O leilão

Capitulo 12

POV Yoongi

Meses depois...

Meu relacionamento com SN tem sido... tudo. Mais do que eu imaginei. Não é só que somos melhores amigos, é muito mais que isso. O que compartilhamos é algo tão profundo, algo que vai além da amizade e da intimidade. Eu... eu a amo. Ela é minha. E, de alguma forma, parece que eu sou dela também. Ela tem essa doçura que me derrete, mas às vezes é tão ousada.

Quando fui até a casa de SN, pedi sua mão aos pais dela, esperando que, de algum modo, fosse um momento especial. Eles reagiram com sorrisos, com abraços... mas, no fundo, eu sabia. Eu sempre soube. Nada ali era genuíno. Eles eram falsos. E o pior: eles faziam mal a SN de uma maneira que ninguém mais via. Eu vi. Eu sempre vi.

A cada mês que passava, meu único objetivo era fazer com que ela tivesse a coragem de enfrentar os pais. Era o que ela precisava, mas eu sabia que, ao fazer isso, criaria mais conflito. E foi o que aconteceu. Eles ficaram furiosos. Não me deixaram ver SN por duas semanas. Mas como eles poderiam me impedir? Eu sei escalar árvores, e a distância não existe quando se tem algo que vale a pena.

Hoje, eu planejei uma surpresa para ela.

Esperei até que seus pais saíssem. O silêncio na casa era profundo, e foi nesse silêncio que eu me preparei. Subi na árvore que ficava ao lado do quarto dela. Eu sabia que ela estava lá, esperando por mim de algum jeito.

Bati na janela de vidro várias vezes, cada batida suave, mas cheia de urgência. Eu queria vê-la. Eu precisava vê-la.

Quando ela levantou e olhou na minha direção, o choque no rosto dela me fez sorrir. Eu sabia que ela ficaria assustada, mas não importava. Eu estava ali.

- Yoongi!.- Ela exclamou, a voz cheia de surpresa e um pouco de medo. Mas logo a expressão dela mudou, um sorriso tímido se formando.

Ela abriu a outra parte da janela, me ajudando a entrar, como se fosse algo normal, mesmo sabendo que poderia ser arriscado.

-Oi. – Sorrio, e, sem pensar muito, deposito um selinho suave nos seus lábios. Ela tem esse efeito em mim. Me tira do sério e me faz querer ficar mais perto, mais perto ainda.

- Você é louco. Poderia ter se machucado.– Ela diz, a preocupação em sua voz é algo que eu não consigo ignorar. Mas a preocupação também esconde algo mais. Eu vejo o cuidado, a doçura. Ela não só se importa comigo, ela se importa profundamente.

- Eu estou bem, não se preocupa. E você? Eles... tentaram fazer alguma coisa com você?.– Minha voz sai mais grave, minha expressão se tornando séria enquanto inspeciono cada parte do seu corpo, procurando sinais de que algo tenha acontecido. Aquele lugar, a família dela, sempre foi tóxico.

- Não, Yoon, tá tudo bem. – Ela sorri, e, ao me abraçar, sinto a leveza do momento. Sua respiração é suave contra meu pescoço. – Senti tanto a sua falta.

Essas palavras caem em meu peito como um peso leve, mas imenso. Eu também senti falta dela. Mais do que qualquer coisa.

- Eu também senti. – Respondo, acariciando seu cabelo, e beijo sua testa com uma suavidade que nem eu sabia que tinha.

- Eles só chegam à noite... você pode ficar aqui, à tarde toda, se quiser. – Ela diz com aquele sorriso que só ela sabe dar, o sorriso que me faz sentir que, no final das contas, tudo o que eu realmente preciso está ali, naqueles olhos, naquele abraço.

- Esse é o plano. – Respondo, com um sorriso verdadeiro, tocando seu rosto com delicadeza. Meu corpo inteiro está relaxado só por estar ao lado dela.

A tarde passa como um sonho. Assisto a filmes, comemos besteiras, jogamos... mas o mais importante é que, a cada segundo, eu estou com ela. Cada risada, cada toque, tudo parece fazer mais sentido quando estamos juntos. Eu quero mais disso. Sempre.