Segredos Venenosos

Núpcias

E então aconteceu o casamento. Centenas de criaturas de todas as partes de Outworld me olhavam. Alguns com pena, alguns com curiosidade, alguns incrédulos. Shang Tsung me olhava com deboche ao me parabenizar. Eu queria muito matá-lo, mas Shao Kahn o fez se retirar da celebração.

"Ainda não pode matá-lo, querida. Ele é útil para mim." Shao Kahn me advertiu.

"Não pode confiar nele, é um traidor e sempre foi um oportunista."

"Depois discutiremos isso."

Fiz meus votos completamente indiferente. O fato é que nada fazia diferença, apenas o bem estar da minha filha e do meu povo.

Kitana estava bem e era isso que importava. Ela e Jade se acabavam de comer e brincar durante o jantar nupcial. Shao Kahn parecia satisfeito e me oferecia comida o tempo todo, por vezes até dava petiscos na minha boca. Talvez desesperado para convencer a corte de que eu estava sendo bem tratada.

O jantar foi enfastiante e o vinho me deixou sonolenta. Eu pedi licença para colocar minha filha para dormir e ele me concedeu permissão.

"Podemos terminar as festividades agora se assim desejar, minha esposa." Ele disse segurando as minhas mãos.

"Não precisa terminar por minha causa. Foi um dia muito longo, estou cansada e gostaria de ficar com a minha filha.

Ele concordou. Quanto mais gentil ele era, mais desconfiada eu ficava.

Coloquei Kitana na cama. Fiquei deitada com ela por um tempo, ainda admirada por ela estar viva, beijava suas mãos e acariciava seus cabelos, até que caí no sono.

Depois era eu quem era colocada em outra cama. Eu estremeci de medo ao ver que Shao Kahn havia me removido de lá e estávamos sozinhos em outro quarto, na mesma cama. O corpo dele estava colado ao meu. Eu despertei e tentei me levantar, mas fiquei tonta. Havia algo na bebida? Shao Kahn me segurou e ouvi sua risada enquanto tudo girava. Estava escuro e meu corpo parecia mais pesado do que o normal.

Ele me colocou na cama de novo e eu o empurrei, me esquivando como podia.

"Pare Sindel, eu não irei violentá-la. Apenas deite-se."

"Colocou algo... na bebida..." Até mesmo falar era difícil.

"Finalmente eu tenho você comigo Sindel, eu sempre a desejei."

Ele removeu a máscara e eu senti a boca dele beijar meu pescoço, suas mãos passearem pelo meu corpo e detesto admitir, a sensação era boa.

Eu levantei mesmo assim, lavei meu rosto e bebi água para me livrar do mal estar e daquele gosto. Agora há pouco já testei algumas ervas soníferas, mas nenhuma tem o mesmo gosto daquela noite.

"Você disse que seria minha." Ele resmungou algo sobre Kitana.

"Sim, eu me lembro." Aos poucos a sensação de tontura era substituída por uma raiva crescente em meu coração. Odiava estar ali, submissa a vontade dele, que passava as mãos em mim como se eu fosse seu novo brinquedo.

"Você precisa disso, não é? Se assegurar de que você tomou tudo o que podia dele."

"Pare de falar dele Sindel, isso é entre nós."

"Foi isso que você planejou, matar o rei e foder a rainha, pois faça isso!" Rasguei meu vestido num acesso de raiva e o joguei no chão.

Por um momento ele ficou surpreso, depois sorriu e se aproximou.

"Eu não quero apenas te foder, Sindel" Ele enterrou as mãos nos meus cabelos e me olhou.

"Quero que você me deseje, quero vê-la implorar para que eu a foda, como algum adversário meu implora pela morte depois de horas de tortura." Ele disse rouco, enquanto me puxava para perto dele.

"Isso nunca vai acontecer." Eu disse e ele riu.

Shao Kahn me sentou na cama e começou uma sessão de beijos no meu pescoço, nos meus seios, eu permanecia sólida, mas o hálito dele era quente e meu corpo respondia as suas carícias.

Logo os lábios dele foram descendo, pela minha barriga, a parte interna das minhas coxas e minhas genitais. As mãos dele percorriam meu corpo e iam tirando minha lingerie. Ele se ajoelhou e beijou minha vagina. Confesso que me arrepiei com a sensação completamente nova. Não demorou para que eu começasse a ter calafrios e não pude conter alguns gemidos depois que ele começou a usar sua língua. Sua boca era quente e ele me chupava, ora suave, ora forte, eu me estremeço só de escrever. Deuses por que, por que meu corpo me traiu?

"Por todos os deuses! Ah! Não..." Eu suspirava.

Por mais que eu soubesse o quanto aquilo era errado, eu queria mais e ele me dava, eu ficava cada vez mais excitada, como se algum tipo de febre me percorresse meu corpo. As mãos dele afagavam minhas pernas que agora descansavam sobre os ombros dele. Eu superava todos os níveis de excitação possíveis. Cada vez mais molhada, enquanto os lábios dele me bebiam insaciáveis. Minhas coxas tremiam muito. Eu segurei a cabeça dele e meu corpo arqueou para trás, o êxtase era insuportável e eu gemia cada vez mais alto até que gritei e gozei intensamente, de um jeito jamais experimentado em toda a minha vida.

Caí na cama sem forças, Shao Kahn continuava seu trabalho e meu corpo se contraía. Até que ele se deu por satisfeito e parou, se levantou secando sua boca e se aproximou de mim.

"Eu nunca..." Shao Kahn me silenciou com um beijo ardente. Ele me cobriu e caí no sono pois estava exausta.

~.~

Acordei ao amanhecer. Shao Khan dormia com os braços ao meu redor.

Eu tentei me levantar e senti uma dor aguda na cabeça. Eu não bebi tanto assim, novamente pensei se havia algo na bebida. Apoiei nas cortinas para me levantar, elas caíram e a luz do sol entrou no quarto. Pude ver o terrível rosto de Shao Kahn, num vislumbre, pois ele se levantou e colocou a máscara rapidamente. Eu continuei olhando para ele.

"Minha aparência a enoja?" Ele perguntou.

"Não... pensei que fosse pior."

Meu novo marido se levantou e acariciou meu rosto, me disse para ficar e descansar enquanto ele iria ao Leste, cuidar de alguns rebeldes pessoalmente. Tive muita vontade de ir com ele para impedi-lo de cometer um massacre.

"Eu aceitei ser sua rainha, não sua reles concubina. Aqui é meu lar. Eu não posso aceitar que massacre meu povo."

"Lembre-se que o imperador está acima da rainha." Ele me virou e me jogou sobre a cama, pude sentir seu membro duro enquanto ele mordiscava meu pescoço e apertava meus seios.

"Imperador, está tudo pronto para partir!" Um guarda bateu na porta.

"Será que não podem esperar?" Shao Kahn gritou.

"O senhor disse que queria estar lá cedo, agora é a hora ideal."

"Maldição!" Ele se levantou "Prometo que volto logo, esposa." Ele beijou a minha mão, muito galante.

Depois que ele partiu me senti aliviada e muito arrependida por ter cedido as suas investidas.