Capítulo IV

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Evan franziu as sobrancelhas.

— O quê? Você saiu do nada e parecia estar passando mal...

Sofia cerrou os dentes.

— E o que você tem a ver com isso? – Retrucou irritada. – É médico, por acaso?

— Trocou os cascos hoje? – Ele perguntou confuso e meio zangado.

Cascos? – Ela retorquiu enquanto ele cruzou os braços e a olhou de cima a baixo. – Se quer alguma coisa, diga e vá embora logo, está me fazendo perder tempo.

— Você tá bem?

Ela crispou os lábios.

Ótima.

Ele tinha um olhar sério sobre ela, e Sofia sabia que tinha ouvido Amanda por ser a única explicação para isso.

— Por que saiu daquele jeito?

A mulher cruzou os braços como ele e o encarou com ferocidade.

— Não venha se fazer de inocente, esperava que eu estivesse a fim de olhar pra sua cara depois de três meses desde que você disse que ia me ligar?

— Ei, eu tentei falar com você. – Ele retrucou, no que ela revirou os olhos e o respondeu com sarcasmo:

— Ah, claro que tentou! Os homens são tão esforçados...

— Eu mandei mensagem no número que você passou no mesmo dia, Sofia. – Ele argumentou, mas ela realmente não estava interessada em saber; contanto que se livrasse dele agora estaria bem.

— Bem, pois eu não me lembro de ter lido nenhuma mensagem sua...

— Claro que não, o número estava errado. Foi pra uma senhora...

— Ah, que conveniente!

— Por que eu pediria seu número se eu não ia mandar mensagem?

— Pra ter um estepe? – Ela sugeriu, rápida no pensamento. – De qualquer forma, não quero saber, já superei...

— Sofia, eu tentei falar com você! – Ele insistiu, fazendo o estresse dela aumentar.

— Não ouviu o que falei? Não quero saber, o problema é seu se não conseguiu mais nenhuma idiota nesse tempo – Ela lhe deu as costas, mas ele a segurou e a virou de novo.

— Sofia...

— Me solta! – Ela alteou a voz.

Ele cerrou os dentes e foi direto ao ponto:

— Está grávida?

Sofia suou frio.

— Não.

Evan apertou os olhos.

— Não? Por que a conversa com a atendente indicou o contrário?

— Se sabe a resposta por que perguntou? – Sua voz saiu como um sibilar, e o homem devolveu a mesma intensidade no olhar, embora não tivesse a mesma agressividade.

— Por que mentiu?

— Já estou cansada de ouvir falarem o quanto eu sou nova – Sofia realmente devia agradecer por ter sempre uma resposta na ponta da língua. – Não vou ouvir esse julgamento de você.

— Eu não ia dizer isso.

— Bom pra você, agora, se me dá licença...

— Não – Ele negou, fazendo-a reunir todo o autocontrole que tinha para não xingá-lo ou deixar seu nervosismo transparecer. – De quantos meses você disse estar?

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