O mundo não prometido: Guerra entre Mundos

7 - Aquela pessoa

- Charlie! – Gritou Júlio, preocupado com o estado de seu amigo – Consegue se levantar?

O corpo do garoto já se encontrava sem vida, jogado no chão e com os olhos totalmente abertos. A gravidade do ferimento de Alex era demasiada.

As palavras de Alex foram como punhais no coração de Gordon, que havia sido salvo por seu amigo. A raiva tomou conta dele, alimentando seu desejo de vingança.

- Eu vou matar esse demônio! – Gritou Gordon, com ódio ardendo em seus olhos.

- Não faça isso! – Exclamou Willy, tentando acalmar o amigo – Ele é extremamente poderoso, não se esqueça de que estamos diante de um regente!

- Perdemos um de nós, mas não vamos perder nossa razão! – Disse Júlio, buscando manter a compostura – Ele está indo em direção ao castelo, o alvo dele é o rei, como nos foi informado!

No topo do castelo, Evandro não estava nem um pouco arrependido por ter dado a ordem que desencadeou a entrada dos Reiss e dos Arck nessa guerra.

- O que faremos agora? – Perguntou o rei, angustiado – Qual é o plano de Thomas agora que Walter me odeia?

Naquele momento, Adryele apontou para o lado de fora, onde a muralha havia sido destruída.

- Vamos sair daqui! – Respondeu Adryele, determinada – Temos transportes que nos levarão para a base dos ignus em algumas horas. Os líderes nos darão novas ordens!

- Que contraditório! – Disse Yamilla, soltando uma risada de deboche – Um rei esperando receber ordens de um mero jovem que acabou de sair da adolescência!

- Irônico! – Retrucou Eduarda – A traidora querendo julgar o rei por traição. Acho que alguém merece levar um tiro!

- Ele está vindo para cá! – Exclamou Isabela, mudando o rumo da conversa – Walter Reiss está tentando matar Evandro!

- Não podemos fazer nada! – Respondeu Manuel, resignado – Seguindo as ordens de Thomas, devemos apenas sair daqui. Mas como vamos nos livrar de um demônio regente?

Nesse momento, Walter Reiss chegou ao topo do castelo com sede de sangue. Não havia como enfrentar um demônio regente daquele porte diretamente.

- Estamos perdidos! – Disse a rainha, com os olhos marejados de lágrimas – Tudo acabou!

Walter recuou de repente e foi embora sem dar qualquer explicação. Sua expressão era de fúria intensa, deixando todos perplexos. Ele saiu pelo portão principal do reino, deixando um rastro de destruição em seu caminho.

- Ele está indo para a base! – Disse Mateus, levantando-se, ainda amarrado – Parece que os cinco regentes finalmente se reunirão desde o surgimento do vírus. Agora que estamos todos do mesmo lado, vocês podem me desamarrar?

- Não! – Respondeu Manuel, firme – Você permanecerá amarrado até chegarmos à base. Temos outros planos para você!

- Que brincadeira é essa? – Perguntou Mateus, repleto de ódio – Guilherme, me desamarre agora! Você foi feito para obedecer às minhas ordens, então obedeça!

- Dessa vez, não! – Disse Guilherme, lutando contra as ordens de seu senhor. O efeito do remédio parecia estar se dissipando, deixando-o mais fraco – Você é filho de Walter, então é provável que esteja ao lado dele nessa guerra. Eu sei muito bem que você trairia o rei por seu pai sem nem pensar duas vezes!

Mateus começou a rir de forma maligna, um riso que ecoava no ar.

- Não posso subestimar ninguém nos dias de hoje! – Disse Mateus, em meio às gargalhadas – Que assim seja. Vocês todos irão morrer quando eu me libert...