NYC Here I Come

17. Happy, free and confused at the same time

POV Rafaella

13 de Novembro de 2021 | sábado

Acordei perto do meio-dia, não tinha nada marcado para o período da manhã, me obriguei a dormir por mais tempo e recuperar meu sono da última semana. Ainda rolava na cama, flutuando entre as redes sociais quando Fernanda mandou mensagem perguntando se topava almoçar com ela. Aceitei o convite, ignorei o café da manhã e optei por pegar algo direto no local de destino. Coloquei uma calça jeans solta, um corset preto com o blazer do conjunto da RK e peguei um sobretudo preto longo. Amarrei o cabelo em um coque baixo e sai de casa.

Ela escolheu o Bubby's, um restaurante perto do meu apartamento, cheguei lá encontrando ela e Pablo. Zoaram com a minha cara quando peguei waffles com calda de frutas vermelhas e outros doces enquanto eles pegavam saladas. Em minha defesa, eu não comia nada a mais de quinze horas, estava com fome. Conversamos sobre os últimos dias, rimos contando do nosso último rolê por aqui, Fer falava sobre seu namorado que estava lhe irritando e Pablo e eu riamos agradecendo por estarmos solteiros.

Eles me levaram para conhecer o The Vassel, uma estrutura e ponto de referência que foi construído como parte do Hudson Yards em Manhattan, a obra parece uma colmeia de abelhas ou àqueles edifícios de filmes da super-heróis da Marvel. São vários andares de escadas, com plataformas de tanto em tanto, pontos de observação para a grande cidade à nossa frente. Subimos alguns andares para apreciá-la, mas logo descemos para o shopping ao lado. Passei a tarde com eles lá fazendo compras.

Ingrid havia me convidado para assistir um show de sapateado de um grupo brasileiro, por isso voltei cedo para casa. Estava me arrumando quando meu celular apitou com uma mensagem da Bia, a pequena me convidava para dar uma volta ou sair para jantar, agradeci o convite, mas recusei devido ao compromisso já marcado. Conversei com a garota enquanto me arrumava, contei de como eu tinha comprado as coisas tudo no tamanho errado no shopping por causa da diferença de grades/numeração e ela ria.

Pedi meu uber e fui ao encontro de Ingrid. O show foi incrível, eles passeavam entre os ritmos musicais dos quatro cantos do mundo enquanto sapateavam. No final, Ingrid me chamou para conhecer o pessoal da academia de dança, ela era amiga de alguns deles, que juntos ficaram zoando comigo tentando imitá-los e falhando. Mas assim, garanto que se derem um close em mim na hora do funk eu me garanto como uma ótima distração.

Giovanni Bianco, um grande amigo, coincidentemente enviou uma mensagem no momento em que eu deixava o teatro me convidando para jantar com ele. Topei é claro, estava com fome e já era um pouco tarde, porém fomos do jantar para um bar com uma pequena festa, bebi além do esperado e saímos de lá às duas da manhã.

A casa parecia vazia, sem vida, escura e fria na minha mente. Fui até a cozinha procurando por alguma coisa para comer, mandei mensagem para o pessoal do Brasil e lembrei que todos estavam dormindo devido o horário, mandei mensagem no grupo de NYC e também ninguém acordado, mandei mensagem para a Bianca, nem sinal de chegar. Decidi então que ia fazer uma live mesmo no instagram, pelo menos lá eu sabia que alguém estaria online.

O que me surpreendeu foi que às quatro da manhã de um sábado tinha várias pessoas acordadas no brasil e a toa no telefone. Ri quando uma falou que estava acordada porque estava transando, queria estar assim, mas me contentava em estar bêbada pós festa fazendo uma live perguntando como fazer ovo cozido, que magicamente esqueci, e explicando músicas. Vi em um dos comentários alguém perguntando se eu já havia ido na feirinha que tem embaixo da Dumbo Bridge no Brooklyn e fiquei curiosa para saber o que era ela.

Meu celular acabou a bateria no meio da live, mas como estava com o computador ao lado pesquisei a tal feirinha de domingo enquanto comia os ovos cozidos. Parecia um programa legal para um domingo de sol, que era o prometido para o dia seguinte, mas eu não queria ir sozinha.