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Não sabia o que podia acontecer, estava com muito medo.

- Faça ela dormir. - Escuto a mulher falando quando entramos no carro. - Amarre-a e vamos logo!

O grande homem pega algumas cordas e começa a amarrar minhas pernas. Antes dele chegar nos braços, tiro meu colar e o jogo pela janela. Espero que Lohan o ache quando voltar para casa e com isso raciocinar que tem algo de errado.
Um tempo depois ele coloca um pano tampando minha boca e meu nariz e segura. Eu fico me mexendo toda, ele estava tentando me matar?

- Desculpa garota, infelizmente, tenho que fazer isso. - Ele diz fechando os olhos e apertando mais forte, fazendo eu perder o ar e acabar desmaiando.

Quando acordo, estou amarrada em uma cadeira. Minha boca também estava amarrada, para que eu não gritasse ou falasse nada.
Um tempo depois, eu escuto uma voz:

- Vejam se não é a Princesa... Devo me curvar? - Ela diz com um grande sarcasmo. - Acho que não, eu que mando aqui agora! - Ela ri tão alto que dá para saber onde ela está.

Olho para a direção dela e tento falar mesmo com a boca presa.

- Quer falar? - Ela ri mais uma vez. - Eu deixo, só se você não gritar. Combinado? - Ela chega bem perto de mim e ajeita meu cabelo que estava todo atrapalhado.

Faço que sim com a cabeça e ela tira o pano preto da minha boca.

- Acho bom você me soltar, se não eu... - Ela me interrompe.
- Se não, o que?
- Minha mãe vai saber que eu sumi e vai mandar me procurarem.
- Duvido que alguém te ache aqui. - Ela sai de perto de mim e senta em uma cadeira. - É um lugar bem escondido...

Dou um grito muito alto o qual é abafado por um guarda que surge atrás de mim. Tento me soltar, mas ele pega a faixa e amarra novamente na minha boca. Dou mais um grito abafado e vejo que, realmente, ninguém vai me achar. Começo a chorar pensando em tudo o que aconteceu e como minha mãe iria reagir se eu morresse.

- Own... Chorando por que, querida? - Ela faz um biquinho como se estivesse triste.

Tento falar, mas com a faixa tampando minha boca fica meio difícil.

- Se eu tirar, você promete não gritar? - Ela diz chegando perto.

Faço que sim com a cabeça e ela tira a faixa.

- Você não vai me matar? - Falo logo depois que ela tira.
- Matar? Claro que não! Você vale muito dinheiro viva, não valeria a pena matar você.
- Qual o seu plano?
- Ligarei para o Palácio e você terá que falar que precisa de ajuda. Vou pedir 20 milhões para eu te entregar novamente!

Fico quieta e logo depois ela pega o telefone.

- Anda garota! Preciso do número do Palácio! - A mulher continua falando.

Fico quieta e continuo negando passar o número do Palácio para ela. São poucas pessoas que podem saber o número de lá, se não estaríamos com ligações o dia inteiro.

- Fala agora! Se não... - Ela aperta minha bochecha.

Ela faz um sinal com a cabeça para alguém que estava atrás de mim e eu só sinto uma arma sendo colocada em minha cabeça.

-Mate-me então, como você disse, sou valiosa apenas viva, não te ajudaria em nada me matar. - Digo com confiança para a mulher que na mesma hora olha para o homem que estava atrás de mim pedindo para ele retirar a arma de minha cabeça.
-O que você acha de fazermos um acordo então? - Ela diz andando de um lado para o outro na minha frente.
-Que tipo de acordo?
-Nós somos pessoas que não matamos, queremos apenas o dinheiro, então, se você me passar o número do palácio, eu deixo você ir sem te machucar.

Uma Princesa em um lugar desconhecido - Em AndamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora