The Gods Must Hate Me

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A cada passo que eu dava eu sentia o chão faltar sob meus pés, a cada passo um grito se prendia na minha garganta, meus olhos marejavam eu revia de novo e novamente.

POV XENA

Antes de sair me coloquei em posição meditativa, esperando que ainda tenha alguém ao alto do olimpo a olhar por mim ou a menos rir de minha situação, a devastadora de povos, a princesa guerreira, se ajoelhando perante aos deuses para pedir a proteção não para ela, mas para a garota de olhos azuis e cabelo cor de primeiro raio de sol de um dia ensolarado, temendo que um ciclo forma-se novamente, temendo todas as artimanhas do destino e brincadeiras de algum deus entediado.

Temendo por cada fio de cabelo e gota de sangue que circulava pelo corpo da garota, não, não mais, da mulher que a acompanhava, e quisera o destino levar para frente como uma pirraça para deleitar  da dor de partir.

POV GABRIELE 

Quando ela finalizou, saímos a cavalo, já se passaram 4 horas desde que saímos o dia era frio, uma brisa passou por mim me fazendo arrepiar.

X: Com frio?

G: Não 

Passei meus braços, envolta seu tronco, sentindo as amarras laterais de sua armadura, minha boca estava próxima a sua nuca, mordi meu lábio em pensar nas possibilidades me segurando para não realizar o que pensara.

X: Nem pense em fazer isso...

Fiz-me de desentendida.

G: O que supões que eu irei fazer?

Antes de poder responder, beijei sua nuca e trilhei em rumo a seu pescoço, senti seus braços arrepiarem e seus olhos fecharem por um segundo.

G: Com frio?

Disse divertida em seu ouvido

X: Em chamas...

Disse com a voz grave me fazendo contrair minhas pernas, Deuses essa mulher ainda me mata.

X: Vamos descer tem um rio próximo daqui não quero chamar atenção.

Formos para o rio, não tinha ninguém ao redor enchemos os cantis, de repente sentia a mão dela ocupando minha cintura, o calor de seu corpo marcando lugar.

Virou-me fazendo minhas costas baterem contra uma árvore, minhas mãos já não sabiam onde ficar. Sentia minha boca encher, senti meu coração acelerar, a visão de seu rosto ofegante já se formava em minha mente.

Senti minha nuca ser tocada, sua língua travessa brincar com minha sanidade. Dos confins do submundo como um banho de água fria Xena parou todos os seus movimentos e focou em um barulho ao fundo.

X: Fique aqui já volto

Logo ouvi uma conversa nada amistosa, o barulho de espadas foram ouvidas, quando os barulhos cessaram, não me atrevi a ir ao local ainda trabalhava a frustração recente, Xena retornou selou um beijo rápido, com os olhos significativos.

X: Desculpa-me, meu amor, temos que ir,a s estradas estão cheias de ladrões.

G: Entendo, vamos 

POV XENA

Passamos o resto do dia em silêncio, percebi Gabrielle meio abatida, às vezes  ela olhava para o colar com um pequeno sorriso que logo se fechava, chegamos a Atenas no final da tarde, as luzes e praças  estavam cheias, os anfiteatros lotavam com as tragédias de Ésquilo, o cheiro do vinho banhavam as ruas, os filósofos aglomeravam-se sobre as discussões, os sofistas se organizavam sobre seus livros de retórica para aprender seus argumentos prontos.

G: Chegamos?

X: Chegamos, vem vou lhe mostrar minha casa

Saímos do centro de Atenas, desci as ruas até o fim e ali estava, fazia um ano que não voltava ali, assim como a casa em lolcos, eu deixava a disposição de amigos e pessoas próximas, nunca acreditei na ideia de servidão, existiam as regras feitas por nós e assim funcionava do nosso jeito.

Entramos na casa, deixei as coisas em algum lugar que depois eu lembro estava muito cansada e teria outra viagem em poucos dias, vi Gabrielle de canto, ela parecia concordar com a mesma exaustão que a minha. Subi as escadas e preparei a banheira, vi os estoques e fiz a lista do que iria precisar buscar amanhã.

Voltei e vi uma Gabriele escorada em uma das colunas.

Me aproximei de seu rosto deixei um beijo em sua bochecha.

X: Ei, o que tu acha eu, tu a banheira que eu tenho lá em cima e depois é depois a gente vê?

G: Eu acho ótimo, mas você me leva pra compensar o dia de hoje.

X: Tá certo aceito, senhorita

Apanhei-la em meu colo subi as escadas, deixei na porta do comodo, o espaço que fiz questão de planejar com minhas próprias mãos, as escadas brancas com os detalhes dourados, nas paredes desejos de todos os lugares a qual visitei sempre trazia algo de volta, para lá, e dessa vez espero trazer algo inédito, espero trazer amor.

Olhei para seus olhos e encontrei um oceano maior que qualquer que já tenha navegado, trilhas desconhecidas as quais eu juraria entender um dia.

Ajudei-a a se despir, levei até a banheira sobre meu corpo abraçada, deixando retirar toda a marca do percurso, toda a tensão e o calor. 

Saímos, sem desconectar de se olhar, deitamos e compartilhamos o nosso melhor olhar, seus braços ao me abraçar e se aninhar como se quisesse se fundir.

X: Ainda sem jurar palavras maiores por apenas fazer de valer o olhar, prometo cuidar de todo o caminhar que não importa quantos mares ainda há eu enfrentaria todos eles pra te reencontrar, os deuses devem me odiar por não poderem sentir o que sinto ao te olhar.

Gabrielle permaneceu parada eu temi sua reação, mas quando vi seus olhos fechados em feição angelica, aninhei me mais fortemente para aquecer seu corpo.

X: E tudo deva ser alguma forma de te mostrar, que eu lhe amo.

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Eu tô demorando demais desculpa 

tive 2 apresentações em um período muito curto de tempo e adoeci não queria  trazer os bloqueios e ansiedade pra cá, mas estou melhor e com a mente fresca e livre, aparecerei com mais frequeencia

Quem quiser ver a apresentação me chama ou aqui, ou no instagram @ Anne.ramos_0

É isto, beijinhos e até o proximo cap.









Sure, whatever you say // Xena e GabrielleOnde histórias criam vida. Descubra agora