21 - Ninguém está sozinho

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Seremos obrigados a voltar no tempo mais uma vez para explicar o verdadeiro motivo pelo qual Eduarda fez o que fez com todos que estavam a caminho da base dos demônios.

Sábado, 3 de abril de 2088

Eduarda e Thomas encontravam-se em um local remoto, cercados por paisagens desoladas e um céu escuro. A brisa fria soprava, carregando consigo a tensão e o peso da guerra iminente. Eles conversavam mentalmente, planejando e discutindo o futuro dessa batalha crucial.

- Onde você está agora? - perguntou Eduarda, com sua voz ecoando na mente de Thomas.

- Acredito que não posso te dizer exatamente! - respondeu Thomas, sua voz ressoando com cautela. - Estou em algum lugar deste imenso continente, escondido nas sombras.

- Você não confia em mim por ser uma assassina? - questionou Eduarda, com um tom de tristeza em sua voz. - Eu entendo suas preocupações, mas se seu plano de fazer o rei se aliar à nossa rebelião funcionar, o que faremos se ele voltar atrás e se juntar novamente aos demônios?

Thomas suspirou, refletindo sobre as palavras de Eduarda antes de responder sinceramente:

- Embora não queira considerar essa possibilidade, devo admitir que não tenho um plano concreto para essa situação. - a voz de Thomas demonstrava uma mistura de incerteza e frustração.

Eduarda ponderou por um momento, olhando para o horizonte distante, onde as nuvens escuras se encontravam com a terra desolada. Então, ela propôs uma solução tentadora:

- Talvez devêssemos reduzir o número de Reiss e Arck. Desta forma, o rei não teria a oportunidade de voltar-se contra nós e se unir novamente aos ignus.

Thomas ficou em silêncio por um momento, refletindo sobre a proposta de Eduarda. Ele sabia que tomar vidas humanas ia contra seus princípios, mas também entendia a necessidade de garantir aliados fiéis em uma guerra tão incerta.

- É uma proposta tentadora... - respondeu Thomas, hesitante. - No entanto, nosso objetivo é conquistar aliados, e eu me recuso a matar seres humanos. Precisamos encontrar outra maneira.

Eduarda assentiu, aceitando a decisão de Thomas, mas deixando claro que tudo poderia acontecer nessa batalha iminente. O futuro permanecia incerto, e eles teriam que lidar com as consequências das escolhas que fizessem.

Voltando aos dias atuais, as coisas continuavam intensas e imprevisíveis.

Terça-feira, 13 de abril de 2088

A escola estava envolta em caos e destruição. Os sons de explosões e conflitos ecoavam por todo o ambiente. Cenários sombrios se desdobravam enquanto a batalha se desenrolava.

Thomas, junto com Evandro, Yamilla, Manuel e Júlio, enfrentavam Ray em um campo aberto próximo à escola. O solo estava coberto de escombros, evidenciando a violência dos confrontos anteriores. O céu estava nublado, refletindo o clima tenso do momento.

Thomas trocou olhares determinados com seus companheiros enquanto discutiam táticas e estratégias. Eles sabiam que precisavam derrotar Ray para avançar na batalha contra os demônios. Cada movimento era calculado, cada golpe era desferido com precisão, enquanto a luta se intensificava.

Nos corredores da escola, Adryele e Láiza trabalhavam incansavelmente para cuidar dos feridos. A atmosfera era opressiva, cheia de gemidos de dor e desespero. Pessoas corriam de um lado para o outro, tentando ajudar onde podiam.

Adryele entregou um curativo e uma agulha a Láiza, pedindo-lhe para levar aqueles itens até a muralha, onde Paige Winston estava posicionada.

- Quero que leve isso para cima da muralha e entregue a alguém lá! - ordenou Adryele. - O importante é que isso chegue a Paige Winston!

O mundo não prometido: Guerra entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora