Ravi
Observo Alina almoçando, ela come com tanto gosto, que dá uma satisfação de ver, já Holly colocou comida contada no prato, bem pouco, até Alina esta comendo mais que ela.- Não vai comer mais, Holly? - pergunto atraindo sua atenção para mim.
- Não, estou satisfeita, não como muito. - responde e sorri de lado, seus olhos são intensos, já disse isso?
- Esta mesmo? Você comeu pouco. - coloco um pedaço de carne na boca e ela concorda novamente.
- Deixa ela, Ravi, se sentir fome, ela pode comer depois. - minha mãe diz e faço uma expressão desgostosa. - Ele e essa mania de controle por comida.
- Mãe, estou aqui. - ela revira os olhos, se fosse eu revirando o olho, levava um tapa. - Não quero controlar a comida dela, só quero saber se esta satisfeita, pois comeu pouco.
- Dá no mesmo. - reviro os olhos involuntariamente. - Ravi.
- Estou satisfeita, de verdade. - Holly diz e sorri para minha mãe.
- Lily come pouquinho mesmo. - Alina diz e segura a mão da irmã. - Sempre comeu pouco, tio Léo falava a mesma coisa, que ela come pouco. - Quem é Léo?
- Quem é Léo? Me desculpa perguntar. - minha mãe pergunta, pensamentos conectados.
- É um amigo, ele esta trabalhando no Canadá, mas sempre liga e fala a mesma coisa, que continuo comendo pouco, e Alina acabou ficando com isso na cabeça. - Holly responde e sorri.
- Ele era namorado da Lily. - engasgo com o pedaço de batata que estava comendo, quando Alina diz isso, começo a tossir sem parar, a batata desceu inteira.
- Respira Ravi. - sinto um tapinha leve em minhas costas e olho para ver quem é, Holly me olha preocupada, a tossi aos poucos vai cessando e ela me entrega uma copo de água. - Esta bem?
- Sim, obrigado. - agradeço e bebo mais um gole de água.
- Engasgou do nada, esta tudo bem ai? - olho para minha mãe, que segura o riso.
- Mordi minha língua, por isso engasguei. - minto e minha mãe balança a cabeça, na verdade, nem eu sei porque engasguei.
- Sei, mordeu a língua. - o que ela esta insinuando? - Me conte mais sobre seu amigo Holly, há chances de vocês voltarem?
Começo a tossir novamente, mais que inferno! Respiro fundo para controlar a tossi e balanço a mão.
- Mãe, deixe de ser invasiva, já parou para pensar que talvez a Holly não queira falar sobre a vida amorosa dela? - pergunto e Holly sorri para minha mãe.
- Não é como se eu estivesse contando minha vida amorosa, que não existe na verdade, só estou falando de um amigo. - Holly me responde e sorri no final, olhando para minha mãe. - A última vez que falei colo Léo, ele tinha recebido uma proposta de trabalho nova, estava para aceitar, ele também esta para vim nos visitar, deve vim ainda esse ano, e sobre voltarmos, não sei se teria essa chance ou não.
- Então há a possibilidade de uma volta. - minha mãe comenta e Holly bebe seu suco, balançando o ombro, como quem diz "quem sabe, ne?".
Minha mãe sabe sobre meu contrato com Holly, sabe que ela vai gerar meu filho e de Celine, também sabe que ela só aceitou por conta da Alina, e criou uma admiração por ela sem tamanho, em menos de uma semana, dona Raquel já terá adotado as duas como filhas, ela faz isso com todos que desenvolve qualquer tipo de interação e sentimento.
Terminamos o almoço sobre a interação das três, que tagarelavam sem parar, até que eu senti falta de uma casa movimentada, com vida, realmente coloquei vida na casa ao arrumar o quarto de Alina e Holly, entrar no quarto delas é ver vida, o restante da casa é todo moderno, no branco, preto e cinza, e algumas coisas rústicas.
- Vamos? Mostrarei a casa para vocês. - digo depois que recolho nossos pratos e coloco na pia, elas se levantam e me seguem no tour pela residência.
- Nossa, sua casa é linda, parabéns. - Holly elogia e sorrio para ela, estamos na sala e ela olha para um quadro meu e de Celine. - Vocês emanavam amor, é lindo de se ver.
- Nos amávamos muito mesmo, acho que por isso fiquei tão mal com sua partida, meu coração foi enterrado junto com Celine. - digo e sinto uma mãozinha segurando a minha.
- Você ainda tem um coração que bate, tio, ele não morreu. - Alina diz apertando minha mão. - Oh Lily, só enterra quando morre, né? - ela diz sussurrando e Holly sorri.
- O que o Ravi quis dizer, é que ele tem essa sensação, porque uma pessoa muito importante e que ele ama muito foi morar no céu. - Holly explica e Alina concorda.
- Você ficou assim? Quando nossos pais viraram estrelinhas. - vejo a irmã mais velha vacilar por um instante.
- Por um tempo, sim, mas depois você me trouxe esperanças e me fez lembrar que eu ainda estou viva, que tenho muito o que viver e amar, e que uma pequena bebê precisava de mim também, eu precisava entregar o meu melhor para você, então deixei o luto ir, hoje sinto apenas saudade e guardo lembranças de momentos felizes que vivemos juntos. - acho que tem um cisco no meu olho, isso foi como um tapa na cara, porque ela perdeu os pais e teve que deixar o luto para criar a irmã.
- Você me dá o seu melhor todo dia.- a pequena solta minha mão e abraça as pernas de Holly. - Já disse que te amo muitão hoje?
- Hummm, acho que disse, mas não tenho certeza, pode repetir novamente? - elas se olham, você sente a conexão delas de longe, e parece que esta se conectando com elas também.
- Eu te amo, do tamanho do mundo. - Alina diz para irmã que sorri.
- E eu amo você, infinitamente meu anjinho. - ela se abaixa e abraça Alina, me sinto deslocado, é errado querer ouvir alguém dizendo que me ama também?
- Saiba que eu te amo, raposinha rabugenta. - sinto um braço em minha cintura e olho para minha mãe, que sussurrou somente para que eu ouvisse.
- Esse apelido ridículo não mãe. - olho para ela que me encara sorrindo. - Te amo, me desculpa por não dizer isso sempre.
- Acho que essas duas meninas, nos ensinarão muito sobre amor. E esse apelido é de infância, fazer o que querido? - ela sorri debochada e beijo seu rosto.
Realmente, Holly e Alina nos passaram um grande ensinamento.
Espero que tenham gostado ❤
Ravi meu rei, engasga não kkkkk.
Confesso que tive dó dele nessa última parte 🥺🥺
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Um Passo Para O Amor ( DEGUSTAÇÃO, DISPONÍVEL NA AMAZON)
RomansaO amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o...