best christmas ever

A Perda

18 dias para o Natal

🎄

"Eda,

Apenas formalizando por e-mail sua folga de hoje. Serkan me pediu para liberá-la e, por favor, não me pergunte o motivo porquê ele não quis me contar. Só estou fazendo o que meu filho me pediu. Espero que ele não apronte nada. Desculpa, parece ser importante.

Ele disse que vai te ligar.

Beijos, querida!".

Depois do café, de toda a rotina para me preparar para o dia, os pensamentos positivos para tudo dar certo no trabalho e mil e um questionamentos da minha vida pessoal, abro meu e-mail no computador e dou de cara com isso. Simples assim.

Era assim que as coisas iriam funcionar agora? Serkan me retira do trabalho quando ele bem entender e eu que aprenda a lidar com isso? Não era nem sexta-feira para ele dar alguma desculpa mais coerente. Ainda estávamos na terça-feira e só ele e Allah sabiam o que viria a acontecer, já que ele teve que contar com a ajuda da mãe.

08:02h da manhã e vejo meu celular tocar ao lado do computador.

SERKAN

– Que porra é essa, Serkan? Por que sua mãe me mandou um e-mail às 6h da manhã avisando que eu não vou trabalhar hoje? – Não espero nenhuma formalidade quando a única coisa que eu quero é lhe dar um tapa. – DE NOVO?

"Ei. Bom dia... Você está em casa?"

– Ah, se eu não estivesse pode ter certeza que eu estaria atrás de você agora para tirar uma satisfação pessoalmente. Se eu...

"Eda. Para... respira." Serkan me pede, calmo e compassivo. "Estou chegando aí e vou te explicar tudo. Abre a porta para mim?"

– Não deveria. – Bufo, frustrada e curiosa ao mesmo tempo. – Você já foi liberado para sair assim? Impedindo os outros de trabalharem? Você é seu próprio chefe mas eu não...

"Eda... por favor. Eu vou te explicar. E talvez você fique ainda mais brava comigo. E eu estou te fazendo um favor pedindo um dia de folga."

– Eu tenho coisas para resolver, Serkan! Você não pode continuar fazendo isso quando achar que deve! Tem que me perguntar primeiro! – Será que ele realmente não entendia?

"Eu sei. Peço perdão e prometo que não vai acontecer de novo. Abre a porta? Cheguei."

– Tá aberta. – Digo e desligo o telefone na sua cara. Ignoro o e-mail de Aydan e a porta quase se abrindo com Serkan, e volto minha atenção para o computador tentando me situar no que havia mudado na questão dos fornecedores de orquídeas de ontem para hoje.

– Sem trabalho. – Ele diz se aproximando de mim na mesa e vendo na tela do computador o que eu estava fazendo.

– Vou trabalhar até que você me explique o que está acontecendo e, se eu achar que não vale à pena, voltarei para terminar as coisas. Que aliás estão acumuladas desde o outro dia.

– Entendo. – Serkan passa a mão pelos cabelos ruivos e suspira. – Preciso falar sobre uma coisa com você. É importante.