Capítulo 15

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Seokjin estava mais do que cansado, estava exausto.

O dia tinha sido longo demais. Ele ajudou Taehyung no jardim, fez bolo, e ainda passou camisas e calças de Namjoon. Depois foi até a cidade comprar as sementes, e a sra. Jessop e a filha chegaram, e ainda trabalhou na horta no final do dia.

Quando estava pronto para cair na cama, ele deu pela falta de Pebbles, que a essa hora deveria estar se enroscando em suas pernas pedindo comida ou carinho. O pote com ração estava cheio, e a caixa de areia limpa. Poderia ter ido lá fora fazer suas necessidades, mas Seokjin começou a se preocupar.

Preocupou-se, e muito.

Seokjin procurou a gatinha por toda parte, depois foi até o escritório de Namjoon e bateu de leve na porta.

— Oi, algum problema?

— Não encontro Pebbles. Achei que poderia estar aí com você.

— Não, quando a viu pela última vez?

— Não lembro. Acho que bem mais cedo. Ela estava no jardim quando eu e Taehyung estávamos lá, depois não a vi mais.

— Deixou o portão lateral aberto quando os da frente estavam abertos também?

— Não. Os portões da frente estavam fechados.

— Pode ser que tenha ido para o jardim da frente e ficado presa lá agora que o portão lateral está fechado. Vamos lá ver.

Juntos, eles vasculharam a casa. Em seguida, Namjoon acendeu as luzes externas e eles saíram para o jardim procurando por baixo de arbustos, atrás de caixas e qualquer outro lugar em que ela pudesse ter se escondido.

Até que Seokjin notou que Namjoon estava parado, fitando-o.

— Você a encontrou? Onde ela está?

— Debaixo do velho lilás — ele disse, baixinho. — Ela sempre se deitava ali, para aproveitar o sol. Eu a via sempre do meu escritório. Também gostava de ficar ali à noite.

Seokjin se levantou devagar, apreensivo com o tom e o tempo verbal usado por Namjoon.

— Mostre-me — disse, emocionado, temendo o pior.

O maior o pegou pelo braço e o levou até o lilás, onde, lá embaixo, toda encolhida, como se dormisse, estava sua gatinha. Seokjin se ajoelhou e a acariciou, mas ela estava fria e sem vida.

Sentiu sua garganta travar e os olhos arderem. Continuou a acariciá-la, esperando que ela esboçasse qualquer reação, mas nada aconteceu. Recolheu a própria mão devagar e encarou, com a vista embaçada, o corpo da sua gatinha.

— Ah, Namjoon, não vou aguentar — disse, sentindo que não conseguiria controlar o choro. — Ela também não. Por favor, ela não.

Então Namjoon se ajoelhou do lado dele e abraçou-o carinhosamente enquanto ele chorava. Quando enfim Seokjin se acalmou e parou de soluçar, Namjoon se sentou e o fitou, preocupado.

— Você está bem?

— Vou ficar. — disse e depois enxugou os olhos úmidos na camisa que vestia. — Pebbles foi o único bichinho de estimação que tive, assim como Seungwoo foi o único pai que conheci, e eu nunca chorei de verdade pela morte dele... A minha filhinha nunca vai conhecer o pai e o avô, é muita coisa para suportar... foi tudo tão de repente e em tão pouco tempo... eu...

Seokjin recomeçou a chorar. Namjoon o acolheu em seus braços enquanto o ômega chorava por Ken, por Seungwoo e pela gatinha surda que amava incondicionalmente.

— Sinto muito — o alfa disse depois de um tempo.

Seokjin se afastou um pouco do alfa e se preparou para limpar mais uma vez o rosto na própria camisa quando Namjoon lhe ofereceu um lenço. Seokjin o recebeu e se perguntou se o alfa já pressentia, antes de saírem, que encontrariam a gatinha daquela forma no jardim.

O ômega grávido | NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora