23- The Sun. The Moon.

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Point Of View Toni Topaz

Logo pela manhã, assim que acordei e tomei um banho, levei alta e as meninas me levaram pra casa. Cheryl e Lucy me mimavam com qualquer coisa, até levar minha comida na cama levavam, principalmente Cheryl.

Eu não tinha do que reclamar tendo elas duas cuidando de mim. Betty havia saído de casa fazia quatro horas, e tenho certeza absoluta que ela devia estar com estresse acumulado por conta de seus clientes e por ter que recepcionar o Novo Juiz da cidade, que será meu substituto por essa semana inteira.

— Não vou conseguir ficar quieta sabendo que tem outro cara no meu tribunal— Resmunguei trazendo mais uma colherada de sopa de cogumelos de Lucy— Essa sopa está muito boa, porém eu estou bem puta— Minhas sobrancelhas estavam juntas enquanto tinha meus olhos vidrados na série policial que passava na televisão.

— Toni está parecendo aquelas crianças que ficam chateadas com os pais e eles acabam dando doce pras crianças não ficarem chatas daquele jeito— Lucy comentou.

— Aquele cara vai sujar a minha cadeira com todo os seus pecados obscuros, doentios e abomináveis— Falei com tal desprezo.

— Antoinette, menos, você está delirando— Cheryl encostou as costas da mão na minha testa.

— Eu... Não queria um substituto— Soltei num murmúrio.

— Amor, entende uma coisa, você está de repouso, não pode ir trabalhar, e o tribunal não pode ficar sem um Juiz. Só será por uma semana, e logo você voltará, ok? Relaxa, e aproveita esse seu tempinho de repouso— Fez-me um pequeno carinho na cabeça.

— Eu não gosto de saber que tem outra pessoa fazendo meu trabalho no meu tribunal, julgando meus réus— Enfatizei os pronomes possessivos.

— Toni, só falta você beber leite direto do peito, porque porra, está igual uma criança, só reclama e de coisa desnecessária ainda. Pelo amor dos Deuses— Cheryl revirou os olhos.

— Mas quem disse que eu parei de mamar?— Soltei num pequeno trocadilho, elas gargalharam quase que sincronizadamente.

— Pelo amor de Deus Toni, tenha piedade da minha barriga— Cheryl jogou-se pra trás deitando na cama.

— Mas eu estou mentindo? Nunca parei mesmo— Ri.

— Ok, mas mudando totalmente de assunto agora, como a senhorita está se sentindo? O remédio está te dando algum efeito negativo?— Lucy perguntou.

— Então...— Fingi que ia vomitar em seu colo, rapidamente ela levantou da cadeira no susto o que me fez gargalhar.

— Caralho Toni, vai tomar no cu. Puta merda, sua desgraçada, que susto— Exclamou raivosa andando até a cama, ela levantou a mão me dar uma tapa no braço, mas parou no meio do caminho— Puta que pariu, que vontade de te esganar, mas eu não quero que volte pro hospital, hur dur— Bufou parecendo um búfalo afundando os dedos nos cabelos.

— Que má— Cheryl me empurrou de leve segurando o riso.

— Ah! Qual é galera, eu não estou com o pé na cova, ok? Estou mais viva que nunca, me deixe brincar um pouco— Balancei a mão.

— Antoinette, isso não foi engraçado, eu realmente estou preocupada com você. Não se brinca com isso, porra. Em menos de 24 horas você foi parar no hospital por duas vezes. Cai na real que isso não é brincadeira— Lucy falou pausadamente a última parte.

O quarto ficou em silêncio, não num total por causa do som da televisão. A respiração alterada de Lucy estava quase que sincronizada com as vozes dos atores, mas aos poucos ia normalizando.

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