Dar Uma Lição Em Mali

311 43 2
                                    

🔳 Tirar satisfações com sua irmã 🔳

Com os olhos brilhando de ódio, eu corri de volta pro galpão e lá já disparei na direção da Mali, segurando seu pescoço com muita força, a frustração já me consumia por inteiro... Ela já tirou a minha vida de mim uma vez! Ela quer tirar essa daqui também?

Apertando o pescoço dela até sua pele começar a ficar pálida, foi quando eu senti algo perfurar o meu braço, eram as unhas da minha irmã, seus dedos esticados se tornaram facas e meu sangue começou a correr e eu me afastei, por um momento até mesmo esquecendo a minha individualidade.

— Olha só, mais uma prova que não importa quanto poder você ganhe, vai ser sempre uma menina indefesa, Naiade — Mali falou isso ofegante enquanto tinha suas mãos apoiadas no joelho – Se você se arrepender agora, pode pedir perdão ao papai... Ele está tão bonzinho agora

Ela dá uma risadinha, mas isso me anima um pouco... Um dos poucos momentos de justiça que eu tinha eram nas brincadeiras quando meu pai tirava nossas individualidades e eu podia esfregar o chão dela livremente no chão.

— Eu vou matar você —Digo calmamente, prendendo meus cabelos.

— O que? — ela perguntou assustada, eu nunca havia falado assim com ela.

— Eu vou te matar, e usar seus dentes e cabelo pra fazer um colar — Estalo meus dedos e corro pra cima dela, não estava disposta a matá-la de tão longe... Quero seu pescoço entre meus dedos.

Nesse momento, Dabi e toga estavam descendo as escadas, parece que o churrasquinho tinha ido buscar a Toga pra assistir algo na tv e quando voltaram a situação estava assim.

Eu não esperava nenhuma interferência, já que o Dabi e a Toga jamais se meteriam em uma luta que eu obviamente venceria, mas não foi assim.

— Gente, façam alguma coisa! — Mali diz com uma voz sofrida enquanto se esquiva covardemente dos meus ataques como um rato — A Nai simplesmente enlouqueceu!

Nesse exato segundo, eu a agarrei pelos cabelos se acertei sua cabeça na parede, imediatamente a manchando de sangue, me virando pouco depois para meus amigos, sentindo uma dor aguda em meu abdômen e algo agonizante em meu pescoço

A primeira coisa que pude fazer foi olhar pra baixo, Toga estava com um olhar alucinado e sua faca gravada na minha barriga, a expressão dela estava congelada como quando ela derrubava leite com chocolate nos papéis importantes do Tomura ou quebrava uma garrafa sem querer... Uma expressão inocente.

Enquanto isso, a pele do meu pescoço tinha sido completamente cauterizada, era claro que Dabi tinha acertado suas chamas em mim com intenção de matar mas somente seu olhar de desespero já tinha me revelado que não tinha sido sua vontade, meus olhos estavam arregalados como se ele quisesse chorar.

Na hora eu entendi mas sem ter exata certeza... Como ela poderia controlar eles?

Virei meu rosto para minha irmã que parecia estar recobrando suas funções, mas eu ainda estava sangrando e não teria coragem de ferir eles caso me atacassem de novo, foi necessário um pensamento rápido e muito cuidado já que eu poderia matá-los se fizesse errado, precisei simplesmente desligar seus sentidos... Desmaiando eles...

— Acho que deu certo — Murmurei depois de acariciar levemente o rosto de Toga e ver que ela ainda respirava, também toquei o rosto de Dabi mas... A sensação ruim prevalecia.

— Tão sentimental — Mali sorri, ficando de pé de uma maneira bizarra, como se fosse feita de trapos — é por isso que você sempre é trocada

O sorriso dela era maligno, maligno sem razão nenhuma! A Mali que eu me lembro era terrível mas nunca foi maligna! Ela era maldosa e fazia muito pra se dar bem mas nunca se envolveria com a vilania... Eu tenho que saber o que está acontecendo!

Eu parti pra cima dela depois de me curar da melhor maneira possível enquanto sentia toda essa raiva dentro de mim fervilhando como lava, eu consegui imobilizar seu corpo no chão e somente acertava golpe atrás de golpe em seu rosto até que ficasse tão inchado que pareceu irreconhecível, mas eu não consigo tirar nada dela!

