Capítulo 2- A Morte.

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Aviso: neste capítulo menciona suicídio.
Caso esteja passando por alguma questão, ou seja sensível não leia, por favor, mesmo que a menção seja leve, pode ser um gatilho.

Ainda caminhando atordoado e sem rumo, as imagens do quarto de Catherine completamente revirados era assustadora. A ideia de que alguém entrou lá e roubara os pertences dela o deixava completamente irritado, mas nada se comparava ao fato estranho de que havia marcas de pés e traços de lama no lugar. Sua mente o levava a um lugar fantasioso, mas logo ele jogou fora aquele pensamento, não poderia ser, ela jamais teria feito aquilo. Não. Fred iria ao encontro da única pessoa que ele sabia que teria a resposta.

Ele ainda recordava exatamente do que descobrira na batalha de Hogwarts.


1 de maio 1998

Antes do final da batalha


Fred caminhava em meio a batalha. Os destroços caiam a sua volta como se Hogwarts fosse feita somente de papelão, o cheiro de sangue e poeira misturados no ar o deixavam completamente enjoado, mas ainda assim, o rapaz seguia seu caminho um corte profundo no braço depois de ter se deparado com uma criatura estranha no corredor leste. Enquanto caminhava, ele ouvia o som de uma luta, os urros, xingamentos ficavam cada vez mais audíveis. Então ao chegar no local, ele se deparou com uma cena nauseante.

Greyback, ou ao menos o corpo dele jogado no chão envolto de uma poça de sangue, Avery Clark segurando firme a cabeça, enquanto uma garota loira com uma foice nas mãos observava satisfeita com o ato.

– O que aconteceu?– Fred perguntou com o olhos arregalados. – Quero dizer...

– Arrancamos a cabeça desse desgraçado!– A loira respondeu com um sorriso radiante. – Esse filho da puta está fugindo de mim há muito tempo.

– Quê?

– Longa história, Fred. – Avery disse.– Mas precisamos sair daqui, você precisa encontrar sua irmã e sua mãe.

– Eu vou com ele.– A garota comentou casualmente limpando a foice ensanguentada. – Tem uma pessoa que preciso encontrar.

– Erika...– Avery começou a dizer.

– Não desse jeito, preciso falar com a Luna.– Ela disse tranquilizando-a. – Quem precisa morrer será ceifado depois da conversa.

Fred ouviu aquilo e deu um passo para trás.

– Por que quer ir comigo?– Ele perguntou com receio da resposta. O rapaz havia entendido o que ela era. Bill costumava contar histórias de suas viagens a trabalho, e numa delas contou que conheceu a morte, disse o quanto angelical e calma ela era, e que de tempos em tempos, quando chegava a hora, alguém era designado a ficar em seu lugar, ele lembrava que o irmão mais velho tinha dito que morte carregava uma foice de lâmina afiada que reluzia a luz das velas, como se obtivesse um brilho próprio.

– Você vai morrer muito velhinho, Fred. – Erika respondeu com um sorriso entristecido. – A sua hora não está próxima, e o que eu disse é verdade, preciso falar com a Luna. E tem alguns desgraçados que preciso ceifar.

Fred observou o rosto dela, e viu metade dele com uma aparência cadavérica em sua perfeita anatomia. Apesar de desconfiado, ele aceitou a companhia ainda receoso, mas durante todo o caminho não encontraram muitos desafios.

Sua mente voltou-se para uma pessoa que ele não queria pensar, mas que naquela ocasião estava rondando sua cabeça como um passarinho.

– Você acha que ela vai morrer?– Fred perguntou a garota.

LIVRO 3 - Dangerous Reality and The Final Meeting| Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora