39- New Survey

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Point Of View Toni Topaz.

Ontem à noite o jantar foi simplesmente perfeito, depois que saboreamos os pratos divinos de Louis, ficamos um tempão na varanda admirando a Lua e as estrelas enquanto as meninas tocavam pra nós, sentamos um pouquinho pra conversar com elas, dei uma gorjeta pra elas além do cachê de tantas horas trabalhadas, eram meninas simpáticas e gentis, maravilhosas eu diria, até irei manter o número delas salvo na minha agenda pra contacta-las sempre que eu precisar.

Por volta das onze e pouca da noite voltamos pra casa, Clifford, Taylor e Lucy estavam na sala assistindo alguma série e conversando, nos juntamos à eles, contamos como foi o jantar e a novidade de que estávamos noivas. Nem preciso falar qual foi a reação deles, não é mesmo? Só faltou meu sogro sair na rua e soltar fogos por horas ininterruptas pra comemorar, ele só sabia pular animado enquanto repetia "Meu bebê vai se casar, meu bebê vai se casar", isso gerou boas risadas. Mas, nem tudo são flores, não é?

Assim que acordei recebi uma ligação dos promotores avisando que precisava fazer o julgamento de um réu porque ele estava sendo acusado de inúmeros crimes e era um perigo pra sociedade. Bati meu recorde pra me arrumar, dei um beijo na testa de Cheryl antes de sair, disse que a amava e fui correndo para o tribunal pra saber melhor o que estava acontecendo.

— Juíza Topaz, Bom dia— Um dos promotores me cumprimentou assim que cheguei na sala deles.

— Bom dia senhores, qual é o caso? O que houve?— Perguntei ficando diante da mesa.

— Há um cidadão infringindo várias leis ultimamente e as coisas estão saindo do controle, só ontem ele assassinou três pessoas e agrediu covardemente oito, sempre alegando ser agente do FBI e que ele era Deus, que podia tudo— Frederic, um dos promotores, contou ao ler o papel.

— Achamos melhor recorrer a vossa excelência logo agora porque esse tipo de caso não dá pra aguardar somente na penitenciária enquanto ele ganha tempo pra recorrer da advogados bons e álibis— Clarice completou.

— Quero provas e depoimentos, irei analisar o caso— Pedi— Peçam para que a penitenciária traga o Réu agora e aguardem, não podemos perder tempo— Juntei as mãos com leveza, eles assentiram.

Saí da sala passando por todo o corredor, encontrei alguns colegas pelo caminho, no molho de chaves no meu bolso procurei a chave da minha sala, a destranquei entrando na sala, fechei a porta atrás de mim e joguei o molho de chaves sobre a mesa. Eu passava tanto tempo no tribunal que já está virando minha segunda casa, até o cheiro do meu perfume a sala tem, sem contar no cheiro leve, quase imperceptível de cigarro. Graças a Deus eu tinha diminuído bastante a quantidade.

Sentei-me na minha cadeira, puxei um pouco pra frente enquanto ligava o computador, tirei o celular do bolso pra ver a hora e tinha algumas mensagens de Cheryl me desejando bom dia, que eu tivesse um ótimo dia de trabalho e que ela estaria me esperando em casa quando eu chegasse. Eu tenho certeza absoluta que quero me casar com essa mulher.

— Topaz— Ouvi uma voz feminina do lado de fora da porta.

— Pode entrar— Falei, a porta se abriu lentamente e Ally foi entrando.

— Está muito ocupada?— Perguntou fechando a porta.

— Estou só esperando uns documentos chegarem eu começar, mas pode falar, o que houve? Você está com uma cara estranha— Comentei preocupada.

— Eu... Ahm...— Passou a mão no braço.

Agora que eu havia percebido, Ally não usava mais suas roupas de costume, vestidos e saias. Hoje ela usava uma calça jeans de lavagem escura, blusa com manga cumprida, tênis nos pés e... Cadê o óculos de grau?

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