Laços de Família

240 34 4
                                    

•••

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

•••

Sarah Davis não estava bem.

Nem um pouco.

A não ser que estivesse ficando louca, Bonnie Bennett previu que algo ia acontecer ontem à noite, durante os jogos. Por qual outro motivo ela estaria obcecada com aqueles números? 8, 14 e 22. Ela sabia que algo fora do comum ia acontecer e Sarah foi estúpida o suficiente para acreditar que era coincidência, ou que Bonnie era normal. Pior, que ela era normal. Mas não era o caso.

Bruxas eram criaturas de livros, no máximo eram histórias que contavam para assustar as crianças.

Elas não existiam.

Exceto que Sarah estava começando a pensar o contrário.

Sarah sentia coisas. Ela via coisas. E estava mais que na hora de entender o que isso tudo significava. Estava na hora de parar de ignorar. E por esse mesmo motivo, ela estava se sentindo culpada. Que tipo de mãe se tornaria quando não conseguia enfrentar a própria realidade? A verdade era uma só: Sarah era fraca. Sempre fora, desde criança. A diferença entre ela e Caroline era que sua irmã não pensava duas vezes antes de conseguir o que queria, enquanto ela cedia aos caprichos de seus pais. Sarah nunca se impôs na vida, sempre querendo satisfazer a todos, exceto quando enfrentou Joanne e disse que manteria seu bebê. Caroline era a única pessoa que sempre a apoiou, o que tornava seus pecados ainda maiores.

Como ela era capaz de desejar o namorado da irmã?

Ela ainda podia sentir o cheiro da jaqueta de couro que ele a emprestou. Cheirava a perfume caro e álcool, Whisky foi seu palpite. Ter encontrado Damon na noite do jogo não foi o que a fez se sentir desconfortável. Claro, ele deu-lhe borboletas no estômago enquanto estava lá (o que sua presença parecia sempre fazer), mas a razão pela qual Sarah tinha se sentido tão mal do estômago era um aviso, um que ela não prestou atenção pois estava distraída. Ela não podia culpá-lo pois Damon certamente não teve nada a ver com isso, mas ele tirou a mente dela de tudo e a distraiu. A distraiu de tudo no mundo.

E, finalmente, alguém morreu por causa disso.

O professor Tanner não era amado por muitas pessoas. Sarah não o conhecia muito bem, além das aulas e das fofocas que rolavam entre os alunos. Ele era um homem difícil e sua arrogância afastava a todos, o suficiente para que ninguém lamentasse muito a sua morte, mas não Sarah. Ela ainda conseguia ver em sua mente a imagem do corpo dele sem vida. O sangue. O terrível sentimento que invadiu seu corpo naquele momento, de que a partir dali, nada em Mystic Falls seria o mesmo.

Aquela noite, após os jogos, Sarah sonhou sobre o nevoeiro, um corvo e sangue.

No entanto, o sonho estranhamente realista não era a única coisa que consumia seus pensamentos agora, o pobre Tanner era. A loira logo deveria estar na delegacia para escrever um depoimento para Liz sobre ter encontrado o corpo. Devido ao fato de não ter nada a esconder, ela não estava realmente nervosa em fazê-lo, apenas estava abalada com toda a situação.

A Outra ForbesOnde histórias criam vida. Descubra agora