2 - Meu querido amor

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> Segunda-feira, 12 de abril de 2088

Estamos de volta ao Black School, um dia antes dos amigos de Thomas invadirem a fortaleza dos Reiss.

Eva Reiss e Sonya Arck foram enviadas para o Black School com o objetivo de manter todos os estudantes na linha. Afinal, uma guerra estava acontecendo e enfraquecer os inimigos por dentro era a melhor alternativa. Elas conseguiram entrar nas redondezas da escola sem problemas, embora tenham se deparado com uma cena perturbadora: cabeças decapitadas de professores e adultos penduradas nas árvores, além do corpo de dois demônios.

- Você é nova por aqui, né? - perguntou um garoto com cabelos de anjo e olhos azuis, que Eva reconheceu.

- Você é o Bruno, não é? - Eva perguntou retoricamente, pois já sabia que era ele. - Nossa, já faz quase três anos que não te vejo. Você era do fundamental, cresceu bastante!

- Você sabe! - respondeu Bruno. - Fui obrigado a crescer por causa do que o Thomas nos avisou três meses atrás, quando vocês desapareceram depois do incêndio. Paige nos disse que todos vocês haviam morrido!

- Ela estava meio certa! - retrucou Sonya. - Mas, por sorte, o Thomas nos salvou e acabamos sendo sequestradas pelos demônios durante a confusão dessa guerra.

Bruno estava feliz em ver rostos conhecidos e explicava como a escola havia sido reconstruída após a fuga deles, além de falar sobre a situação atual das seis escolas.

- Bom! - Bruno continuou enquanto levava Eva e Sonya para os outros alunos. - Sabemos que as outras escolas também estão participando da guerra, então devem seguir o mesmo padrão que nós. No dia em que o Thomas nos mostrou o que estava acontecendo lá fora e a verdade sobre o que acontece aqui dentro, nos unimos imediatamente e matamos todos os professores e a diretora da nossa escola!

- Mataram a Paige Winston? - perguntou Sonya.

- A Paige não é mais nossa diretora desde o dia em que vocês incendiaram a escola! - respondeu Bruno. - Nossa diretora se chamava Dalila Carter, era gente boa, pena que estava do lado errado na guerra... Depois de matarmos todos os adultos, decapitamos suas cabeças e colocamos nas árvores para que os demônios pudessem ver!

- Mas, mesmo assim, os demônios ainda precisariam levar vocês no fim do ano. Eles não deixariam tudo isso em vão! - exclamou Eva.

- Isso é simples! - continuou Bruno. - Depois do incêndio, os demônios mudaram a frequência de carregamento. Agora, a cada sete dias, um de nós é levado. As outras escolas estão prosperando, então eles pegam alguém de uma escola em um dia, de outra escola no dia seguinte, e assim por diante. No sétimo dia, eles não levam ninguém para compensar as perdas. Mas, mesmo assim, os demônios aparecem aqui toda quinta-feira para levar um de nós. Conseguimos matar dois deles, mas desde então eles têm enviado demônios mais fortes e levam um de nós à força. Dizem que nossa qualidade caiu muito desde então, pois não temos tempo para estudar, mas seria um desperdício matar todos nós, então nos deixam vivos. O Thomas pensou em tudo mesmo. Vocês precisam conhecer meu amigo Wesley. Ele é meio quieto, mas nunca falem das bandagens no rosto dele!

- O que aconteceu com o rosto dele? - perguntou Eva.

- Uns demônios tentaram levá-lo, e ele lutou bravamente, mas machucou muito o rosto e tem vergonha das sequelas! - respondeu Bruno, percebendo que haviam chegado onde todos os alunos estavam escondidos. – Pelo o que eu me lembro vocês chamam os demônios de ignus, certo?

- Sim! – Eva começou a verificar os arredores

Alguns alunos reconheceram Eva e Sonya e ficaram animados, pois as duas eram amigas de Thomas.

O mundo não prometido: Guerra entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora