Capítulo 12 - I'm Just A Survivor

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Continuei correndo tentando me manter longe dos carniceiros sedentos por carne humana. Quanto mais eu corria, mais eu sentia Lexa ficar distante, diminui minha velocidade enquanto olhava para trás. Lexa estava mancando e pela sua calça ensanguentada, ela havia se machucado.

- Eu não consigo mais correr! Se salva! – Ela berrou de volta enquanto começava a parar de correr.

Olhei para a minha frente e depois para os infectados que estavam prestes a arrebentar a cerca e vir atrás de nós, olhei para todos os lados. A cerca por fim, arrebentou e uma penca de infectados foram na direção de Lexa, bufei correndo até ela. Uma parte de mim gritava pra deixar ela ali, afinal ela não é problema meu.

- Se apoia em mim. – Falei colocando seu braço envolta do meu pescoço um dos meus braços segurava o seu e o outro a sua cintura.

- Eu vou te atrasar, você precisa me deixar. – Ela disse enquanto corríamos.

- Cala a boca, Lexa. – Falei sem paciência.

Parei de correr e fiquei na frente de Lexa de costas para ela. Fiz sinal para que ela subisse nas minha costa e assim ela fez. Consegui correr mais rápido, mas minha energia estava se esgotando rápido. Virei a esquina vendo várias casas e uma me chamou atenção, estava com tábuas nas janelas, corri até lá e chutei a porta abrindo-a instantaneamente. Lexa desceu de cima de mim, fechei a porta rapidamente, perto dela havia uma barra de aço que aparentemente era usada para colocar como tranca na porta. Coloquei-a e depois empurrei um armário até a porta.

Corri para verificar outras possíveis entradas para a casa. Todas seladas. Subi para o segundo andar e tudo estava seguro, nenhum sinal de infectado ou qualquer outra coisa. Desci as escadas e encontrei Lexa encostada na parede tentando recuperar o fôlego, conduzi ela até a outra parede que ficava do outro lado da janela da frente e porta da casa. Fiz ela sentar.

- Você foi mordida? – Perguntei olhando sua calça com sangue.

- Não... me machuquei em uns ferros. – Ela respondeu enquanto fazia caretas de dor.

Rasguei sua calça com a minha faca. Havia um corte profundo logo abaixo do joelho, aparentemente era uns 5 centímetros de comprimento.

- Precisa ser limpo e fechado. Isso pode infeccionar. – Falei ainda analisando seu machucado.

Peguei minha mochila vasculhando a mesma, peguei meu cantil com água e entreguei a ela. Ela bebeu um pouco e me entregou de volta. Tirei minha camiseta e cortei um pedaço dela.

- O que você está fazendo? – Lexa perguntou olhando para todos os lados menos pra mim.

- Shiii. – Mormurei enquanto vestia a minha camiseta de volta que agora se tornou um top – Só cala a porra da sua boca, tá bom?

Com o pedaço que eu cortei fiz dois panos. Peguei o cantil de água e joguei um pouco no seu machucado. Lexa gemeu baixo de dor. Com um pano limpei seu machucado, mas continuou sangrando, com o outro pano, atei em sua perna com força.

- Isso deve resolver por hora. – Falei ficando de pé. Lexa tentou se levantar, mas não conseguiu. – Hey, pega leve. Fique aí enquanto dou uma olhada pela casa para ver se encontro algo.

O barulho dos infectados batendo na porta por onde entramos deixou Lexa tensa. Caminhei até a cozinha olhando em volta. Abri os armários e continha algumas comidas enlatadas.

- Pelo menos de fome a gente não morre. – Sussurrei pra mim mesma. Fui até a pia e abri a torneira. – Temos água encanada também.

Caminhei até o interruptor de luz, mas nada acendeu.

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