43. Want some tea?

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11 de Dezembro de 2021 | Sábado.

POV Rafaella

Acordei com meus olhos colados, dormir enquanto chora tem suas desvantagens, parecia impossível abri-los para desligar o despertador. Estiquei meu braço a procura do aparelho, conseguindo desligá-lo e ao mesmo tempo sentido meu corpo ser puxado e tensionei.

Bianca.

Tinha esquecido que ela havia dormido aqui e que eu havia contado tudo, simplesmente tudo, que eu escondia e guardava para mim em todos os relacionamentos. E por isso eu tinha certeza absoluta que quando eu menos esperasse os questionamentos viriam.

Aceitei os braços ao redor do meu corpo e finalmente comecei a raciocinar. Meu nariz seguia entupido e o sono estava grande demais para levantar, me arrumar e ir encontrar a Bruca para as fotos.

Respira Rafaella, pensa no teu bem-estar, ainda tem um tempinho, só tomar um remédio e se agasalhar.

Se bem que, zero diferença me agasalhar, as roupas que tenho que usar não são assim tão quentes.

– Bom dia, my sunshine.

Voltei dos meus pensamentos quando ouvi a voz rouca no meu ouvido deixando beijos pelo meu pescoço.

– Bom dia, Bi...

– Tá melhorzinha?

– Cansada, com sono, acho que a chuva de ontem começou a fazer efeito... – fungei meu nariz.

– Dorme mais um pouquinho, baby.

– Não posso, tenho as fotos às dez horas Bi, tenho que ir, mas ta friooooo.

Bia soltou meu corpo, tocou na minha testa para ver se eu estava quente e pegou seu celular ao lado da cama.

– O que você está fazendo?

– Agora? Vendo quantos graus vai fazer de tarde... tu tá querendo ficar gripadinha e não vai sair com aquelas roupas que me mostrou outro dia que tinham enviado para você tirar as fotos. – Ri de como ela conseguia lembrar de coisas que eu nem lembrava ter mostrado para ela. – de tarde vai estar mais quente, vamos mudar essas fotos. Agora de manhã ficamos na cama, respondemos as perguntas da entrevista, você toma um remédio e à tarde vamos para a rua. Combinado?

– Bia não é assim que as coisas funcionam, eu preciso fazer essas fotos logo.

– Você precisa enviar elas hoje, hoje de tarde ainda é hoje... Por favor, Rafs?

– Tem que ver se a Bruca pode...

– Cinco segundo... – ela começou a digitar no celular e em alguns segundos continuou. – Pode, vamos às duas horas encontrar ela.

Não respondi nada, só me aninhei mais ao seu corpo em forma de agradecimento.

– Baby, tem algum remédio aqui?

– Acho que não.

– Tá, eu vou rapidinho ali comprar um e já pego café, dorme mais um tempinho, beleza? Te acordo quando voltar.

Ela me deu um selinho seguido de um beijo na testa e levantou da cama. Meu sono era tão grande que eu não consegui nem mesmo argumentar que não precisava, a real era que precisava sim. Abracei seu travesseiro e voltei a dormir.

Acordei com um carinho leve no meu rosto, sorri fraco e abri os olhos devagar para encontrar os castanhos que eu sabia estarem na minha frente.

– Bom dia de novo, princesa.

– Esse é novo...

– Mas você é minha princesa, a mais linda de todas, a que todas as garotas sonham em ser quando pequenas.

NYC Here I ComeOnde histórias criam vida. Descubra agora