Eda odeia o natal. Como um ateu odeia Deus ou uma criança odeia brócolis. Como os opostos se atraem, seu melhor amigo - Serkan Bolat - é um fissurado pelo Velhinho e comemora o Natal com respeito e dedicação.
Faltando apenas um mês para a melhor dat...
A neve do lado de fora congela partes do vidro da enorme janela do quarto de Serkan. Não vimos quando os flocos brancos começaram a cair, mas pela quantidade que havia no chão cobrindo a grama do quintal, certamente havia começado no início da noite. Observo a linda paisagem da vista que seu quarto tem e imagino como deve estar frio fora dali.
Eu não havia levado comigo nenhuma peça de roupa a mais para suportar a baixa temperatura no caso de precisar sair ou voltar para meu apartamento. Não nevava sempre nessa época do ano – por isso acredito que ninguém estava preparado para o fenômeno da madrugada.
– Volta aqui... – A voz rouca e manhosa de Serkan me tira dos meus devaneios.
Termino de fechar a cortina que havia ficado aberta a noite toda e agora permite que a claridade do dia adentre o quarto, e volto correndo para a cama ao lado dele. Enfio as pernas embaixo do edredom caro e maravilhoso e me aconchego ao seu corpo quente.
– PORRA! Que pé gelado! – Assusto com seu grito e não consigo controlar o ataque de riso que me atinge.
– Me... desculpa... – Um barulho de porquinho sai do meu nariz e começo a perder o fôlego. – Eu juro... que não vou mais... fazer... ISSO. – Encosto meu pé outra vez em sua perna quente, dessa vez com mais vontade e de propósito, provocando-o para valer.
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– EDAAA! – Serkan agarra minha cintura e começa a fazer cócegas pela minha pele por cima da camiseta cinza que ele havia me emprestado.
Rio ainda mais com os beijos e com os arrepios que sua barba causa na minha pele exposta. Perco a força pelo riso e não consigo conter sua mão. Se eu pudesse escolher apenas um momento da minha vida para relembrar todos os dias até o meu último, seria esse. Rindo nos braços de Serkan e sentindo seu corpo colado ao meu. Felizes como sempre estivemos na companhia um do outro.
O sexo apenas nos conecta ainda mais. O beijo? Me ensina que nossa química transcende as palavras.
– Chega... – Tento respirar com o corpo mole, e não consigo normalizar minha voz ou o estômago contraído pelos espasmos. – Você venceu...
– Desde sempre e para sempre. Nem todas podem ficar na sua conta, Yildiz. – Ele diz sério. Suas mãos param e ele também respira, ofegante pela agitação que causou entre nós dois.
– Você só ganha quando eu desisto, Bolat.
Sento na cama e ajeito a camiseta embolada pelo corpo. Faço também um coque frouxo com o cabelo solto e uso essa posição para respirar fundo. Sinto uma mão de Serkan pousar nas minhas costas e massagear a área com a palma aberta. Logo ele muda de estratégia e usa a ponta das unhas, causando arrepios que se estendem por absolutamente todos os pontos frágeis da minha pele.