Capítulo 4

2.5K 343 90
                                    

— Ah, meu Deus.

Seokjin estava impressionado com os grandes portões de ferro que se abriram ao toque de Namjoon no controle remoto. Eles entraram pelo caminho da propriedade ladeado por cercas vivas dos dois lados. A cerca do lado direito continuava até os fundos do terreno, e a da esquerda fazia uma curva e se abria num amplo espaço diante da casa.

Pelo menos o ômega achava que era uma casa, mas uma casa diferente de todas que conhecera, mil vezes melhor.

A casa era uma grande construção em estuque branco, mais larga do que alta, com um telhado plano, projetado para fora, com uma grande porta preta à esquerda, três pequenas janelas pretas dispersas aleatoriamente em toda a extensão da parte abaulada diante dela, e uma única janela alta, à esquerda da porta, chegando quase ao telhado. Havia um prédio baixo, à direita, ligado à casa principal, que era a garagem. 

Namjoon parou o carro em frente à garagem, ao lado de uma caçamba cheia de material de construção e lixo, e Seokjin entendeu que a casa fora recém-construída ou reformada. Não podia dizer, mas logo que a porta se abrisse ele saberia.

Seokjin olhou para Namjoon, que ainda não dissera uma única palavra, mas o alfa apenas saiu, deu a volta no carro e abriu a porta para ele. Ajudou-o a sair para o piso de asfalto. Seokjin encarou o moreno, mas este apenas saiu andando; o ômega o seguiu. O alfa abriu a porta e o convidou para entrar.

O menor deu dois passos e parou para admirar a casa. A parede mais distante era de vidro. Toda de vidro, do chão ao teto, de um lado até o outro. Depois da parede de vidro havia um terraço de pedra, um gramado cuidado com esmero que mais parecia uma imensa mesa de bilhar que se juntava ao horizonte, que era o mar.

Seokjin deu mais um passo à frente. Nem reparou na casa, isso era irrelevante. A imensidão azul o chamava. O sol brilhava sobre as ondulações, mas ele podia imaginar as águas calmas, com ondas preguiçosas ou revoltas batendo na praia.

O ômega adorava o mar. Sentia falta dele. Apesar do hotel não ficar muito longe da praia, não era sempre que podia se dar ao luxo de sair da construção apenas para contemplar a paisagem. Quando saía, precisava ser rápido, conseguindo comida e voltando logo, não podia abandonar o seu posto.

O alfa tinha esta vista o tempo todo, cada vez que olhava para cima ou que abria os olhos. Era extraordinário. Homem de sorte, Seokjin pensou.

O ômega finalmente desviou a atenção e olhou em volta e, então, registrou a casa em si e ficou boquiaberto.

O ambiente em que estava era um enorme hall de entrada vazio, exceto por uma escada de madeira em balanço que parecia brotar da parede à esquerda e, do lado oposto, uma pintura abstrata imensa que capturou a essência do mar.

Ele foi andando em direção ao vidro, olhando em volta, observando as paredes brancas até o teto, o piso de ardósia quase preto que continuava até o terraço.

Havia uma abertura no lado direito antes da parede de vidro, por onde ele passou e viu uma sala ampla com grandes sofás fofos e baixos agrupados em torno de uma mesa de centro colocada sobre um tapete preto de lã. A sala era dividida de maneira que a cozinha ficava fora da vista, mas quem estivesse lá podia ver o mar. Era lindo.

Impressionante.

A casa era simples, despojada, a fachada quase monástica, mas devia haver uma palavra para definir isso que ele não se lembrava.

Pura.

Isso. Ela era pura.

Transmitia uma sensação de calma e tranquilidade que o livrava de todo o estresse dos últimos meses, como se tudo o mais fosse irrelevante. Era incrível como uma casa podia despertar isso no momento em que se entrava nela.

O ômega grávido | NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora