conquista

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Os dias se passavam e Victoria ainda não havia ido caçar,sentia sede mas não tinha mais tanta inaptidão pela "vida",ela tinha medo,estava estampado isso nos seus que agora eram olhos negros. Seu corpo logo começou a demonstrar consequências pela falta da caça e ela foi obrigada a caçar,naquela noite foi sua primeira caça por conta,nunca havia feito isso sozinha,mas sabia como fazer. Depois que caçou o céu pareçeu  desabar sobre ela,e sobre tudo,a chuva logo a molhou por inteira e ela não conseguia mais ficar em Portugal por todos os acontecimentos,então ela foi,seguiu naquele tempo chuvoso até no norte da Inglaterra,onde parou na cidade de Bradford,a ruiva não tinha certeza de onde estava,mas ali as lembranças não eram tão dolorosas.

Os dias se perdiam nas noites e Victoria seguia sozinha,se escondendo de todos,aos poucos tudo mudava e as coisas não eram mais as mesmas,fazia tempo que ela parou de prestar atenção nos dias,ela só sobrevivia,ausente de tudo e de todos,levava uma vida passiva,solitária e de muitas dores,se os seus olhos produzissem lágrimas seu rosto estaria sempre molhado,tinha dias que não caçava outros sim,já não contava mais seu aniversário,e nem outra data especial,só via o tempo passar e a corroer cada dia mais. Depois um tempo ela voltou para Londres,fazia tanto tempo que ela não vinha ali,e quando colocou o pé lá sentiu uma sensação a tomar por completo,esse era o sentimento que a matava em vida,a saudade,Victoria andou pelas ruas,as quais era sua casa a duzentos anos atrás,tudo novo e diferente sem vestígio do que aquilo foi algum dia. A lua cheia brilhava no céu o que permitiu que Victoria ficasse tranquila ali.

<<1810>>

Era madrugada,16 de julho de 1810,Victoria estava repousando em uma árvore após uma caçada,com seus pensamentos voando ao vento,como uma folha seca ela se senti naquele momento, ela vai aonde o vento quer. O vento bagunçava seus cabelos sobre seu rosto, quando ela sentiu a presença de outro vampiro,ela sentia que aquele vampiro estava interessado nela,e não era para uma conversa amigável,a ruiva se levantou e correu,sentia que ele estava atrás dela,e aquela corrida parecia interminável até ela conseguir despista-lo,ela não sabia quem era apenas consegui sentir um pouco do seu cheiro,e ela não entendia pelo que estava sendo perseguida, só torcia para que ele não voltasse.

"O que ele quer de mim? ~Victoria pensou ~

Apartir daquele dia a ruiva não teve mais sossego,e o rastreador voltou a perseguir,dia após dia ele sempre encontrava o rastro dela novamente,isso deixou Victoria em um certo terror,pânico era uma caçada e ela era a presa,era o troféu que ele queria ter o prazer de despedaçar ,graças a seu dom Victoria conseguia escapar com sucesso,mas ele já havia chegado perto o bastante para ver de relance,quase havia a pego naquele instante mas ela conseguiu escapar e sentiu que o que fez o deixou frustrado.

Quase um ano de uma caça interminável já se davam no ano de 1811,ele não iria desistir até não conseguir sua recompensa,frustrado por não conseguir pegar ela,o vampiro perdeu o interesse de querer matar a ruiva,ele queria conhecer mais sobre ela e sobre seu dom,ele viu o quanto ela era talentosa e isso poderia ser muito útil para ele,além do mais ele já chegou perto o suficiente pra ver o quanto ela era linda,então valia mais a pena manter ela viva.Depois de uns dias Victoria  sentiu uma mudança sobre ele,sentia que ele não queria mais matar ela,e sim conhecer mais sobre,cansada da perseguição,de viver se escondedo dele, a ruiva deixou ele alcançar ela em um lugar de sua preferência com várias rotas de fuga,por precaução ,a ruiva ficou estática e menos de um segundo ele já estava ao lado dela,Victoria o olhou e o vampiro pode ver um certo medo em seu olhar,um gatinha amedrontada,que talvez pudesse virar uma leoa.

-Qual seu nome ruiva?--Ele afastou alguns fios ruivos do rosto de Victoria--

-Victoria...--A mesma fala,e depois de alguns instantes o medo se foi--

-Por que estava fugindo de mim minha linda?--Ele a olhou de cima a baixo--

-Pensei que quisesse me matar...--Ela o olhou curiosa--

-Eu não poderia fazer isso --Ele sorriu--Me desculpe ainda não ter me apresentado,sou o James--Pegou em sua mão --

Victoria sorriu para o vampiro,e depois da tensão ter saído de seu corpo o reparou,ele tinha cabelos loiros escuros,olhos vermelhos naquele momento e o físico,bem, não era nada de extraordinário.

James a olhou de cima em baixo novamente, refletiu o quão bela era aquela vampira e o quanto ela a ajudaria nas caçadas, seu dom era exatamente o que ele precisava, afinal conforme o tempo iria passando mais e mais o seus desafios iriam aumentar.

-Quer vir comigo princesa?--James pegou em sua mão -- 

Victoria o olhou pensativa,e depois de duzentos e quarenta e um anos sozinha ela se deu uma chance de confiar em outro vampiro,sem falar nada ela concordou com a cabeça e se pôs ao lado dele,James naquele instante comemorou por dentro e sorriu vitorioso,não considerou a sobrevivência dela um fracasso e sim mais uma conquista.

-Como veio parar aqui?--Victoria o interrogou enquanto caminhava ao seu lado --

-Eu vim só para fazer uma visita,ai senti seu perfume--James falou--

Victoria estava curiosa sobre ele,mas não queria o encher de perguntas.

-Como ficou sozinha?--James olhou pra ela--

Victoria parou de caminhar e olhou pra ele,ela não gostava de se lembrar disso,apesar de todos os dias a saudade lhe trazer essas recordações.

-Os Volturi destruíram meu clã...--A ruiva falou--Desde então eu nunca mais tinha me aproximado de um vampiro.

-Todos nós perdemos algo ruiva,mas tem que dar a volta por cima--James deu de ombros--

A ruiva o olhou evidentemente triste,e ele fez um esforço, afinal tinha que a manter com ele,então a abraçou,Victoria retribuiu fortemente,fazia tempo que ela não havia sido tratada bem,ou recebido aconchego,ela debruçou a cabeça no ombro dele,e ele pode sentir o desespero dela. Ele não falou nada simplesmente passou suas mãos pelas ondas vermelhas do cabelo dela,até mesmo pra ele que não tinha relacionamento algum com sentimentos,sentiu que ela precisava de amparo.

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