Eles só conseguiram se encontrar com Choi Haein no final daquele dia. Tiveram de esperar Kang Ian vir de Londres. Era estranho ele estar disponível para vir tão depressa. E ao chegar ao escritório do advogado, ele se surpreendeu ao ver Seokjin com um bebê nos braços.
— Nasceu mesmo, não é? — ele disse como se não acreditasse que havia uma criança de fato.
Pior para ele, pensou Namjoon, torcendo para Seokjin não aceitar suas provocações.
— Estamos em setembro, Ian — ele disse. — Eu engravidei em novembro, quando Ken esteve aqui. Jisoo, diga "oi" para seu tio Ian — ele fez questão de provocar.
O sujeito fechou a cara, e Namjoon teve vontade de matá-lo. Ele ainda não acreditava que a criança fosse filha do seu irmão, mas o teste de DNA já estava sendo feito, ao menos o de Jisoo. Ian tinha se recusado a cooperar até que um juiz o obrigasse a fazê-lo.
E agora, estavam todos no antigo escritório de Choi Haein, que segurava o documento e sorria para Seokjin.
— Então este é o bebê? Olá, pequenina. Meu Deus, ela é a sua cara! Mas tem os olhos e o cabelo do Ken. — Depois, ele retomou seu assento, pegou o testamento e deu uma olhada para todos os presentes. — Em primeiro lugar, deixem-me pedir desculpas pelo atraso em revelar o conteúdo do testamento para vocês. Por estar aposentado, não soube da morte do meu cliente até hoje pela manhã, quando recebi um telefonema do escritório. Então, estão todos prontos? — Ele passou a ler o testamento.
Foram muitas palavras sem nenhum sentido. Bem, para a maioria das pessoas. De todo modo, o documento era legal e assinado diante de testemunhas. E, como Seungwoo havia prometido, o futuro de Jisoo estava garantido.
Choi Haein leu o seguinte:
— "Para o meu filho Ian, deixo a quantia de 2.000.000 wons. Do saldo residual da propriedade, a administradora vai manter metade para a criança, ou crianças, do meu filho Ken, nascidas ou en ventre sa mère. Sem prejuízo de..."
Seokjin não ouviu o resto, porque Ian falava tão alto que abafava a voz de Haein. Então Haein tirou os óculos e olhou para Ian.
— Sr. Kang, eu apreciaria se nos deixasse conduzir isso de forma correta e formal, sem interrupções.
Depois ele seguiu a leitura do testamento, mas Seokjin não deu mais atenção a eles, ficou apenas olhando para a sua bebê, em estado de choque.
Metade? Então ele tinha de fato deixado metade do patrimônio para Jisoo? E para Ian somente 2 milhões de wons? Não que Seokjin soubesse quanto era metade do patrimônio, mas seria certo isso? Devia ser mais de 2 milhões, a não ser que as dívidas de Seungwoo fossem enormes. O que era perfeitamente possível...
Do outro lado da sala, Ian estava furioso, mas Seokjin se limitou a olhar para sua filha e balançar a cabeça sem poder acreditar.
Ele cumpriu a promessa. Meu querido Seungwoo, que estava sempre atrapalhado, tinha arranjado tempo, mesmo doente, para assegurar o futuro de Jisoo.
— Será que o dinheiro é suficiente para dar de entrada em uma casa para ela? — perguntou por fim.
Choi Haein teve de rir.
— Creio que sim, meu jovem. O hotel foi vendido por 400 milhões de wons. Logo que as dívidas e os impostos sobre a herança forem pagos, pelos meus cálculos, ainda vai sobrar um pouco mais de 320 milhões, e metade disso pertence a Jisoo; esse valor ficará aplicado num fundo até ela completar 18 anos. A outra metade é sua para fazer o que quiser. Então, claro que pode comprar uma casa. Uma boa casa.
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O ômega grávido | Namjin
RomanceOs caminhos de Namjoon e de Seokjin se cruzaram de uma forma inesperada: o alfa ajudou o ômega a substituir um colchão bom por um ruim em uma caçamba de lixo. Jin morava em um hotel totalmente sem condições de habitação, apenas para tentar garantir...