Olá, olha quem lembrou que é escritora.
brincadeiras a parte eu senti a necessidade de dar uma reta final digna a essa história que mora no meu coração, então espero que gostem!
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POV GABRIELLE
Passei o dedo pelo selo lilás da carta, lágrimas caíram de meus olhos como um orvalho de manhã, respirei o perfume de lavanda do envelope, tentando guardar cada sentido dessa notícia. Eu estava convocada para a maior universidade do mundo conhecido e se um terço das histórias fizessem jus a grandiosidade da Ilha de Lesbos eu estaria realizada ainda mais por estar acompanhada do ser mais intrigante de toda a Grécia.
Guardei a carta ainda sem entender o significado de tudo que vinha acontecido, após os diversos conflitos entre minha consciência e meu dever, após pensar por muito que eu estava errada em imaginar que alguém como eu poderia seguir meus sonhos mesmo quando o mundo ao redor era uma prisão de discursos de honra e palavras juradas sob sangue. Após a carta de minha irmã a respeito da irracionalidade de meu pai, depois de fugir e deixar essa parte tão minha longe para ir atrás de uma ex-mercenaria, que o que tinha de mortal tinha de doçura e justiça, finalmente acharia a pessoa que me compreenderia e estava ao meu lado sem me pedir para sacrificar uma grama de minha paixão pela arte ou de minha personalidade.
Aguardei as próximas horas relembrando dos trechos a respeito a linha temporal da Ilha, perguntaria a Xena assim que chegasse, a guerreira havia demorado mais do que o imaginado ou somente minha ansiedade não deixava o tempo passar.
POV XENA
Andei pelas ruas já tão familiares de Atenas, fazia anos que não ficava na capital longe dos olhos odiosos do interior, por aquela cidade nenhum dos anciões abria a boca para citar meu nome ou dignava a me olhar de igual preferindo assim inventar anedotas a respeito de minhas ações pelas costas como covardes, a patente de Gen. de Lesbos valia menos do que na ilha porém pelas lendas das batalhas para a conquista do território da universidade e as contribuições para a academia de Atenas comprava o respeito para os indignos mestres que povoavam aquelas praças ensinando as próximas gerações, mas somente diante da minha presença.
Sem me apressar andei entre uma pequena feira de oleiros e ferreiros na busca por Doron, a joalheira, natural de Atenas porem um dos contatos de Sapho para obter informações e prever possíveis ataques dos grupos de estudantes de Atenas à ilha, tais ataques vinham tomado mais frequência a medida que a fama da Biblioteca de Lesbos tomava o espaço como uma das principais fontes de textos do mundo ocidental.
Entrei pela porta de madeira clara com algumas escritas de runas para a identificação silenciosa entre as habitantes da Ilha, observei o chão de madeira levemente gasto sentei me próximo ao balcão enquanto relia os relatórios enviados pela tenente Agnes sobre os suprimentos e feridos no ultimo ataque. seguiam como uma guerra escondida pela cidade a maioria dos cidadãos eram a favoráveis a retomada da Ilha para o território ateniense por isso agiam com indiferença aos constantes combates travados entre os atenienses e aquelas que eles chamavam de sub- espécie e desvairadas.
O pensamento tão antiquado e preconceituoso a respeito da Ilha me enojavam e me faziam questionar se um dia pessoas como as moradoras da ilha teriam direito a uma vida simples sem a necessidade de uma vigilância constante e exaustiva. Ao esperar por Doron lembrei me do conteúdo da carta de Gabrielle, eu havia conversado com Sapho sobre uma ampliação no departamento de historiografia e literatura uma vez que com o aumento da insegurança nossas memória deveriam ser mantidas em segurança por meios de materiais e instruções para a próxima geração. Não somente de força física dependia nossas fortalezas, mas também de conhecimento e admiração pelas vidas cedidas para a construção da nossa paz.
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Sure, whatever you say // Xena e Gabrielle
Fanfichistória do casal Xena e Gabrielle de uma forma que a tv não mostra. da série Xena: a princesa guerreira