeu o rosto com as mãos--Achou! --Descobriu-o dando um sorriso pra filha--

Héloïse sorriu admirada com a "mágica" da mãe, dando uma risada gostosa.

-Você é muito, muito espertinha me ouviu? --Victoria encostou a testa dela na da filha, de forma delicada--

A pequena olhou nos olhos da mãe, após mexeu as mãozinhas abrindo o encaixe do colar que Victoria usava, a correntinha de ouro não caiu, ficou no ar, enquanto Héloïse admirava o brilho do ouro, era fascinante e muito curioso. 

-Do que você é capaz, em minha filha? --Victoria pegou o colar no ar, Héloïse abaixou as mãos o deixando cair nas mãos da mãe--

A pequena olhou a mãe por segundos, depois bocejou, era evidente que estava cansada depois da noite agitada que passou.

Victoria aninhou sua pequena em seus braços, a entretendo enquanto o sono tomava-a por completo, Héloïse tentava de alguma forma lutar contra ele e seu evidente cansaço.

Porém a teimosia da pequena era deveras maior, com os olhos pesados, carregados pelo sono, ela fitava a mãe, curiosa, Victoria devolvia o olhar, sem esperar Héloïse lhe arrancou um anel da mão.

-Teimosa --Victoria segurou--

Héloïse olhou fixamente, não gostando de ter sido repreendida, em um bocejo voltou a resmungar, pequenos olhos castanhos claros se voltaram para a porta do cômodo que estavam. 

"você não me assusta mais" se pudesse falar, Héloïse diria isso. 

O embalo da mamãe enfim venceu a pequena que adormeceu tranquila em seus braços. 

{...}

Na madrugada a sede dominou Victoria, seus olhos negros, sua garganta coçando a enlouquecia, precisava acalmar isso com a má sorte de quem cruzasse seu caminho nesta noite.

Com a filha nos braços, Victoria saiu da casa, era evidente que colocaria sua filha nos seus passos de vida nômade, não era seguro manter residência em lugar algum, e pra Victoria já tinham passados dias demais ali.

Uma roda de homens bebendo na esquina de um bar cuja o nome francês chamou atenção de Victoria. 

-Ei --um dos bêbados tentou chamar atenção da bela ruiva que avistara-- 

"Inferno" Victoria murmurou em pensamento. 

-Vem cá mãezinha --Cambaleando com uma garrafa de whisky em mãos o homem se dirigiu para perto de Victoria-- 

Victoria parou, Héloïse bem apoiada em seus braços estava prestes a presenciar um assassinato. Victoria se aproximou, os homens olharam admirados a beleza da ruiva, mal sabiam que ela seria a última coisa que eles veriam. 

Total Eclipse of the HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora