Capítulo 11- O Parecer da Liberdade

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Fred observava Catherine dormir ao seu lado, enquanto acariciava o seu rosto carinhosamente. Aquela tinha sido a primeira noite em que de fato os dois dormiam no mesmo cômodo, era como se ela estivesse livre, pelo menos por um tempo, do fardo de precisar se controlar a cada segundo. O casamento de Aurora tinha sido uma comemoração belíssima, embora alguns convidados tivessem mantido certa distância de Catherine que apesar de não parecer se importar, ele sabia que aquilo a incomodava. Era óbvio que ela se sentia um monstro, embora suas atitudes ainda demonstrassem completamente o contrário, afinal, que tipo de monstro se sacrificaria pelas pessoas, não por um dever simples, mas porque queria. Ela poderia ter mudado de ideia, nesse momento o mundo bruxo poderia estar completamente diferente do que estava naquele momento.

– Seus pensamentos são altos, Freddie. – Catherine murmurou sonolenta. – Deveria ir dormir um pouco, está cansado.

– Eu gosto de ficar paparicando você. –Ele disse acariciando os cabelos esbranquiçados dela.

– Eu não vou a lugar algum, Fred. – Ela sorriu.

– Eu sei...

Catherine se aconchegou no rapaz, e ele sentiu uma sensação boa em seu coração, como se ele transbordasse a cada toque suave.

– Eu te amo. – Catherine sussurrou, fazendo-o sorrir mais ainda. Ele viu a respiração dela ficar mais calma, o um pequeno sorriso nos lábios enquanto o envolvia com seus braços.

– Eu também te amo, Cathy. – Ele beijou o topo de sua cabeça.

Fred traçou os desenhos que as cicatrizes formavam, e observou todas as outras marcas que ela possuía, e se perguntou quantas vezes ela tinha sido maltratada pelo próprio pai enquanto esteve ao lado dele, o quão horrível deve ter sido fazer coisas que deixariam marcas invisíveis dentro de si.

– Você é teimoso, não é? – Catherine levantou a cabeça para encará-lo. – Não fique ocupando sua mente com coisas do passado, Freddie, esse fardo não é seu.

– É difícil não pensar nisso.– Ele comentou. – Eu só fui tão injusto com você por tantas vezes e não estou falando apenas na guerra, muito antes disso.

– Éramos imaturos e nós dois já fizemos idiotices. – Ela o interrompeu. – Eu o magoei muitas vezes, de maneiras inimagináveis.

– E eu também, quando Florence estava comigo, eu quase...

– Você estava enfeitiçado, Fred.– Catherine disse com um pouco de impaciência.– Achei que já tivesse superado isso.

– Sempre volta em minha mente de tempos em tempos. – Ele confessou. – É inevitável não pensar nisso.

– Eu sei como se sente, é difícil conseguir se livrar desses sentimentos, mas estamos juntos, não é? – Catherine beijou seus lábios e se distanciou. – E vamos encarar isso tudo juntos.

Ele sorriu e a puxou para um beijo, sentindo que tinha tomado a decisão certa em ter Catherine em sua vida novamente, ele não conseguia ver o seu futuro de outra forma. Ele a amava.

(...)

Os dias passaram rápidos, e o ano estava quase acabando. O mundo bruxo cada dia tinha mais conhecimento de que Catherine estava entre eles novamente e isso estava acarretando em diversas teorias da conspiração de que ela estava sendo usada pelo ministério da Magia como uma forma de intimidar os cidadãos mágicos, e embora fosse uma ideia interessante, estava longe de ser verdade. A maioria das pessoas que a conheciam bem, tentavam amenizar a situação, e até mesmo Harry dera entrevistas ao Profeta Diário afim de acalmar os ânimos, já que na última semana de setembro uma manifestação pedindo a prisão de Riddle foi feita.

LIVRO 3 - Dangerous Reality and The Final Meeting| Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora