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Park Jimin

Duas horas depois de descobrir o problema...

— Então está dizendo que o deixaram na sua porta dentro deste carrinho? - Apontei para o carrinho do bebê atrás do sofá.

— Exatamente.

— Já checou as câmeras de segurança? Como podem ter entrado e ninguém viu?

— Há uma passagem para famosos na parte de trás, com um elevador e sem câmeras - Ele responde esfregando as têmporas.

Ele olha para o filhote brincando em meu colo e balança a cabeça em sinal de negação.

— Era alguém que o conhecia, e também acho que você pode ter algo haver com esse pequeno - Digo entregando o coelhinho de pelúcia que o garoto joga pra todo lado.

— Não, eu não posso.

— Pensa um pouco, ele deve ter mais ou menos um ano e meio, com quem você andava nessa época? - Questionei, mas só serviu para fundir ainda mais sua inquietude.

— Não importa se ele tem ou não algo haver comigo, não posso e não quero ser pai dele! - Gritou.

Eu entendia sua frustração, mas ele não poderia simplesmente gritar e esquecer que o filhote não tinha a culpa por nada.

— Vai se acalmar agora, ou saia - Disse enquanto distraia o pequeno ômega para que não voltasse a chorar - Dê uma volta e quando estiver mais calmo volte para você resolver isso.

— Eu...

— Apenas vá. Não vê que está assustando o filhote - Digo já de pé, balançando-o de um lado a outro.

— Eu ... eu vou - Ele olhou-me mais uma vez e saiu batendo a porta do apartamento.

Depois de um segundo foi que parei para pensar, ele havia me trancado e sabe-se lá quando voltaria.

Ótimo, não havia almoçado e também precisava jantar. Olhei para o filhote e rezei para que tivesse algo comestível e apropriado naquele lugar.

Revirando os armários descobri que ao contrário do que sempre pensei, meu chefe possuía uma despensa repleta de nada e uma geladeira com mil garrafas d'água.

— Isso só pode ser brincadeira? - Sorria de nervoso.

Quebrei a cabeça imaginando como faria, eu até poderia passar a noite sem comer, de uma forma ou outra tinha fartado o estômago de porcarias quando fui as compras mais cedo.

Mas agora tinha um filhotinho, que eu não fazia ideia de quanto tempo estava sem comer e muito menos sabia o quê dar pra ele.

— Certo bebê, estamos em uma situação complicada.

Tirei o celular do bolso, e pesquisei até encontrar o telefone da recepção do condomínio.

Tive então de passar com o vigilante, depois para a gerência e por fim, falei com a administração. Tudo para conseguir que abrissem a porta do apartamento.

Eu queria ver toda essa segurança quando deixaram o filhote aqui.

— Obrigado. - Agradeci ao guarda que veio nos socorrer - Você tem algum telefone de restaurante aí? - Perguntei por acaso.

Não era muito bom na cozinha e de qualquer forma não poderia sair para ir buscar e cozinhar no apartamento.

— Acho que tenho um cartão de visita aqui - O guarda procurava pelos bolsos da calça - Ah, aqui - me entregou, logo depois se retirando.

Olhei para os telefones no papel e liguei em seguida, agradecido por eles entregarem e depois pela recepção ter trago a porta tão rápido.

Paguei com o cartão corporativo, havia trago minha carteira, mas já me tinha feito a ideia de que o CEO precisava ir sabendo que uma criança traz gastos e o dever de um pai decente, pelo menos, é sustentá-lo.

Depois de jantarmos um delicioso risoto de legumes, perguntei ao pequeno se ele queria mais, já que havia comido com gosto..

— Que mai omma! - Disse alegremente.

Depois de eu quase cair da cadeira, me perguntei se estava louco ou tinha escutado aquilo mesmo.

Na pior das hipóteses, eu não queria saber.

Meu CEO insuportável | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora