12 - O fim de um reino

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Eva havia trancado todas as entradas do local e se mantinha a uma distância segura de Walter Reiss. O ambiente era sombrio, iluminado apenas por uma fraca luz que escapava pelas frestas das janelas cobertas por pesadas cortinas. A tensão pairava no ar, enquanto os dois protagonistas daquele confronto se encaravam através da porta.

- Deve estar se perguntando o que tem a oferecer a um demônio como eu, que provavelmente já possui tudo! - Exclamou Walter com sua voz sinistra ecoando pelo corredor. Seu olhar, sombrio e penetrante, buscava encontrar alguma fraqueza em Eva. - Minha cara, você pode ser leal a mim.

Eva, com os punhos cerrados e uma expressão determinada, respondeu com fervor:

- Eu sou leal ao reino! - Gritou ela, sua voz ecoando pelo espaço. A atmosfera se encheu de sua determinação, enquanto ela sustentava seu olhar firme contra o de Walter. - E o rei ordenou que nos uníssemos ao Thomas!

Walter soltou uma risada sarcástica, demonstrando um leve deboche em suas palavras:

- Você faria isso mesmo sem a ordem do rei! - Disse ele, ainda rindo. A sombra de um sorriso cruel dançava em seus lábios. - Você foi para o reino Reiss apenas para se tornar rainha e levar seus amiguinhos para lá, mas o Thomas não concordou com o seu plano egoísta!

A expressão de Eva endureceu, seus olhos estreitando-se em desconfiança.

- Quer negociar enquanto me chama de egoísta? Acho que essa não é uma boa estratégia! Diga logo o que quer... - Eva não deixava transparecer seu nervosismo, mesmo diante da iminente ameaça.

Walter, com sua voz calma e suave, revelou sua proposta:

- Quero que você se alie a mim! - Walter foi direto. A tensão aumentou no ambiente, como uma faísca prestes a incendiar. - Você sabe que os rebeldes não têm a menor chance de vitória. Somos os cinco regentes. Se você aceitar, não matarei alguns de seus amigos!

Eva levantou uma sobrancelha, mantendo seu olhar desconfiado fixo em Walter.

- Como posso saber se está dizendo a verdade? - Perguntou Eva, sua voz carregada de ceticismo. Ela cruzou os braços, demonstrando sua postura defensiva. - Não podemos confiar muito nos demônios, nada pessoal, é claro!

Walter deixou escapar um suspiro exasperado, enquanto seus olhos faiscavam de impaciência.

- Eu poderia ter entrado a qualquer momento, mas estou aqui fora tentando negociar com alguém que nem consegue pegar em uma arma! - Walter era sempre direto naquela conversa. O corredor ao redor parecia diminuir ainda mais, criando uma sensação claustrofóbica. - Ou você aceita se aliar a mim e entrega os rebeldes, ou tanto você quanto seus amigos morrem hoje!

Eva ficou em silêncio por um longo período, o tempo parecendo se arrastar enquanto ela lutava internamente. Seu coração batia forte em seu peito, uma mistura de medo e determinação. Ela havia lutado para sobreviver por tanto tempo, e essa negociação certamente a ajudaria a sobreviver àquela confusão.

Finalmente, ela quebrou o silêncio, sua voz um sussurro decidido.

- Está bem! - Respondeu Eva, suas palavras ecoando pelo corredor sombrio. - Acho que teremos que unir forças!

Com uma determinação renovada, Eva removeu tudo o que estava bloqueando a porta. Ela sabia que estava prestes a entrar em um território perigoso, mas estava disposta a tudo para proteger o que mais importava para ela.

Enquanto isso, na All Blue School, Marco estava enfrentando Abner em uma batalha frenética. O local era um labirinto de corredores escuros e claustrofóbicos, onde cada sombra parecia esconder uma ameaça mortal.

O mundo não prometido: Guerra entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora