Your Daddy

36- Psiquiatric

Point Of View Toni Topaz

Hoje pela manhã, acordei bem cedo já pra agilizar as coisas, Cheryl dormiu comigo essa noite porque gostaria de me acompanhar até a cidade vizinha pra que pudéssemos levar Ariana até o consultório da Doutora Willow. Eu estava bem preocupada, confesso, porém mantendo-me o mais pela possível para não transparecer o que se passava em minha mente.

— Teetee, me responde uma coisa — Cheryl falou baixo lá do fogão, olhei pra ela — Você ainda sente algo pela Ariana? — Perguntou num murmuro.

— Absolutamente nada, por que? — Perguntei, ela me olhou, mas voltou a atenção pra frigideira na panela.

— Você ajudando ela mesmo depois de toda a merda ter acontecido, isso não é muito comum — Comentou.

— Por mais que Ariana tenha feito-me todas essas merdas, ter quase me matado, o que é um fato, ela já me ajudou bastante em muitas fases conturbadas da minha vida. Era bem difícil nós termos uma discussão séria por causa de qualquer coisa quando estávamos juntas, mas, no meu instinto protetor, quero ajudá-la o máximo que eu puder pra retribuir aquilo que ela fez por mim — Expliquei — Não sinto mais nada por ela, nada mesmo, tudo morreu quando ela e aquele verme me chamaram de corna, assumiram a porra de um relacionamento e quase transaram na minha frente, nunca que eu deitaria pra traição — Continuei na minha postura, bem calma e tranquila.

— Eu achava que... — Calou-se — Não, deixa pra lá — Negou com a cabeça.

— Fala amor, pode falar, não tem problema — Pedi, ela negou com a cabeça — Cher, pode falar, eu não vou brigar com você ou seja lá o que esteja pensando que eu vou fazer — Falei, ela respirou fundo.

— Eu achei que você, sei lá, estava ajudando ela porque queria voltar, ou algo assim. Mas isso é bobagem, coisa da minha cabeça — Riu negando com a cabeça, desci do banco e entrei na cozinha.

— Meu coração é seu e só seu, assim como eu. Ninguém vai me roubar de você, será muito difícil pra alguém nos separar. E se separar vou fazer de tudo pra te conquistar de volta — Envolvi sua cintura com os meus braços — Eu te amo de verdade, não falo isso da boca pra fora. Você é o amor da minha vida e eu vou casar com você — Falei baixo perto do seu ouvido.

— Muito fácil falar — Quase sussurrou, afastei o cabelo de sua nuca.

— Mas eu vou fazer, e quando eu fizer, você será a mulher mais feliz do mundo oficialmente. Eu vou te dar o que quiser porque é isso que você merece, se não mais — Fui beijando sua nuca, senti que seu corpo ia amolecendo aos pouquinhos nos meus braços.

— Você joga muito sujo, não vamos resolver isso na cama — Brincou, acabamos por rir.

— Você acha que eu sou quem? Sabe que eu gosto de conversar antes de mais nada. Confia em mim, não vou te decepcionar, meu trabalho não é esse — Novamente beijei sua nuca.

— Eu sei amor, só estava brincando, todos esses meses do nosso relacionamento você não quis nunca resolver nada na cama, nem mesmo me consolar quando minha família foi parar no hospital. Se lembra do que me disse naquela noite? — Perguntou baixo.

— Que eu não queria transar porque você estava vulnerável e eu não queria te machucar — Lembrei.

— Você é um nenêzinho e irei te proteger — Virou-se um pouquinho e beijou-me os lábios.

— Estava pensando aqui, depois de resolvermos toda essa merda, que tal um jantar? Só nós duas. Eu e você. Você e eu — Passei a ponta do meu nariz pela sua nuca sentindo-a tremer com leveza.