Capítulo 6 - On The Other Side Of The Sword

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Parei a moto em frente à comunidade Blackwood. Tirei meu capacete e encarei Peter. Ele desceu da moto e foi conversar  com os guardas, em seguida o portão se abriu e nós entramos.

- Vão para a cantina, fica logo ali. – Apontou para um estabelecimento mais à frente. – Vou encontrar meu irmão e a comandante. Encontro vocês lá.

Peter se afastou nos deixando para trás. Caminhamos para a cantina enquanto alguns nos encaravam. Abri a porta do local e entrei primeiro, Tony entrou logo em seguida. As conversas e músicas pararam no mesmo instante, o climão foi estabelecido. Trinquei o maxilar encarando todos. Fomos até o bar e pedimos uma bebida, com isso, todos os barulhos voltaram.

- Eu conheço você. – Um homem disse do meu lado. Engoli em seco dando um longo suspiro.

- Talvez dos seus sonhos. – Brinquei irônica bebendo um gole da minha bebida, mas sem olhar para ele.

- Pesadelos só se for. – Ele falou com raiva ficando de pé e me virando. Sua mudança de humor até me assustaria se eu já não estivesse acostumada com esse tipo de reação.

- Não queremos confusão. – Tony se pronunciou ficando entre nós.

- Não se mete. – Ele disse empurrando Tony. Fiquei de pé rapidamente com raiva pela sua hostilidade. – Essa mulher aqui, pode até parecer inocente! Mas ela matou milhares  de pessoas inocentes! Vocês já devem ter ouvido falar da caçadora carniceira, não é? Mais conhecida como Dama da noite...

O cara gritava enquanto todos me olhavam. Percebi olhares de medo e de raiva entre as pessoas, outros mal se importavam com o que estava acontecendo e por isso continuaram com suas vidas. Queria que todos fossem assim.

- Ela matou um dos meus irmãos! – Ele gritou apontando o dedo em minha cara. Nesse momento eu segurei minha vontade de socar aquele cara.

- Por que não resolvemos isso lá fora? – Cuspi com nojo.

- Eu adoraria socar essa sua carinha. Venha, vamos! Vamos resolver isso na  frente da comunidade inteiro. – Gritou saindo pra fora enquanto me puxava. Ele me jogou e por pouco não perdi o equilíbrio. Talvez tenha sido uma ideia ruim.

- Sabe o que eu acho ridículo? – Comecei a falar. – Você achar que o seu irmãozinho era inocente.

- Cale a boca sua vadia! - Esbravejou irritado, uma veia chegava saltar de sua testa e pescoço.

- Eu lembro dele, se parece muito com você. Mathias o nome dele, não  é? – Ele pareceu congelar. – Eu sinto remorso de muitas mortes, mas sabe... o do seu irmão eu não sinto. Você acha que ele era inocente, mas ele era tão podre quanto a carne de um infectado.

O cara veio correndo em minha direção, consegui desviar a tempo.  Acertei um chute em seu estômago e depois dei um gancho de direita e  acertei com a esquerda o seu olho. Ele caiu no chão quase sem forças. Me  aproximei dele e olhei bem em seus olhos.

- Acho que você não conheceu seu irmão tão bem assim, ou talvez seja tão podre quanto ele. – Falei com raiva.

Senti um peso ir contra o meu corpo me fazendo cair no chão. Outro idiota  querendo brigar. Ele acertou um soco em meu rosto, senti meu lábio sangrar. Acertei uma joelhada no meio de suas pernas com força, ele caiu ao meu lado gemendo.

- Já chega! – Alguém gritou assim que eu levantei. – Mas que porra de algazarra é essa?!

Uma mulher se aproximou com uma espada na mão. Pelo seu tom e ar de autoridade, presumi que essa é a Lexa, a comandante.

- Temos uma assassina entre nós comandante! – O primeiro cara que eu soquei falou se recuperando enquanto me apontava.

A comandante me olhou. Ela se aproximou de mim com a cabeça erguida, fiz o mesmo enquanto a encarava. Não vou abaixar a cabeça pra ela em nenhum momento.

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