33- Revelações

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Point Of View Cheryl Blossom

Após o grandíssimo susto de ontem à tarde, viemos as pressas com Toni pro hospital quando a ambulância chegou, Ariana ainda está foragida, mas Betty e a equipe do tribunal já estão atrás dela junto com seus seguranças, que são cúmplices também.

Como Toni havia perdido muito sangue ontem, precisou de transfusão, e como nosso sangue era compatível, rapidamente fui fazer o recolhimento depois de assinar um documento onde eu compactuava com a doação. Tiraram duas bolsas de mim, em seguida levaram pra Toni e começaram a transfusão, e até agora o corpo dela não deu sinais de rejeição do meu sangue.

Fiquei a noite inteira em alerta pra caso ela acordasse ou acontecesse algo, mas ela acabou que dormiu a noite toda depois que saiu da sala de cirurgia pra retirada dos três projéteis e da verificação se tinha pego algum lugar grave, mas graças a Deus pegou partes "vazias", digamos assim.

Agora de manhã tomei um banho rápido no banheiro do quarto porque Lucy estava vindo me trazer roupas. Fiquei sentada na poltrona ao lado da maca da Toni enquanto assistia ao noticiário que falava justamente sobre os incidentes e acidentes que aconteceram ontem pelo estado e pelo país, numa dessas reportagens falaram sobre o atentado contra a Toni.

— Ah! Cara...— Ouvi a voz arrastada de Toni, rapidamente a olhei e ela piscava um pouco os olhos.

— Oh! Amor, acordou— Levantei rapidamente— Não, não... Não levanta. Vou chamar a enfermeira— Corri até a porta, e nem precisei fazer muito esforço, uma das enfermeira estava.

E a enfermeira realmente veio, verificou se estava tudo certo com Toni, trocou todos seus curativos com cuidado e delicadeza, inclinou um pouco da maca para que ela não ficasse totalmente ereta e foi buscar algo para que ela pudesse comer.

— Como está se sentindo?— Perguntei assim que a enfermeira saiu.

— Meu corpo formiga um pouco, uma leve dor de cabeça e fome, muita fome— Riu fraco, e logo soltou um grunhido de dor.

— Não se esforça, ainda está muito recente— Segurei sua mão, ela entrelaçou nossos dedos.

— O que aconteceu ontem?— Perguntou com uma pequena carinha confusa.

— Não se lembra?— Perguntei.

— Não de tudo. Lembro de ver Ariana puxando o revólver pra mim e quando caí no chão, depois não lembro de mais nada— Balançou a cabeça em negativo.

— Chamamos a ambulância no desespero, eu fiquei toda ensanguentada porque estava estancando seu sangue, inclusive...— Estiquei minha camiseta com inúmeras manchas de sangue seco e a calça também.

— Uau! — Levou a outra mão até a testa porque com a direita segurava minha mão.

— Daqui a pouco Lucy chega aqui pra ver como você está e pra me trazer roupas — Contei.

— E Betty? — Perguntou curiosa.

— Está obcecada na missão de caça à Dissimulada, vulgo Ariana Grande, e ela disse que não viria te ver até que conseguisse capturá-la — Expliquei.

— Putz! Nunca mais vou ver minha amiga — Lamentou.

— Por que? — Juntei as sobrancelhas.

— Ariana é uma mulher esperta, tem vários contatos, ela já devia estar planejando isso desde o primeiro ataque, já deve estar refugiada em algum outro estado ou à caminho de outro país. Ela tem grana, os pais dela são bastante influentes, nem adianta procurar — Foi pessimista.

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