𝗹𝗼𝗼𝗸𝗶𝗻𝗴 𝗮𝗻𝗱 𝗽𝗮𝗶𝗻𝘁𝗶𝗻𝗴. 𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 ✓

🎨 𝟢𝟢𝟨.

୭̥⋆｡ 𝗔𝗡𝗬 𝗚𝗔𝗕𝗥𝗜𝗘𝗟𝗟𝗬 ˎˊ-
*₊˚꒰ 𝒫𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘰𝘧 𝘷𝘪𝘦𝘸 ⵌ

A mulher loira aparece novamente na mesa com uma travessa nas mãos e a coloca no centro. Era um creme - Não faço a mínima ideia do que seja - com alguns morangos em cima.

- Podem comer - ela diz distribuindo vasilhas e colheres para nós - É um mouse de baunilha com morango - ela olha para mim - sua mãe disse que é sua fruta preferida! - ela diz e eu sorrio.

- Ninguém vai se servir? - o homem mais velho perguntou ao ver que ninguém se mexeu para pegar um pedaço da sobremesa - Tudo bem, sobra mais para mim então! - ele fala brincando e pegando a travessas inteira para si mesmo.

- Pare com isso Ron! - a mulher o repreende rindo e o mesmo devolve a sobremesa para o centro da mesa dando leves gargalhadas - fiquem a vontade - ela diz.

Minha mãe apanha sua vasilha e se serve com um pouco da sobremesa e eu logo faço o mesmo em seguida, pegando minha vasilha e estendendo meu braço para me servir.

No momento em que seguro a colher grande, sinto outra mão segurando a minha, me fazendo levar a atenção para o garoto em minha frente, que sorri nervoso e logo solta.

- Pode pegar - ele fala. Sinto minhas mãos trêmulas após sentir seu toque, mais desfaço meu nervosismo com um leve sorriso.

O restante do jantar não passou de falatórios entre minha mãe e a senhora loira. Elas conversávam como se já fossem amigas há muitos anos, o que me deixa assustada.

Depois de um tempo, eu e minha mãe voltamos para casa. O clima ainda estava pesado entre nós duas. Eu sei que minha mãe odeia quando eu falo do meu pai, mais poxa, ele ainda é meu pai com eles separados ou não.

Papai e mamãe se casaram muito cedo, talvez por esse motivo não deram certo. Eles se separaram há 3 anos. Eu já tinha 13 anos, mais eu não entendia o que estava acontecendo. Eles viviam brigando e, naquele momento, tudo o que eu queria era que tudo parasse e voltássemos a ser uma família feliz.

Depois do divórcio, minha mãe se afundou nas bebidas e nem se quer tentou seguir em frente. Foi então que eu comecei a ser babá. Meu pai ainda me manda todo final do mês um "dinheirinho" que, de acordo com ele, é minha mesada por ser uma boa filha.

As vezes eu olho para a vida de outras pessoas e fico desejando que a minha fosse assim também.

A família Jones ‐ a qual eu trabalho de babá - mesmo com um dia apertado, parecem felizes. Alice sempre me conta histórias que viveu com seus pais quando eu vou cuidar dela. Eu não tenho muitos momentos com meus pais juntos e felizes gravados em minha memória.

- Mãe - digo batendo de leve na porta de seu quarto após colocar meu pijama - Posso entrar?

- Pode - ela diz olhando em seu celular.