Por isso sai com ela imóvel e a arrastei até o quartel general da polícia e exigi falar com o Ereaserhead, permaneci sentada naquele sofá azul da sala privada durante quarenta minutos o meu querido e amado pai chegar.

— Eu pensei que não teria mais notícias suas depois de tudo — A voz de desprezível desinteresse dele fazia uma veia em minha testa saltar — o que é isso?

Pela primeira vez depois de anos eu vi meu pai parecer chocado, ele estava olhando para a Naiade imóvel no tapete.

— O que foi, Eraser? — Cruzo meus braços, quase triunfante — Eu vim trazer a sua filha querida de volta.

Sorrio cínica mas o olhar dele enquanto se sentava na minha frente não era bom

— Mesmo que você tentasse, Naiade, isso é impossível — ele diz e meu coração treme como um gongo — A Mali se foi a muito tempo, ela nem mesmo chegou a ser uma adulta de verdade.

Nessa hora eu simplesmente entrei em pânico, ele só podia estar brincando comigo!

— Tá falando uma coisa dessas pra ter motivos pra me prender, não é? — A minha voz trêmula não passava qualquer credibilidade.

— Jamais, a culpa é em parte minha também — Ele suspira e afasta seus cabelos do rosto — eu não pude controlar o primeiro surto da sua individualidade e depois também não fui o suficiente pra contar a você o que tinha feito, simplesmente te afastei o mais longe possível para mantê-la a salvo da sua mãe

A voz dele carregava algo além do mórbido comum, era cheia de culpa e amargura... Era pura tristeza.

— Pai, do que você tá falando? —fico de pé, meu corpo não se aguentava no estado sentado, minha energia estava percorrendo tanto pelo meu corpo que cada fibra do meu ser estava rígida a ponto de estourar — A Mali tá aqui! Ela se tornou uma heroína... Ela é o orgulho de vocês!

Seguro os ombros do meu pai, balançando seus ombros em seguida, ele simplesmente não reagiu, somente segurou minha mão delicadamente e me guiou de volta para o sofá.

A ação me acalmou ligeiramente mas eu ainda buscava respostas.

— Quando você transformou todo ar do apartamento em gás venenoso e fugiu, Mali foi atrás de você pra impedi-la mesmo que eu tenha dito pra ela ir pra fora do prédio — meu pai começa a história para satisfazer minha clara confusão — Ela era sempre muito obediente então achei que tivesse saído, você se escondeu muito bem e eu acabei demorando pra encontrá-la no meio de toda fumaça, quando te parei até mesmo você estava a beira da inconscia... Sua mãe foi quem encontrou a Mali morta na cozinha.

Ele não estava me julgando, era óbvio que ele não me julgava... Eu era apenas uma criança na época, uma criança que tinha o desprezo da mãe e um pai muito ausente tendo seu primeiro surto de poderes mas... Pra mim foi como uma sentença terrível.

Simplesmente a vida inteira eu vivi como uma vítima, alguém que tinha sido negligênciada e mandada pra longe... Mas eu era a vilã durante todo esse tempo, fui eu quem matou a minha irmã!

— Mas... Como? — Meus olhos estavam totalmente embaçados com as lágrimas de desespero que apareceram mas mesmo assim indiquei a minha "irmã" no chão.

— Isso foi algo da sua mãe — Aizawa  suspira, já era claro que ele não apoiava isso — Ela não aceitou perder a filha promissora, fugiu com o cadáver da Mali e foi até onde pôde... Foi quando encontrou o All For One e ele deu uma nova "vida" para alguém morto usando uma dúzia de individualidades

De repente, muitas peças se encaixaram, foi por isso que eu estava no lugar específico em que a Mali deveria ter sido sequestrada, ela deveria ter conhecido o Tomura e o Dabi, já que desse jeito o OFA poderia controlar a LOV ativamente por meio dos sentimentos dos outros do grupo... Mas o Aizawa descobriu isso rastreando esse corpo durante anos e me mandou pra lá no lugar dela... Tudo isso aconteceu...

Eu me sinto terrível.

Nesse rompante de emoções, eu simplesmente desliguei


🔵Dabi ou Shigaraki🖐️ (🌼Fanfic interativa🌼) Onde histórias criam vida. Descubra agora