Uma vez em dezembro

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Os dias foram passando, vítimas foram feitas, elos foram criados, Victoria estava voltando a sentir segurança, com Zelda e a família que a acompanhara criaram dentro dela , as feridas de um passado não tão longe estavam formando cicatrizes brancas, mas que de certa forma nunca sairiam dela. Victoria estava feliz, mas...ainda assim, parecia que faltava alguma coisa, algo inexplicável, ali era o lugar de bruxas, de sua filha, mas não parecia ser o dela...Zelda a completava, pelo menos uma parte, mas aquele não era o conto de terror que Victoria pertencia.

Se entregar, Victoria já tinha cogitado a se entregar a seu desejo, com Zelda, não havia perigo, ela não era um homem bruto, nojento e selvagem que a machucaria. Selvagem, Victoria a via enterrado seu lado selvagem a sete palmos do chão, era estranho depois de tantos e tantos séculos de uma vida nômade sem parada, ela finalmente ter um lugar para voltar todo dia e esconder do sol o brilho de sua pele.

-Victoria?--Zelda se aproximou--

Victoria olhou para trás, seu reflexo brilhava na janela que mostrava uma lua cheia naquela madrugada de temperatura agradável.

-Hm?--Victoria resmungou--

-Hélo já dormiu, só foi você sair --Zelda riu--é incrível como ela ama te ver, parece te admirar --Zelda abraçou Victoria por trás e beijou seu pescoço--

-É --Victoria sorriu singela--Mas sou eu quem admiro ela --Pegou nas mãos de Zelda e acariciou--

Por alguns segundos as duas ficaram contemplando a noite que permanecia em uma aura calada, apenas com estrelas e a lua brilhando lá no céu, bem e Salem entrando pela janela do quarto de Sabrina.

Victoria olhou para Zelda que devolveu o olhar, virou-se para a bruxa, sem quebrar o contato visual nem o silêncio.

-Está mais calada que o normal --Zelda quebrou o silêncio--

-Apenas pensando --Victoria rebateu--

Victoria deu selinhos leves nos lábios de Zelda, Zelda por sua vez colocou a mão na nuca de Victoria e transformou os selinhos em beijos, que foi se intensificando. Victoria pôs as mãos n cintura da bruxa e a puxou pra ela, o beijo longo, a respiração ofegante da bruxa lhe extasiara.

Em meio a caricias, mãos bobas, Zelda foi encaminhando Victoria para um quarto, a vampira quase nem percebeu, apenas se deixou levar, Victoria fechou os olhos e confiou, com todo seu ser, focou no amor, no desejo ao prazer.

*

Héloïse por sua vez, a cada dia mais se encantava pelo mundo bruxo e o que ele trazia, cada dia que passava a pequena mais aprendia e surpreendia a todos com seus dons, ela era especial, tinha seu poder que logo seria interessado por um pesadelo do passado.

Sabrina criou um laço com a pequena filha da vampira, era mais forte do que tudo que ela viverá e em pouco tempo que estavam juntas, a bruxa mais velha já se sentia capaz de tudo pela sua nova irmã. Depois da morte do seu grande amor, depois de sua volta daquele vazio de onde pensou que passaria pela eternidade, Sabrina estava com a parte vazia de seu coração voltando a ser preenchida, mas a parte de Nick, ela sabia que jamais alguém poderia ocupar, mesmo que ela já tenha tentado. 

Hélo acompanhava Sabrina onde quer que a bruxa fosse, e Sabrina tinha gosto em fazer as vontades da sua irmã, Héloïse era apaixonada na ideia de brincar com outras crianças, as vezes ela escapava e conseguia brincar, mas jamais mostrava as sua habilidades a elas, mesmo que tivesse vontade, crianças eram legais, mas pareciam ser diferentes do que ela ao mesmo tempo que não notava tanta diferença. Uma das coisas que a pequena mestiça mais gostava de fazer era dividir seu lanche com aquelas crianças que não tinham nada...

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