Capítulo 7 - Aint No Rest For The Wicked

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Minhas coisas e as de Tony já estavam arrumadas. Nos encontrávamos sentadas em nossas motos conversando sobre assuntos aleatórios enquanto esperávamos a realeza chegar.

- Por mim a gente vazava antes deles. - Falei olhando para um ponto fixo à nossa frente.

- Eles estão vindo. - Tony apontou com uma jogada de cabeça enquanto soltava uma risada divertida.

Lexa estava no meio de três guardas. Eles se aproximaram de nós calmamente, eu já estava perdendo a paciência de tanto esperar. Eles pareciam estar em um filme ou algo assim, pelo amor de Deus, andem que nem gente.

- Até que enfim... - Sussurrei, mas Lexa ouviu meus murmúrios.

- Estão prontas? - Perguntou a nós, não olhei em sua cara. Tony respondeu um "sim". - Ótimo, então vamos.

Lexa e os demais entraram em um Jeep enquanto nós duas ligamos nossas motos. O portão foi aberto e Tony deu a largada comigo logo atrás.

Estava começando a escurecer quando resolvemos fazer uma parada para descansar. Precisaríamos montar um lugar para dormirmos e nos alimentarmos. Estávamos no meio de várias árvores e arbustos, isso redobrava a minha atenção. Desci da moto enquanto olhava Lexa e os demais saírem do carro. Ela se aproximou de nós.

- Passou uma horda pelas redondezas um dia atrás, não é seguro ficarmos em céu aberto. - Um dos guardas disse.

- Temos a Dama da noite conosco, não há o que temer. - A comandante disse me fazendo olhá-la com raiva.

- Tem uma caverna logo ali. - Apontei para a direção da caverna, mas sem tirar os meus olhos de Lexa. - É lá que vamos passar a noite.

Subi na moto dando partida e indo em direção a caverna. Deixei a moto na entrada e sai da mesma puxando minha faca e lanterna pra ver se a caverna estava limpa. Entrei com cuidado, a entrada estava limpa, mas logo alguns passos pra frente pude ver ossos no chão. Segurei firme o cabo da faca e continuei andando.

Encontrei três infectados ao fundo, mirei na cabeça de um acertando a faca que cravou em seu crânio e ele caindo no chão morto. Os outros dois se moveram em minha direção, chutei sua perna a quebrando com facilidade e no último, como ele estava muito perto, peguei minha faca reserva no suspensório em minha coxa e cravei com força em sua cabeça. Puxei minha faca de volta limpando o sangue na roupa do infectado. Peguei minha outra faca no crânio de um e me direcionei ao segundo infectado que se arrastava em minha direção. Empurrei a faca em seu olho e o mesmo caiu no chão. Dei mais uma olhada na caverna que não era tão funda e sai dela.

- Tudo limpo, tragam o Jeep pra dentro, não queremos chamar atenção. - Falei a todos que estavam esperando do lado de fora.

Peguei minha moto e empurrei para dentro da caverna, Tony fez o mesmo. Alguns guardas pegaram madeira para acender uma fogueira, outros pegaram um ensopado para comermos.

Eu me sentei e escorei na parede perto da entrada, todos dormiam, menos eu. Alguém precisava ficar de guarda. Fiquei observando lá fora, a noite até que estava calma. Alguns infectados andavam no horizonte, mas nada que me deixasse preocupada. Senti alguém se aproximar e sentar em minha frente.

- Perdeu o sono, princesa? - Falei sem encará-la.

- Todos nós carregamos nossos pesadelos. - Ela disse desviando o seu olhar de mim.

- Não tem medo? - Perguntei recebendo um olhar de confusão por parte dela. - De estar sob o mesmo teto de uma carniceira?

- Até onde eu saiba você não atua mais nesse ramo. - Ela disse simples dando de ombros. - Na arena... por que me deixou ganhar?

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