LIVRO 3 - Dangerous Reality and The Final Meeting| Fred Weasley

Capítulo 8-Entre Amigos.

Catherine ainda estava completamente estática observando o rosto de Fred, a procura de qualquer sinal de que ele estava completamente enlouquecido. A lua iluminava o local, e os fios ruivos do rapaz estavam escuros, e seu rosto sereno.

– Por que isso tão de repente? – Ela perguntou receosa, tinha medo de estragar tudo. Ela sempre estragava tudo.

– Não vou mentir, é incômodo estar aqui e vê-la de novo depois de meses – Fred começou a dizer, aproximando-se lentamente – Mas não posso ficar fugindo para sempre, não é? Se fizesse, apenas estaria agindo conforme você agiu, e foi algo que critiquei.

– Faz sentido. – Catherine respondeu, estreitando os olhos. Ela caminhou até o meio da clareira e sentou-se na grama fofa sem dizer mais nada. Sabia que Fred acompanhava seus movimentos, e sabia exatamente o que passava na mente dele, mas tentou não dar importância aquilo, não valeria a pena se incomodar com os pensamentos de alguém que estava machucado, não era como se não tivesse importância, mas não queria invadir a privacidade dele. Isso era algo que comumente ela respeitava, ou tentava respeitar.

Ela ouviu os passos de Fred aproximando-se, eram tranquilos, no entanto, por alguns segundos, ela se questionou se estava certa em ter permanecido, principalmente depois de sua crise. Catherine tinha medo de que talvez pudesse acabar se descontrolando. Uma coisa era estar sozinha e destruir algo, mas estar na presença de alguém e perder completamente a razão por conta de algum gatilho pequeno, tornava tudo mais difícil.

– Então você realmente é o caos. – Fred comentou, era como se para ele a ficha estivesse caindo apenas naquele momento.

– Feitiços podem ser perigosos, não se sabe o que pode acabar gerando. – Catherine respirou fundo, e observou o rapaz sentando-se ao seu lado um pouco distante, mas o suficiente para que ela o quisesse mais perto. – Tudo o que fazemos tem uma consequência e as vezes outras pessoas acabam pagando por isso, no meu caso nasci assim.

– Acho que sim... – Disse pensativo. – Aurora me contou há algumas semanas que você andou caçando comensais da morte.

Catherine sorriu de maneira involuntária ao ouvir aquilo.

– Imagino que tenha contado. – Ela estava na defensiva, com medo de que suas palavras saíssem erradas de sua boca.

O silêncio incômodo recaiu sobre eles, e Catherine relutou para que as memórias dos tempos de seus encontros à meia noite não tomassem conta de sua mente.

– Me desculpe ter falado com você daquela maneira – Ele disse, e ela sentiu seu corpo formigar.

– Não tem o que se desculpar. – Catherine respondeu calmamente. – Eu fiz merda, você ficou magoado, acontece.

– Não deveria acontecer, Catherine. – Fred disse sério. – Não é certo que eu diga aquelas coisas absurdas somente por estar confuso e extremamente magoado. Agi como se eu tivesse dezessete anos novamente, – ele riu sem achar graça – isso é ridículo. Todos me alertaram sobre a minha conduta com você e não foi justo cobrar algo quando eu mesmo não estava fazendo nada.

– Todos nós cometemos erros, somos humanos. – Ela franziu a testa. "Ainda sou humana, não sou?", ela pensou. – E as vezes falamos merda. Fiquei pensando no que disse, no que todos disseram para falar a verdade. Talvez, se eu não tivesse afastado todos vocês, as coisas poderiam ter sido diferentes, mais uma vez deixei que o meu medo falasse mais alto. Devo ser mais covarde do que as pessoas costumam pensar.

– Uma pessoa covarde jamais teria sido torturada no lugar de alguém...– Fred falou gentilmente, então riu para si. – Eu passei tanto tempo procurando uma razão para odiá-la, e me sinto tolo por isso...