|12| Só

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Namjoon

Vida.

É estranho pensar que talvez daqui à alguns minutos, horas ou dias, eu não esteja mais nesse mundo. É estranho pensar na morte. É estranho pensar no futuro!

Minha cabeça dói, meu corpo dói, meus olhos doem, me sinto tonto , perdido, desorientado.

Eu pedi tanto a deus (se é que ele existe), para que não à leve, logo agora que fizemos as pazes depois de anos afastados.
Eu preciso me manter forte, a Yana precisa de mim.

—Nam.

Yana diz, abraçada comigo.

—Hm?

—Você acha que a mamãe vai melhorar?

Essa é uma pergunta em que eu não conseguiria ter uma resposta concreta, mas gostaria muito de saber também.

—Eu não sei, Yana... - Respira fundo, fechando os olhos. -Espero que deus não a leve agora.

Ditou sem pensar, ele só queria que deus atendesse seu pedido.

Yana cessou o abraço para o encarar.

—Desde quando você acredita em deus? - Perguntou confusa.

—Passarei a acreditar se ele deixar a mamãe viva.

Yana fechou os olhos, sentindo a brisa do vento que entrava pela janela do quarto de hospital bagunçado um pouco os fios de seus cabelos.

Namjoon olhou para a sua mãe ali, deitada na maca, olhos fechados e seu rosto sereno e calmo, parecia sorrir. Sua pele estava mais clara que o normal.

A vontade de chorar bateu forte ao olhá-la, o medo de perdê-la sem ao menos ter conseguido aproveitar algum tempo juntos depois de fazerem as pazes... depois do seu aniversário... esse seria o seu presente? Sua mãe em um hospital entre a vida e a morte?

"Talvez se deus me ouvir..."

E se deus não existir?
Mas, e se ele existir e mesmo assim não me escutar? Ou pior, e se ele não querer me escutar?

Sua cabeça estava cheia demais, ele estava perdido e cansado, sentia-se como se tivesse perdido o sentido da vida.

—Namjoon... Namjoon!

Saiu dos seus devaneios ao perceber que Yana o empurrava, tentando chamar sua atenção.

—Hum? - Balbuciou.

—Seu celular está tocando, não vai atender?

—Ôhh. - Disse pegando o celular.

Era Seokjin quem estava te ligando.

Oi Jin.

Pode falar agora ou está ocupado?

Posso falar sim.

Como sua mãe está? E você e a Yana? Precisam de alguma coisa? Caso precise pode pedir, ok?

Sua voz parecia um pouco desesperada.

Não preciso de nada por enquanto, obrigado.

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